Com o objetivo de planejar políticas públicas que garantam um futuro sustentável com mais igualdade e oportunidade para toda a população, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), realizou na manhã desta terça-feira (01), o primeiro dia de Oficina de Apresentação do Produto “Relatório Analítico com 3 Cenários”, do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará (Pará 2050).
Após o credenciamento, a secretária adjunta de Planejamento e Orçamento, Nazaré Nascimento, agradeceu a presença de todos e falou sobre a importância da sociedade na construção desta etapa do Pará 2050.
“Estas oficinas são o início da consolidação do Pará 2050. Nós sempre reforçamos o quão importante é a participação da sociedade na construção deste projeto, precisamos ouvi-los e entender quais suas perspectivas e narrativas, mas além disso, que compreendam quais são os seus direitos e seus deveres, pois somente assim, construiremos um futuro, um Pará mais justo, inclusivo e sustentável”, afirmou Nazaré Nascimento.
Socorro Castro, diretora de Planejamento Estratégico, descreveu o início das etapas do Pará 2050, e as próximas fases a serem seguidas para elaboração do Plano.
“Iniciamos hoje com as apresentações dos relatórios analíticos, mais uma etapa do nosso Planejamento Estratégico (Pará 2050), e em seguida iniciaremos o processo de realização das escutas sociais. O edital dessas escutas deve ser publicado ainda essa semana. A primeira escuta está prevista para o dia 16 de agosto, aqui em Belém. Depois nós vamos fazer em mais cinco municípios, além é claro, da ampla participação via internet pelo site Planeja Cidadão. Após a realização das escutas sociais, nós vamos voltar para fazermos a definição da visão de futuro e diretrizes estratégicas do plano. Esta definição está dentro do escopo das atribuições do comitê, junto ao acompanhamento, a elaboração do conjunto e a realização de 12 encontros regionalizados sistemáticos”, explicou a diretora.
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O evento contou com a participação de membros do comitê do PARÁ 2050 e da sociedade civil, como o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca), Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas), Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDPI/PA), Conselho Estadual de Segurança Pública (Consepi), Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM), entre outros.
“Esse planejamento começou com uma construção bem governamental, mas agora ele abriu para a sociedade civil e ficou interessante. Começou de forma macro, uma visão de governo, e depois afunilou. A sociedade civil vai poder opinar, poder sugerir e também ter um entendimento do que está sendo pensado para o nosso Estado até 2050. Então, é um evento que a gente vai poder acompanhar a parte técnica e a elaboração do plano, por isso é tão importante que a sociedade participe para saber do que se trata, para poder se posicionar”, disse Cleá Gomes, conselheira estadual do Conselho da Mulher.
O objetivo do Pará 2050 é buscar o desenvolvimento inclusivo e sustentável por meio da melhoria dos indicadores sociais, ampliação da base produtiva e competitividade econômica, melhoria da distribuição das riquezas nos territórios, promoção da sustentabilidade ambiental e do aperfeiçoamento e inovação da gestão pública.
“Ter esse planejamento é muito importante porque orienta o governo e oferece direcionamento e diretrizes de como a governança vai agir nos próximos anos, além disso vai permitir observar as mudanças na sociedade, o que são elementos fundamentais para um projeto como esse. Esse conjunto de informações é extremamente complexo, tem muita informação, tanto de primeiro grau, quanto de segundo grau, relatórios, teses doutorais, entrevistas e muitos outros. Tratamos desde alternativas, temas de gênero, movimentos sociais, mineração, âmbito pecuário, segurança pública, educação, saúde e quilombos, e tentamos abranger todas as variáveis possíveis no país”, informou Joseph Vidal, coordenador de equipe técnica do Pará 2050.
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Na ocasião, foi exibido o primeiro relatório analítico voltado para o desenvolvimento social, apresentado pelo Prof. Dr. Danilo Araújo Fernandes, membro do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O relatório foi elaborado seguindo informações de dados quantitativos e estatísticos da Fundação Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), de secretarias do Estado, observações do PPA, dados qualitativos de depoimentos e entrevistas, entre outras informações.
“O projeto Pará 2050 é de suma importância para pensar política de desenvolvimento sustentável para o Estado, ele busca conceber a pluralidade, diversidade, cultura, formas e práticas sociais nos seus vários âmbitos e aspectos de escala. O evento de hoje apresenta o desenvolvimento de mesa e pesquisa na qual discutimos cenários para 2050, é uma oportunidade de debater, pensar em conjunto, e trazer a sociedade e todos os interessados na questão do desenvolvimento do território paraense. Esta apresentação foi fundamental para a gente amarrar um diálogo com todos aqueles que vivem no território amazônico”, finalizou Rafael Bastos, servidor da Fadesp e membro do comitê Pará 2050.
As oficinas de apresentação do produto acontecerão de 01 a 03 de agosto, as apresentações serão direcionadas por eixos de atuação, sendo o primeiro dia com Desenvolvimento Social; o segundo dia com Desenvolvimento Econômico e o terceiro dia com Gestão.
Próximas etapas – Ainda no mês de agosto, iniciarão as etapas de escutas sociais, que serão realizadas em todas as 12 regiões de integração do Estado. Neste primeiro momento serão feitas mobilizações nas regiões Guajará, Rio Caeté, Marajó, Baixo Amazonas, Carajás e Xingu.