Marina silva e o redd+ no Pará: como o estado está liderando a preservação da Amazônia

Marina Silva apoia o sistema de REDD+ dos estados. O Pará lidera com modelo participativo que envolve comunidades tradicionais e combate o desmatamento
Marina Silva apoia o sistema de REDD+ dos estados. O Pará lidera com modelo participativo que envolve comunidades tradicionais e combate o desmatamento
Imagine um futuro onde a Amazônia não só resiste, mas prospera, com florestas preservadas, comunidades fortalecidas e recursos financeiros apoiando quem protege a natureza. Parece um sonho? No Pará, esse sonho está ganhando forma com o sistema jurisdicional de REDD+, uma ferramenta poderosa que está sendo construída com a participação de todos – dos povos indígenas aos agricultores familiares. E quem está aplaudindo de pé essa iniciativa? Ninguém menos que a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que, em 23 de maio de 2025, durante a 15ª reunião da Força-Tarefa dos Governadores pelo Clima e Florestas (GCF Task Force) em Rio Branco, no Acre, destacou o potencial do REDD+ para transformar a preservação ambiental no Brasil.

O Pará está na vanguarda dessa revolução verde, construindo um sistema que não só reduz o desmatamento, mas também valoriza os guardiões da floresta – as comunidades que vivem e respiram a Amazônia. Com um processo participativo que já envolveu mais de 1,7 mil pessoas, o estado está mostrando que é possível aliar sustentabilidade, inclusão social e inovação. Neste artigo, vamos mergulhar fundo no que é o REDD+, como ele está sendo implementado no Pará, o papel de Marina Silva nesse movimento e por que isso tudo importa para você. Preparado para essa jornada pela floresta? Vamos lá!

O que é o REDD+ e por que ele é tão importante?

Se você nunca ouviu falar de REDD+, não se preocupe – vamos explicar direitinho. A sigla significa Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal, e o “+” adiciona um toque especial: ele inclui atividades que protegem o clima, como a gestão sustentável das florestas e o aumento dos estoques de carbono florestal. Em resumo, é uma estratégia global para recompensar países, estados ou comunidades que conseguem reduzir o desmatamento e, assim, diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

Por que isso é importante? Porque a Amazônia é um dos pulmões do planeta, armazenando bilhões de toneladas de carbono que, se liberadas, agravam as mudanças climáticas. O REDD+ funciona como um incentivo financeiro: quem protege a floresta recebe recursos para continuar esse trabalho, investindo em projetos de conservação, bioeconomia e desenvolvimento sustentável. E, segundo Marina Silva, o REDD+ vai além de números e emissões. “Ele é também um instrumento que melhora a governança socioambiental de cada estado e contribui para que a gente tenha mais resultados positivos”, afirmou a ministra na reunião do GCF.

O diferencial do REDD+ é que ele não compete com outros mecanismos de preservação, como os mercados de carbono. Pelo contrário, ele cria sinergias, trazendo “adicionalidade” – ou seja, benefícios extras que vão desde a proteção da biodiversidade até o fortalecimento das comunidades locais. Para saber mais sobre como o REDD+ funciona globalmente, confira este artigo da ONU REDD Programme.

Marina silva e o apoio federal ao REDD+

Marina Silva, uma das vozes mais respeitadas na luta pela preservação da Amazônia, trouxe um recado claro na reunião do GCF: o Governo Federal está comprometido em apoiar os estados na implementação do REDD+. “Nós estamos criando meios para a internalização, criando mecanismos que fazem com que os governos dos estados do esforço da queda do desmatamento e provar que isso é bom pra todo mundo”, disse ela. Essa fala reforça a importância de parcerias entre o governo federal e os estados para transformar a redução do desmatamento em benefícios concretos.

Marina destacou que o Brasil está trabalhando para regulamentar o mercado de carbono, com uma lei já aprovada no Congresso, o que deve fortalecer ainda mais iniciativas como o REDD+. Esse apoio é crucial para estados como o Pará, que estão investindo pesado na construção de sistemas jurisdicionais – ou seja, sistemas que abrangem todo o território estadual, integrando políticas públicas, comunidades e setor privado.

O respaldo da ministra não é só simbólico. Ele sinaliza que o Brasil está alinhado com as metas globais de combate às mudanças climáticas, como as estabelecidas no Acordo de Paris. Para o Pará, isso significa mais visibilidade e, potencialmente, mais recursos para projetos que unem preservação e desenvolvimento.

