Projeto “Banho Acessível” leva lazer para pessoas com deficiência no verão em Mosqueiro

A manhã desta sexta-feira, 21, foi de muita atividade física, divertimento e, sobretudo, inclusão na praia do Farol, em Mosqueiro. Foi mais uma edição do projeto “Banho Acessível”, que permite que pessoas com deficiência física possam ter um banho de praia com segurança.

Ao todo, 20 pessoas com algum tipo de limitação física participaram do banho em um dia ensolarado de verão na praia. Essas pessoas, entre crianças, adultos e idosos, são moradores da própria ilha de Mosqueiro e ainda outros da Belém insular. É o caso da estudante Sthefanny Mota, de 16 anos: “Estou muito feliz. Eu amo muito praia e quero logo entrar na água”, disse a estudante pouco antes de entrar na praia.

A mãe da jovem, a pedagoga Elizabete Mota, afirma que a iniciativa da Prefeitura de Belém de promover a acessibilidade nas praias da cidade é valorosa e deixa muita gente feliz.

Já a moradora de Mosqueiro Elizângela Bentes, de 48 anos, diz que era ainda criança na última vez que tomou um banho de praia. “Eu agradeço por todo carinho que a equipe da Secretaria de Esporte teve comigo. Esse trabalho é feito com carinho e eles estão de parabéns”, declarou Elizângela.

Verão Tamo Junto

O projeto “Banho Acessível” integra a programação do Verão Tamo Junto da Prefeitura de Belém, coordenado pela Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel). Segundo a titular da Sejel, Carolina Quemel, o “Banho Acessível” é uma forma de apresentar à sociedade a inclusão e proporcionar lazer, alegria e adrenalina para todos, mesmo com suas diferenças. Aproximadamente, 15 profissionais, entre educadores físicos e técnicos em esporte e lazer, estão envolvidos no projeto.

Texto: Fabricio Lopes

Ministra Anielle Franco lança, em Belém, programa que garante mulheres negras e indígenas na ciência

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, lançou na tarde desta quinta-feira, 20, em Belém, o Atlânticas: programa Beatriz Nascimento de mulheres na ciência. O evento foi realizado no Centro de Eventos Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O programa disponibiliza bolsas de estudo de doutorado e pós-doutorado no exterior, para mulheres negras, indígenas, quilombolas e ciganas, para fortalecer e estimular suas trajetórias acadêmicas.

Parcerias

A nova política afirmativa é uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério das Mulheres (Mulheres) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A Prefeitura de Belém foi representada pela titular da Coordenadoria Antirracista, Elza Rodrigues.

Para representar o compromisso assumido, um Protocolo de Intenção foi assinado pela ministra Anielle Franco, pelo diretor do Departamento de Línguas e Memórias do MPI, Eliel Benite, e pelo diretor científico do CNPq.

O evento reuniu autoridades políticas e acadêmicas, lideranças de movimentos sociais e comunidade acadêmica da UFPA, que acompanharam o pontapé inicial desta nova política afirmativa.

Política pública de base

Durante o lançamento, a ministra destacou a importância da parceria entre o Governo Federal e a Prefeitura de Belém. “Toda e qualquer Prefeitura, hoje, neste país, tem que estar em parceria com o Governo Federal, acho que é importante começar por aí, porque a gente sabe que as políticas públicas precisam chegar na base”, pontuou Anielle.

Ela também ressaltou a importância de políticas voltadas às mulheres no âmbito da educação. “Nós, mulheres negras, precisamos estar em todos os espaços de decisão. Várias vezes o sistema diz que não é pra gente, mas a gente tem exemplos de mulheres como a professora Zélia (Amador), e tantas outras, que abriram caminho pra nós”,  enfatizou a ministra.

Fundamentais

Professora emérita da UFPA, Zélia Amador de Deus também destacou a importância histórica da luta das mulheres negras no país, como a da historiadora Beatriz Nascimento, homenageada no nome do novo programa. Zélia lembrou, inclusive, da comemoração do Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, que ocorre no próximo dia 25 de julho.

