Fórum debate temas como Indicação Geográfica e Internacionalização do Cacau

Uma ampla e diversificada gama de temas alusivos à cacauicultura no Brasil, e em especial no Pará e no mundo, marcou o primeiro dia de realização do Fórum do Cacau nesta sexta-feira(18), no Festival Internacional do Chocolate e do Cacau, que ocorre até o próximo domingo (20), no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.


Foto: Mateus Costa- Ascom SedapEntre os temas debatidos estão a Indicação Geográfica conquistada pelo Pará, sobretudo do cacau, que foi a primeira IG alcançada pelo Estado. A explanção acerca do tema foi realizada pela engenheira agrônoma Márcia Tagore, que é a coordenadora do Fórum Estadual de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas.

Pela parte da manhã, houve também a primeira reunião do Fórum Estadual de Indicação Geográfica, formado por 41 instituições públicas e privadas. “A Indicação Geográfica protege um território, protege o nome de determinados produtos feitos por determinadas pessoas. Existe uma lei específica que protege o uso de determinados nomes”, explicou a engenheira agrônoma.

A coordenadora do Fórum IG explicou que o Programa Estadual de Marcas Coletiva está sendo finalizado. “Com o apoio do nosso secretário da Sedap, Giovanni Queiroz, em breve estará sendo implementado”, anunciou Tagore.

A engenheira agrônoma da Sedap participou, também, pela parte da tarde, do Fórum do Cacau, como explanadora do painel que tratou sobre a “A importância das certificações para exportação de cacau e derivados”. Durante a sua participação, a engenheira agrônoma falou sobre a valorização da sociobiodiversidade para a obtenção da certificação.

Foto: Mateus Costa- Ascom SedapInternacionalização – Um dos temas apresentados no Fórum do Cacau foi o Programa da Internacionalização de Cacau desenvolvido pela Sedap. O programa, conforme explanou a engenheira agrônoma Heloísa Figueiredo, tem entre outros objetivos, promover e divulgar a amêndoa do cacau fora do Brasil. A Sedap vem estimulando os produtores de diferentes regiões a participar de eventos internacionais que levam o nome do Estado para outros países.

O programa incentiva o beneficiamento primário de cacau, com o objetivo de melhorar a qualidade das amêndoas e assim conseguir melhores preços nos mercados nacional e internacional.

Outros temas tratados no Fórum do Cacau foram painéis sobre a cacauicultura no Brasil, produção de cacau fino, sustentabilidade da cultura do cacau e avanços tecnológicos, a importância do Mapa Sensorial do Cacau para o Estado do Pará, a biossegurança para prevenção e controle da Monilíase do Cacaueiro

O agricultor Daniel Silva, de Uruará, na Região de Integracão do Xingu, que pela primeira vez participa do festival, acompanhou todos os painéis e palestras apresentadas no primeiro dia do Fórum do Cacau. Ele, que é proprietário de uma área com 10 mil pés de cacau, disse que aprendeu que é importante investir na qualificação do fruto. “Eu aprendi aqui que o melhor investimento é a qualificação do nosso trabalho, participei de várias palestras e o melhor que consegui tirar foi a importância de trabalhar cada vez mais na qualidade do que a gente produz”, disse o produtor.