O REDD+ no Pará: um modelo participativo

O Pará está se destacando como um dos estados mais avançados na implementação do sistema jurisdicional de REDD+. Desde 2022, o governo estadual, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), vem construindo esse sistema com um foco claro: ouvir as pessoas. Mais de 1,7 mil indivíduos, incluindo povos indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares, já participaram de encontros, oficinas e reuniões técnicas. Essa abordagem participativa é o que faz o REDD+ paraense tão especial.

Segundo Raul Protázio Romão, secretário da Semas, o objetivo é claro: “Construir um sistema em conjunto com essas populações, ouvindo e incorporando suas demandas.” Ele explica que o REDD+ do Pará, integrado ao Plano Estadual Amazônia Agora, visa captar recursos com base na performance do estado na redução do desmatamento. Esses recursos, por sua vez, serão reinvestidos em projetos que beneficiem diretamente os “guardiões da floresta” – as comunidades que vivem da e para a floresta.

Essa construção coletiva não é só um discurso bonito. Ela reflete um compromisso real do governo paraense em incluir as vozes das comunidades tradicionais, que são as principais responsáveis por manter a floresta em pé. “No Pará, temos a clareza de que sem os povos e comunidades tradicionais no processo não se pode criar políticas públicas de preservação e conservação ambiental”, afirma Raul Protázio.

Quer saber mais sobre o Plano Amazônia Agora? Confira nosso artigo sobre como o pará está liderando a sustentabilidade na amazônia.

Como funciona o sistema jurisdicional do Pará?

O sistema jurisdicional de REDD+ do Pará é uma política pública ambiciosa que abrange todo o estado, integrando diferentes setores – governo, comunidades, organizações civis e setor privado. Diferente de projetos isolados de REDD+, que focam em áreas específicas, o sistema jurisdicional opera em escala estadual, garantindo que os benefícios da redução do desmatamento sejam distribuídos de forma equitativa.

Desde 2022, o estado tem realizado um processo intenso de diálogo. Oficinas e reuniões técnicas reuniram representantes de povos indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares para discutir como o REDD+ pode atender às suas necessidades. Essas conversas não são apenas protocolares – elas moldam o sistema, garantindo que ele reflita as realidades e prioridades das comunidades.

Um dos próximos passos é a realização das Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs), previstas para começar no final de maio de 2025. Essas consultas, que seguirão protocolos internacionais, como os da Convenção 169 da OIT, serão realizadas em diversos municípios e regiões do Pará, ampliando ainda mais o diálogo com as populações tradicionais.

O governo também criou uma página online para acompanhar a construção do sistema, oferecendo transparência e permitindo que qualquer pessoa acompanhe o progresso. Esse nível de abertura é essencial para construir confiança e garantir que o REDD+ seja, de fato, uma ferramenta de inclusão.

Por que o Pará é um exemplo?

O Pará não está apenas implementando o REDD+ – ele está redefinindo como políticas públicas ambientais podem ser construídas. A abordagem participativa do estado é um modelo que outros estados e até países podem seguir. Ao colocar as comunidades no centro do processo, o Pará garante que o REDD+ não seja apenas uma ferramenta de captação de recursos, mas também um motor de transformação social.

Desde o início, o governo paraense deixou claro que o REDD+ não é só sobre números – é sobre pessoas. “Apoiar o modo de vida dessas pessoas e estimular a manutenção da floresta viva” é o lema que guia o projeto, segundo Raul Protázio. Isso significa investir em bioeconomia, apoiar cadeias produtivas sustentáveis (como a do açaí e da castanha) e fortalecer a governança local.

Além disso, o Pará já tem resultados concretos na redução do desmatamento. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o estado tem conseguido reduzir as taxas de desmatamento em áreas críticas, graças a iniciativas como o Amazônia Agora e o fortalecimento da fiscalização. O REDD+ vem para complementar esses esforços, trazendo recursos financeiros que podem ser reinvestidos em mais ações de preservação e desenvolvimento.