“No Brasil nós tivemos mulheres negras que ajudaram e foram fundamentais para a construção dessa data, a gente não pode esquecer de Lélia Gonzalez e nem de Beatriz Nascimento, que dá o nome a esse programa”, reafirmou Zélia Amador

Inclusão

A coordenadora Antirracista da Prefeitura de Belém, Elza Rodrigues, explica a importância de receber o lançamento do Atlânticas na capital paraense. “É um momento de muita alegria ver a ministra Anielle Franco aqui em Belém, e, especialmente lançando um projeto como esse, que é a inclusão das mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência”.

Segundo Elza, ao facilitar, com uma política pública, a participação dessas mulheres na pesquisa científica, se gera sem dúvida um paradigma para incluir essas populações, “infelizmente tão excluídas da academia”.

Para Élida Monteiro, quilombola do município de Acará, representante da Coordenação Escolar Quilombola do Estado do Pará, o novo programa trará avanços. “Essa é uma grande possibilidade de avanço das nossas pesquisas, enquanto mulher negra, de dar evidência ao movimento negro e ao movimento quilombola, porque a gente tem visto muitas pesquisas feitas sobre nós, mas nós queremos nos ver nessas pesquisas, nós queremos construir essas pesquisas”, afirma Élida.

História

Beatriz Nascimento, homenageada no nome do programa, foi uma historiadora negra, nascida em Aracaju-SE, que aos 7 anos se mudou para o Rio de Janeiro-RJ. Ela defendia a necessidade de se contar a história afro-brasileira a partir da perspectiva negra, apagada pela história oficial, “contada pelos brancos”. Beatriz se destacou no estudo dos quilombos e foi pioneira na pesquisa e na defesa do povo negro brasileiro como protagonista da própria história.

Autor: Douglas Borges (estagiário) com supervisão de Edna Nunes

Texto: Prefeitura Municipal de Belém

Seguem abertas as inscrições para os “Diálogos Amazônicos”, evento internacional em Belém

Professor Wendel Tembé, titular da Coordenação de Educação Escolar de Indígenas, Imigrantes e Refugiados (CEEIIR), da Semec.

As inscrições para a participação no Diálogos Amazônicos, evento que será realizado entre os dia 4 e 6 de agosto no Hangar – Feiras e Convenções, em Belém, encerram nesta sexta-feira, 21, para as atividades autogestionadas (aquelas inscritas e realizadas por entidades e movimentos sociais). Já as inscrições individuais seguem até o dia da abertura do evento, 4 de agosto.

A programação do Diálogos Amazônicos vai reunir movimentos sociais, sociedade civil como um todo, moradores da Amazônia, para formar um conjunto de iniciativas voltadas à formação de novas estratégias para a região. As atividades serão divididas entre plenárias organizadas pelo Governo Federal, com ampla participação social, e atividades auto-organizadas por entidades da sociedade civil, academia, centros de pesquisa e agências governamentais.

“Evento muito importante, envolvendo autoridades governamentais e os movimentos sociais, bebatendo um dos grandes temas da atualidade, o meio ambiente, ainda mais com a realização, em 2025, da COP-30 em Belém”, destacou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. “A natureza debatida num de seus grandes santuários, a Amazônia”.

Inscrições

Os eventos autogestionados, organizados pelos movimentos sociais e agências governamentais, serão divididos por eixos temáticos. Inscrições até sexta-feira, 21, pelo link: https://www.gov.br/participamaisbrasil/inscricoes-eventos-auto-organizados-dialogos-amazonicos

Já as inscrições paras as plenárias organizadas pelo Governo Federal, até o dia 4 de agosto (dia da abertura do evento) são pelo link: https://www.gov.br/participamaisbrasil/credenciamento-dialogos-amazonicos-

Evento

A abertura do evento, no dia 4 de agosto, será com a plenária “A participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território”.

