Malária em Distritos Indígenas: Uma Questão de Saúde Pública

 

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) está realizando uma oficina de microplanejamento para controle e eliminação da malária nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). O objetivo é capacitar técnicos para a vigilância da malária em 25 DSEIs classificados como prioritários.

A Oficina

A oficina, que ocorre de 11 a 13 de março, é direcionada às chefias das divisões de Atenção à Saúde Indígena (Diasis), os pontos focais e os técnicos da vigilância da malária dos DSEIs de região endêmica. Serão formadas duas turmas, uma com 50 e outra com 40 participantes.

A Doença

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium e transmitida por mosquitos Anopheles. As manifestações clínicas mais comuns são calafrios, febre e sudorese, acompanhados por cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos.

O Vetor

Entre as 400 espécies de mosquitos do gênero Anopheles, 60 estão presentes no Brasil e 11 possuem importância epidemiológica na transmissão da malária. O principal deles, o An. Darlingi, tem ampla distribuição no território brasileiro.

Os Indígenas

Dados da Sesai apontam que o risco de adoecer por malária entre povos indígenas é duas vezes maior que entre os não indígenas na região amazônica. Entre 2018 e 2020, houve um aumento de 38,2% no número de casos da doença registrados em áreas indígenas. Entre os 34 distritos indígenas, 21 possuem casos registrados de malária em seus territórios em 2022 e quatro estão na área endêmica.

Conclusão

A malária é uma questão de saúde pública que afeta desproporcionalmente as populações indígenas. A oficina da Sesai é um passo importante para capacitar técnicos e melhorar a vigilância e o controle da doença nessas comunidades. No entanto, ainda há muito a ser feito para reduzir a incidência da malária entre os povos indígenas.