Os benefícios do REDD+ para as comunidades

Um dos maiores trunfos do REDD+ no Pará é seu potencial de impacto direto nas comunidades. Os recursos captados por meio do sistema serão usados para financiar projetos que melhorem a qualidade de vida das populações tradicionais, como:

  • Bioeconomia: Apoio a cadeias produtivas sustentáveis, como a produção de açaí, castanha e óleos medicinais.
  • Educação ambiental: Oficinas e programas para ensinar práticas sustentáveis às comunidades e às novas gerações.
  • Infraestrutura comunitária: Investimentos em saneamento, energia renovável e outras melhorias para povos indígenas e quilombolas.
  • Capacitação: Treinamentos para que as comunidades gerenciem seus próprios projetos de conservação e desenvolvimento.

Esses benefícios não são promessas vagas. Eles estão sendo planejados com base nas demandas das próprias comunidades, garantindo que o REDD+ seja relevante e eficaz. Para saber mais sobre como a bioeconomia está transformando a Amazônia, confira nosso artigo sobre o potencial da bioeconomia no pará.

Desafios e oportunidades

Implementar um sistema jurisdicional de REDD+ não é tarefa fácil. O Pará enfrenta desafios como a complexidade de coordenar diferentes atores – governo, comunidades, ONGs e setor privado – e a necessidade de garantir que os recursos cheguem de fato às populações mais vulneráveis. Além disso, a regulamentação do mercado de carbono no Brasil ainda está em fase inicial, o que exige ajustes constantes.

Por outro lado, as oportunidades são imensas. O REDD+ pode atrair investimentos internacionais, fortalecer a economia local e posicionar o Pará como líder global em sustentabilidade. A aprovação da lei do mercado de carbono no Congresso, mencionada por Marina Silva, é um passo importante para dar segurança jurídica a essas iniciativas.

Outro ponto forte é o envolvimento comunitário. Ao incluir povos indígenas, quilombolas e extrativistas no processo, o Pará está construindo um sistema que respeita as realidades locais e valoriza o conhecimento tradicional. Isso não só aumenta as chances de sucesso do REDD+, mas também cria um modelo que pode inspirar outros estados e países.

Consultas livres, prévias e informadas: o próximo passo

A partir do final de maio de 2025, o Pará dará um passo crucial na construção do REDD+: as Consultas Livres, Prévias e Informadas (CLPIs). Essas consultas, que seguirão padrões internacionais, serão realizadas em diversos municípios e regiões, garantindo que as comunidades tenham voz ativa na definição do sistema. “Esse é um momento de ouvir ainda mais, de garantir que ninguém fique para trás”, explica Raul Protázio.

As CLPIs são uma exigência da Convenção 169 da OIT, que protege os direitos dos povos indígenas e tradicionais. Elas asseguram que qualquer projeto que impacte essas populações seja discutido de forma transparente e consensual. No caso do REDD+, as consultas vão ajudar a definir como os recursos serão distribuídos, quais projetos serão priorizados e como as comunidades podem se beneficiar diretamente.

Essa etapa reforça o compromisso do Pará com a transparência e a inclusão. E, com a página online dedicada ao REDD+, qualquer pessoa pode acompanhar o progresso e entender como o sistema está sendo construído.

Por que o REDD+ do Pará é um marco?

O sistema jurisdicional de REDD+ do Pará não é só uma política pública – é um marco na história da preservação ambiental no Brasil. Ele combina inovação, participação comunitária e compromisso com a sustentabilidade, mostrando que é possível proteger a Amazônia sem sacrificar o desenvolvimento. “O Pará está provando que a floresta viva é um ativo valioso, não só para o meio ambiente, mas para as pessoas que dependem dela”, diz Raul Protázio.

A iniciativa também coloca o Pará em destaque no cenário global. Com o apoio de Marina Silva e do Governo Federal, o estado está se posicionando como um modelo para outros países que buscam implementar o REDD+. E, em um momento em que as mudanças climáticas são uma prioridade global, esse protagonismo é mais importante do que nunca.

O papel das comunidades tradicionais

Não dá para falar de REDD+ no Pará sem destacar o papel das comunidades tradicionais. Povos indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares são os verdadeiros guardiões da floresta, protegendo-a há gerações. O sistema jurisdicional do Pará reconhece isso e coloca essas populações no centro do processo.

Desde 2022, o governo tem ouvido essas comunidades em oficinas e reuniões, garantindo que suas vozes sejam incorporadas ao sistema. Esse diálogo é essencial porque ninguém entende a Amazônia melhor do que quem vive nela. “Sem os povos e comunidades tradicionais, não se pode criar políticas públicas de preservação”, reforça Raul Protázio.