A programação segue com mais quatro plenárias até o dia 6 de agosto, com temas como: mudança do clima, sociobioeconomia, os povos indígenas da Amazônia, ciência  e tecnologia na região, entre outros. Além das plenárias do Governo Federal,  serão feitas plenárias transversais com temas como: juventude, racismo e mulheres. Também terão as atividades autogestionadas pelos movimentos sociais.

Programação (Hangar – Centro de Convenções):

4/8:

16h – 19h – Plenária I – A participação e a proteção dos territórios, dos ativistas, da sociedade civil e dos povos das florestas e das águas no desenvolvimento sustentável da Amazônia. Erradicação do trabalho escravo no território;

19h – 21h30 – Abertura oficial

5/8:

09h – 12h – Plenária II – Saúde, soberania e segurança alimentar e nutricional na região amazônica: ações emergenciais e políticas estruturantes;

17h – 20h – Plenária III – Como pensar a Amazônia para o futuro a partir da ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica, transição energética, mineração e exploração de petróleo

6/8:

9h – 12h – Plenária IV – Mudança do clima, agroecologia e as sociobioeconomias da Amazônia: manejo sustentável e os novos modelos de produção para o desenvolvimento regional;

17h – 20h – Plenária V – Os povos indígenas das Amazônias: um novo projeto inclusivo para a região

Texto: Victor Miranda

Prefeitura de Belém apresenta em Brasília grandes obras que transformam e já preparam para a COP-30

Com o objetivo de captar recursos e parceiros para a execução de obras e projetos na capital paraense em preparação para a COP-30, evento das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, que será realizado na capital paraense em novembro de 2025, a Prefeitura de Belém esteve nesta quinta-feira, 20, em eventos e reuniões em Brasília junto ao governo federal e organização internacional.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e técnicos da Prefeitura de Belém, participaram pela manhã da abertura do evento Cidade Presente, um seminário organizado pelo Ministério das Cidades (MCid), em parceria com a Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ) que realizou um debate qualificado sobre 12 projetos selecionados pela GIZ em alguns municípios brasileiros.

Urbanização – Em Belém, dois projetos foram selecionados pela instituição, a urbanização da Bacia do Mata Fome e da Bacia do Paracuri, que  buscam realizar macrodrenagem, saneamento básico e habitação dgna para a população que vive ao entorno dessas bacias.

“A GIZ  se compromete em dar o aporte financeiro e técnico necessário para a elaboração do projeto executivo, que vai viabilizar, portanto, o início das obras. E nesse processo, também será discutido um financiamento do Ministério das Cidades e da União Europeia”, explica o prefeito Edmilson Rodrigues.

Fomento ao turismo local

Pela tarde, o prefeito de Belém se reuniu com o ministro do Turismo, Celso Sabino, para debater dois projetos, que podem ganhar aporte financeiro do ministério na captal paraense. Um deles é a obra de reforma e requalificação do Mercado de São Brás e o outro a construção do Parque Verequete no bairro da Condor.

Também foi debatida na reunião a capacitação de mão de obra qualificada em turismo na cidade com o intuito de melhor receber os visitantes que vierem para a  Belém durante a COP-30.

Tecnologia e sustenbilidade

Finalizando a agenda oficial em Brasília, o prefeito Edmilson Rodrigues participou de reunião na sede do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com a titular da pasta, Luciana Santos. No encontro foi debatido como será a implantação em Belém da segunda fase do projeto City Inovação, que objetiva trazer inovação e tecnologia para a cidade com uma ideia voltada para a sustentabilidade.  Fomentar a bioeconomia na ilha do Combu e a implantação de mais corredores verdes são os dois objetivos iniciais do projeto na capital do Pará.

Texto: Fabricio Lopes

Prefeitura e República Democrática do Congo debatem sobre eventos ambientais em Belém

A Prefeitura de Belém e a Embaixada da República Democrática do Congo (RDC) se reuniram na tarde desta quinta-feira, 20, no Gabinete Municipal, para reforçar a parceria entre as instituições.

O vice-prefeito de Belém, Edilson Moura, recebeu o embaixador do Congo no Brasil, Benoit-Labre Mibanga, para debater sobre os eventos que Belém vai receber este ano.

Embaixador da RDC no Brasil desde dezembro de 2022, Benoit-Labre é diplomata de carreira e está em Belém para organizar a vinda do presidente da RDC, Félix Tshisekedi, que foi convidado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva para participar da Cúpula dos Presidentes da Amazônia, que será realizada nos dias 8 e 9 de agosto em Belém.

O convite foi feito por causa da grande diversidade ambiental que o pais africano possui, com uma das maiores florestas tropicais do mundo

O vice-prefeito Edilson Moura destacou na reunião a importância de Belém para a Amazônia e ressaltou que a cidade está preparada para receber todos os eventos programados, como a Cúpula dos Presidentes da Amazônia, e principalmente a Conferencia da ONU sobre o Clima (COP-30).

Texto: Victor Miranda

Educação e arte caminham juntas na rede municipal de ensino de Belém

A I Mostra de Arte marca o segundo ano de atuação do NACE.

Para promover uma educação integral e socialmente referenciada, que valorize a cultura transformando as escolas municipais em pontos de cultura, a Prefeitura de Belém criou em 2021 o Núcleo de Arte, Cultura e Educação (Nace), integrando uma das frentes de trabalho da Secretaria Municipal de Educação (Semec).

O Núcleo atende um dos eixos do Plano Plunianual (2022-2025) para tornar a capital paraense em uma Cidade Alfabetizada, Educadora e Inclusiva.

Foco – A proposta tem eficácia comprovada em pesquisas que apontam que o estudo artístico auxilia o aluno a desenvolver e a trabalhar várias características, como o foco e a concentração, a disciplina, a imaginação, o senso crítico, a criatividade, a resiliência, além de aumentar o repertório cultural e histórico do estudante.

Outra parceria especial é com o projeto Cantar-o-lar desenvolvido pelo cantor e compositor Salomão Habib

Umas das primeiras ações do Nace foi a formação permanente em Artes, um curso regular de 40 horas destinado aos professores, que durante o ano trabalha questões curriculares da Arte.

Em 2022, o tema foi Decolonização do Ensino da Arte. Este ano, o tema é (Re) Existências: Desafios para o ensino de arte(s). Paralelamente, foi feito o assessoramento pedagógico nos espaços educativos que acompanhou as produções de professores de arte, necessidades de infraestrutura e promoção de oficinas de artes nas escolas com mestres e mestras de saberes tradicionais.

O professor Humberto Melo, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Stellina Valmonte, na Terra Firme, que participou da formação sobre Decolonização do Ensino da Arte elogiou a iniciativa. “A decolonização é muito importante para a formação do professor, porque propõe um conteúdo, além do livro didático”.

As primeiras escolas contempladas com oficinas foram: Liceu Escola Mestre Raimundo Cardoso, EMEF Madalena Raad, EMEF Benvinda de França Messias, EMEF Ruy da Silveira Brito, EMEIF Alzira Pernambuco, EMEIF Ernestina Rodrigues, EMEIF Satélite,EMEF Manuela de Freitas, EMEF Nestor Nonato, EMEIF Antônio Carvalho Brasil, EMEIF Rotary, EMEIF Silvio Nascimento, EMEF Alfredo Chaves e EMEF Avertano Rocha. São oficinas de teatro, dança, artes visuais, capoeira e música.

O Nace também promoveu o curso Cine Curau para fomentar o cineclubismo centro do contexto educacional, curso Desinventando a Amazônia, exposições artísticas, intervenções artísticas do Projeto Cores de Belém com oficinas de grafite como forma de expressão e conscientização política. Além de fortalecer o trabalho desenvolvido pela Escola Municipal de Dança de Belém, que atende crianças, adolescentes e adultos com relação à dança corporal como recurso da aprendizagem escolar.