Essa abordagem também ajuda a desconstruir a ideia de que conservação ambiental é algo imposto de cima para baixo. No Pará, o REDD+ está sendo construído de baixo para cima, com as comunidades liderando o caminho.

Como o redd+ se conecta com outras iniciativas?

O REDD+ do Pará não é uma iniciativa isolada – ele faz parte de um ecossistema maior de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade. O Plano Estadual Amazônia Agora é o guarda-chuva que abriga o REDD+, além de outros programas, como o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa e o Plano Estadual de Bioeconomia.

Essas iniciativas compartilham um objetivo comum: transformar a Amazônia em um motor de desenvolvimento sustentável. O Plano de Bioeconomia, por exemplo, incentiva cadeias produtivas baseadas em produtos florestais, como açaí, castanha e óleos essenciais. Já o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa foca na restauração de áreas degradadas. O REDD+ complementa esses esforços, trazendo recursos financeiros que podem ser reinvestidos em mais projetos de conservação e desenvolvimento.

Essa integração é um dos pontos fortes do modelo paraense. Ao conectar diferentes políticas, o estado cria um ciclo virtuoso onde a preservação ambiental impulsiona o crescimento econômico e social.

Olhando para o futuro

O sistema jurisdicional de REDD+ do Pará ainda está em construção, mas já aponta para um futuro promissor. Com as Consultas Livres, Prévias e Informadas, o estado está prestes a dar um passo importante para consolidar o sistema. E, com o apoio do Governo Federal e de organizações internacionais, o Pará tem tudo para se tornar um modelo global de sustentabilidade.

Algumas ideias para o futuro incluem:

  • Expandir o REDD+ para outras regiões do estado, alcançando mais comunidades.
  • Criar programas de capacitação para que as comunidades gerenciem seus próprios projetos de bioeconomia.
  • Desenvolver parcerias com o setor privado para atrair mais investimentos.
  • Produzir conteúdo digital, como vídeos e webinars, para compartilhar o modelo do Pará com o mundo.

Essas ações podem transformar o REDD+ em um pilar do desenvolvimento sustentável no Pará, beneficiando não só o meio ambiente, mas também as pessoas que dependem da floresta.

Por que você deveria se importar?

Se você mora no Pará, na Amazônia ou simplesmente se preocupa com o futuro do planeta, o REDD+ é uma iniciativa que merece sua atenção. Ele mostra que é possível proteger a floresta sem abrir mão do desenvolvimento, valorizando as comunidades que são as verdadeiras guardiãs da Amazônia. Para as populações tradicionais, é uma chance de ter sua voz ouvida e seus modos de vida respeitados. Para o mundo, é um exemplo de como enfrentar as mudanças climáticas com inovação e inclusão.

O trabalho do Pará, apoiado por Marina Silva e pelo Governo Federal, é um lembrete de que todos temos um papel a desempenhar na preservação da Amazônia. Seja participando de consultas comunitárias, apoiando cadeias produtivas sustentáveis ou simplesmente espalhando a palavra, cada ação conta.

Conclusão: um futuro verde para o Pará e a Amazônia

O sistema jurisdicional de REDD+ do Pará é mais do que uma política pública – é uma revolução silenciosa que está transformando a forma como cuidamos da Amazônia. Com a liderança do governo estadual, o apoio de Marina Silva e a participação ativa das comunidades, o estado está construindo um modelo que une preservação, inclusão e inovação. É um movimento que valoriza os guardiões da floresta, capta recursos para a sustentabilidade e mostra que a Amazônia viva é um ativo para o Brasil e o mundo.

Marina Silva apoia sistema de REDD+ desenvolvido pelo Pará
Marina Silva apoia sistema de REDD+ desenvolvido pelo Pará

À medida que o Pará avança com as Consultas Livres, Prévias e Informadas e consolida seu sistema de REDD+, ele está plantando sementes para um futuro mais verde e justo. E você, o que acha dessa iniciativa? Já participou de algum projeto ambiental ou tem ideias para apoiar a preservação da Amazônia? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe sua história! Acompanhe também a página do REDD+ do Pará para ficar por dentro das próximas ações. Juntos, podemos fazer a diferença!

 

Tags: redd+, marina silva, pará, amazônia, preservação ambiental, sustentabilidade, participação comunitária, desmatamento, bioeconomia, florestas, governança socioambiental