Parcerias – Duas grandes parcerias foram firmadas, uma delas é com a Ong Rádio Margarida, que leva o projeto “Arteduca: aprendizagens mediadas pela arte” aos estudantes e ensina a produção de conteúdos educativos, como radionovelas e vídeos, além de apresentações artísticas e oficinas de formação de vídeo, rádio e teatro.

Outra parceria especial é com o projeto Cantar-o-lar, desenvolvido pelo cantor e compositor Salomão Habib, que com a ternura das músicas populares infantis, cirandas e cantigas e do imaginário da cidade trabalha a afetividade, cidadania, meio ambiente e história.

Criação – Em dezembro de 2022, o Núcleo lançou o Ecomuseu de Belém, que de forma integral e integrada à sociedade, aproximando estudantes da cultura local na perspectiva de território, patrimônio e desenvolvimento.

Conquista – A rede municipal de ensino também ganhou o Palecete Pinho, já denominado Palacete das Artes. A obra tem investimento de R$ 5 milhões, iniciou em dezembro de 2022 e a expectativa é que seja concluída e entregue no final do segundo semestre deste ano de 2023.

O Palacete é considerado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um dos exemplares mais característicos do ápice econômico proveniente do Ciclo da Borracha.

Neste primeiro semestre de 2023, o Nace promoveu a I Mostra de Arte da rede municipal de ensino que foi alusiva ao aniversário de dois anos.   O público conferiu diversas apresentações artísticas de projetos parceiros como Rádio Margarida e Cantar-o-Lar; de convidados especiais como Nilson Chaves, exposições artísticas de estudantes e do Ecomuseu de Belém, performances e danças da Escola Municipal de Dança, música com o Coral Infantojuvenil da Semec e lançamento de produções audiovisuais de ações de 2022 e 2023.

A secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, reafirma o compromisso que a gestão municipal tem com a educação pública de forma integral. “A arte é a alma de um povo que luta e que gosta de cores, que canta e que faz muita coisa bela na Amazônia. As nossas escolas municipais estão mostrando as nossas crianças com essa aula sobre a cultura Amazônica de forma cotidiana”, destaca.

“Não somos a escola da fórmula pronta, somos a escola que se constrói no dia a dia, que ensina a ler e escrever, e mais ainda, que sabe valorizar a dança, o canto, o brincar”, complementa, Araceli Lemos.

Texto: Tábita Oliveira

Tecnologia a serviço da educação pública de qualidade, inclusiva e digital

Ao aliar novas tecnologias ao ensino, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), tem avançado na aprendizagem de estudantes, especialmente nas áreas de ciências e matemática. “São mais de dois anos de trabalho intenso para superar desafios e alcançar resultados exitosos”, comemora Geldes Castro, coordenador do Centro Educacional de Inovação Tecnológica e Computacional (Cetec), vinculado à Semec, que organiza toda a informática educativa, inclusiva e digital da rede municipal de ensino de Belém.

O Cetec – antes denominado Núcleo de Informática Educativa (Nied) – além de planejar, sistematizar e desenvolver projetos de robótica, produção e criação de vídeos, promoção das Olimpíadas de Matemática, promove formação permanente para professores, diretores e coordenadores da rede municipal de ensino, no âmbito de inovações tecnológicas na educação. Mais um compromisso da gestão com a educação pública de qualidade, digital e inclusiva, amplamente atestada por meio de projetos reconhecidos, a exemplo do “Robótica Educativa”, destaque em competições internacionais.

Ver-a-Tech – Em maio deste ano, o Cetec apresentou o projeto Ver-a-Tech, destinado aos estudantes do Ensino Fundamental e os da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) para ampliar o acesso às novas tecnologias aplicadas no âmbito educacional e fortalecer a inclusão no mundo digital, facilitando a aprendizagem, em particular, da matemática, cálculo e raciocínio lógico de forma mais atrativa.

Belém sediou a 1ª Mostra de Inovação e Tecnologia em Educação da Rede Municipal de Belém (Mite), para apresentação de projetos que referenciam os avanços tecnológicos aliados à criatividade

Ele é desenvolvido com a metodologia pedagógica denominada Edutech Amazon que traz diversas ferramentas como o Matematicando, Miritiboard VR, Laboratório Maker, além da implantação da plataforma digital Google for Education. As atividades propostas pelo Matematicando são realizadas por meio do livro A Nova Tabuada Matematicando e de um aplicativo, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Básica. Os óculos MiritiBoard aliado ao aplicativo Aluno VR para celular, garante a imersão de estudantes e professores em diferentes ambientes virtuais do mundo, tornando o processo de ensinar e aprender muito mais interessante.

Suporte técnico – O projeto tem como suporte o Laboratório Móvel Maker Miritiboard, um carrinho móvel que traz smartphones com os aplicativos já instalados e configurados, além de óculos de realidade virtual feitos de Miriti, batizado de Miritiboard VR, que garante aos estudantes o acesso ao aplicativo “GeoMeta: Aprenda Geometria no Metaverso”. O aplicativo utiliza inteligência artificial (IA) para simular e replicar ambientes virtuais tridimensionais (3D) de aprendizagem, bem como reconhecer padrões em streaming nos ambientes de realidade virtual (VR) e aumentada (AR), criados a partir de cenas e objetos do dia a dia e de paisagens e contextos da Amazônia.

A estudante Isabela Moraes, 14, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Alfredo Chaves, localizada no distrito de Icoaraci, avalia positivamente o uso da tecnologia no ensino diário. “Esse programa é muito inovador e, cada vez mais, a tecnologia tem tomado conta do que nós fazemos. Eu achei muito legal porque ajuda no nosso ensino”, destaca

Formação – “Os cursos importam para difundir e trazer para dentro das escolas, as práticas de uso das ferramentas digitais educacionais”, explica Thiago Miranda, coordenador do Curso de Formação de Professores em Tecnologias na Educação (CFTEC). “A ideia é promover o aprendizado baseado em tecnologias digitais para que o professor utilize as salas de Informática Educativa (SIE) como área integradora de projetos na esfera educacional, e importante na mediação das vivências, disseminação e contextualização no uso de tecnologias na educação e no processo de ensino e aprendizagem de forma interdisciplinar”, completa o professor.

Para a professora Vanessa Teixeira, da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Helder Fialho, o curso formativo trouxe um olhar diferenciado sobre a informática educativa. “Eu tinha noções básicas de computação, mas o curso ajuda como usar essa ferramenta tão importante, que é o computador, em atividades com os estudantes”.

Mite – O Cetec coordenou este ano, a 1ª Mostra de Inovação e Tecnologia em Educação da Rede Municipal de Belém (Mite), para valorizar e apoiar projetos de implantação e disseminação de práticas educacionais voltadas à aprendizagem ativa de Steam (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).

O encontro reuniu educadores e estudantes para apresentação de projetos que referenciam os avanços tecnológicos que, aliados à criatividade, são pilares fundamentais para promover uma educação de qualidade, inclusiva e conectada com as demandas do mundo contemporâneo, compromisso da gestão atual.

Educação de qualidade e inclusiva

A secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, reforça o compromisso da Prefeitura de Belém em oferecer uma educação de qualidade aos estudantes das escolas municipais.”Precisamos combater o mau uso dessas ferramentas e vocês professores das nossas salas de informática têm um papel importante na luta contra a cultura do ódio que foi disseminada nas redes sociais”, ressalta Araceli, ao acrescentar que “nosso princípio é levar mais e melhor educação para os nossos estudantes”.

O projeto de expansão de salas de informática nas escolas já chegou em 65 unidades educativas. A meta é alcançar, até o final do ano, todas as escolas de ensino fundamental da rede municipal de Belém.

Texto: Silvia Sales

Mercado das Indústrias Criativas do Brasil lança edital para inscrições e chega a Belém em novembro

A 3ª Edição do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR) será em Belém e ocorrerá de 8 a 12 de novembro no Hangar e diversos outros espaços da cidade. As inscrições para participação de empreendedores criativos começam nesta quarta-feira, 19, e seguem até 17 de agosto, na Plataforma Mapas da Cultura do Governo Federal. Para compor a delegação comercial brasileira, o MinC vai investir R$ 1,118 milhão no edital que irá levar 260 empreendedores culturais e criativos.

A equipe do Ministério da Cultura está na capital paraense articulando a realização do mega evento e esteve no Memorial do Povos, que deve ser incluído como um dos espaços de programação, além do Hangar, onde será montada a cidade criativa e realizadas as rodadas de negócio, apresentações para venda de ideia, projeto ou negócio (pitchings),  além das apresentações artísticas curtas com fins comerciais (showcases) e atividades formação de redes de contatos (networking). Também haverá atividades formativas como mentorias, oficinas, palestras magnas (key-notes), mesas redondas, painéis e apresentações artísticas.

Oportunidade – Para a presidenta da Fundação Cultural de Belém, Inês Silveira, o evento é muito bem vindo. “Será uma grande oportunidade para que os empreendedores culturais da região tenham acesso às rodadas de negócio, mostrando as potencialidades do nosso mercado criativo, valorizando a cultura da região”.

Ela também espera que venham novos investimentos em produtos e ações culturais desenvolvidos aqui. “Além do evento das rodadas de negócio, alguns dos espaços de Belém também serão disponibilizados para algumas das ações e o nosso Memorial dos Povos já está sendo apontado como um deles”, informa Inês Silveira.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, em Brasília, destacou a importância da realização do evento para o fortalecimento e expansão da economia criativa no país. “Um país como o Brasil tem um potencial enorme para se desenvolver social e economicamente, através da cultura. O MICBR é parte central da política pública do Ministério e do Governo Federal voltada à promoção de mercados criativos e à geração de emprego e renda por meio da economia criativa”, explicou.

Quem pode concorrer às vagas

Podem concorrer empreendedores atuantes nos seguintes setores: artesanato, audiovisual e animação, circo, dança, design, editorial, hip hop, jogos eletrônicos, moda, museus e patrimônio, música, teatro e áreas técnicas relacionadas à economia criativa.

Serão garantidas cinco vagas para compradores/demandantes e 15 para vendedores/ofertantes em cada setor. O preenchimento das vagas obedecerá ao critério de distribuição regional, de forma a contemplar três Vendedores/Ofertantes por região brasileira (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) nos 12 setores criativos e no setor voltado às áreas técnicas.

As propostas selecionadas serão beneficiadas com apoio financeiro para participação no MICBR 2023; inscrição gratuita no evento; cadastro na plataforma oficial para organização de rodadas de negócios, e participação em atividades de capacitação prévia às rodadas de negócios. O apoio financeiro é calculado por região brasileira, considerando o endereço residencial do/a beneficiário/a

Realizado em parceria entre o MinC e a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), o MICBR 2023 contará com uma programação que inclui 15 setores criativos, seis a mais que a última edição, são eles: Áreas Técnicas, Artesanato, Artes Visuais, Audiovisual & Animação, Circo, Dança, Design, Editorial, Gastronomia, Hip Hop, Jogos Eletrônicos, Música, Moda, Museus & Patrimônio e Teatro. Uma Cozinha-Show com foco na culinária, sabores e ingredientes da região norte vai marcar o espaço da gastronomia no evento.

Equipe do Minc

Inovações – Depois de duas edições, a primeira em São Paulo, em 2018, e a segunda, virtual, em 2021, o MICBR volta com novidades. Pela primeira vez, o mercado contará com rodadas separadas para cada setor das artes cênicas – circo, dança e teatro. Quem também estreia no evento, é o hip hop, segmento que foi contemplado, com sucesso, no edital do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas 2023, em junho.

A inclusão de um setor voltado às áreas técnicas nas atividades de negócios e formativas também é uma inovação da edição 2023. “É uma demanda antiga dos trabalhadores da cultura que viabilizam a realização de obras, produções e serviços culturais”, destaca a Diretora de Desenvolvimento Econômico da Cultura, Andrea Guimarães.

Convidado de honra – A organização de mercados públicos de economia criativa se transformou em uma característica da América do Sul. Na última década, surgiram cinco mercados nacionais, na Argentina, Brasil, Chile, Uruguai e Paraguai, e um regional (Mercado das Indústrias Culturais do Sul – MICSUL). A iniciativa promove a cultura latino-americana e o comércio de bens e serviços culturais.

Em junho, Buenos Aires sediou a 7ª edição do Mercado de Indústrias Culturais Argentinas (MICA), tendo o Brasil como convidado de honra. Com um investimento de R$ 1,4 milhão, o MinC levou 90 empreendedores nacionais para as rodadas de negócios e atividades formativas do evento. A programação artística também representou um apanhado da diversidade cultural do país.

Inscrição:

Edital MICBR 2023

http://mapas.cultura.gov.br/oportunidade/2025/.

Autoria: Luciana Medeiros (Fumbel) com informações do Ministério da Cultura

Texto: Prefeitura Municipal de Belém

Belém vai sediar, em novembro, o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil, reunindo toda a cadeia da cultura

A cidade de Belém vai receber, entre os dias 8 e 12 de novembro, mais um grande evento nacional e internacional: o Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), realização do Ministério da Cultura (MinC) que reúne toda a cadeia produtiva da cultura do Brasil e promove a geração de emprego e renda por meio da economia criativa.

E na tarde dessa terça-feira, 18, em encontro no Gabinete Municipal, o secretário-adjunto do MinC, Cassius Rosa, fez, pessoalmente, o convite para participação no evento ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Brasil, Mercosul e Europa

O MICBR será realizado no Hangar-Convenções e Feiras da Amazônia, entre os dias 8 e 12 de novembro, e vai funcionar como uma feira de negócios da cultura, reunindo países do Mercosul e Europa. E, principalmente, a cadeia produtiva da cultura brasileira, como artesanato, circo, audiovisual, culinária, patrimônio cultural e arquitetônico, moda, entre outros.

O evento terá shows, palestras, cozinha-show e outras atrações. O prefeito Edmilson Rodrigues destacou o fato de Belém estar tão requisitada para grandes eventos. “É um privilégio para nós receber mais este evento. É um legado antecipado que a COP nos traz, já proporcionando impactos na cidade”.

Também participaram da reunião nessa terça-feira o chefe de Gabinete do MinC, Francisco Guerreiro, e a presidente da Fundação Cultural de Belém (Fumbel), Inês Silveira.

Texto: Victor Miranda

Ananindeua assina Termo de Cooperação para garantir a regulamentação fundiária

Na manhã desta quinta-feira (20), a prefeitura de Ananindeua assinou, no salão nobre do prédio-sede do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), o Termo de Cooperação Técnica do Programa Permanente de Regularização Fundiária, Urbana e Rural de Interesse Social, Agricultura Familiar e Quilombolas.

A assinatura do termo tem a finalidade de possibilitar, aos municípios signatários da cooperação, a regularização dos títulos latifundiários, além de acelerar o processo de entrega do documento para a população. Ananindeua já entregou mais de 26 mil títulos de propriedade em dois anos e meio.

Além de Ananindeua, Belém, Altamira, Breu Branco, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Marituba, Parauapebas, Instituto de Terras do Pará (ITERPA) e Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos, também assinaram o Termo de Cooperação.

Com informações do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA)