Nos próximos dias, Belém receberá duas obras que simbolizam a transformação urbana e logística em curso para a COP30: o Porto de Outeiro, totalmente revitalizado, e a nova ponte de acesso rápido que ligará o terminal ao Parque da Cidade, sede da conferência. A inauguração da ponte está marcada para o dia 18 de outubro, enquanto o porto será oficialmente entregue em 24 de outubro.
Os projetos, executados pelo Governo do Pará em parceria com o Governo Federal, representam mais que infraestrutura: são parte de um plano integrado de mobilidade e hospitalidade pensado para o maior evento climático do planeta.
Mobilidade fluvial e conforto para as delegações
Durante a conferência, o Porto de Outeiro será um dos principais eixos logísticos de acesso às áreas oficiais da COP30, especialmente à chamada Blue Zone, onde ocorrem as negociações e eventos oficiais. O trajeto de cerca de 25 a 30 minutos será realizado por ônibus oficiais da COP30, com transporte gratuito e contínuo, utilizando faixas exclusivas de BRT e a nova ponte construída pelo governo estadual.
A ponte de acesso rápido foi projetada para garantir fluidez ao tráfego entre Outeiro e o centro de Belém, oferecendo segurança e eficiência ao deslocamento diário de milhares de pessoas. Com menos de 20 quilômetros de extensão total de trajeto até o Parque da Cidade, a obra é considerada uma das mais estratégicas do plano de mobilidade da conferência.
Hospedagem flutuante e planejamento integrado
O Ministério do Turismo, por meio da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e da Secretaria Extraordinária para a COP30, concluiu a contratação de dois navios de cruzeiro que funcionarão como unidades de hospedagem flutuante durante o evento.
Atracadas no Porto de Outeiro, as embarcações oferecerão cerca de 6 mil leitos, com estrutura de hotelaria completa. As reservas já estão disponíveis no site oficial da COP30. A iniciativa amplia significativamente a capacidade de hospedagem de Belém e foi pensada para equilibrar o fluxo de visitantes e evitar pressão sobre a rede hoteleira tradicional.
Além de atender às delegações e equipes técnicas, o uso dos navios como hotéis temporários simboliza a aposta do Brasil na inovação logística e sustentabilidade, aproveitando a vocação fluvial da Amazônia e reduzindo o impacto urbano do grande volume de turistas.
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Porto modernizado: legado para o turismo e a economia
Localizado na região metropolitana de Belém, o Porto de Outeiro passou por uma revitalização completa sob coordenação da Companhia Docas do Pará (CDP). O terminal ganhou um novo píer de 710 metros, áreas de embarque e desembarque requalificadas e infraestrutura moderna para recepção de passageiros e serviços.
Mais de 700 trabalhadores participaram da obra, que agora transforma o porto em um terminal apto a receber navios de grande porte — inclusive cruzeiros internacionais. Após a COP30, o espaço passará a integrar a rota do turismo marítimo da capital paraense, fortalecendo a economia regional e o potencial logístico da região.
Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Pará (Seop), o projeto foi concebido com duplo propósito: atender às demandas imediatas da conferência e criar um legado permanente de integração fluvial e turística.
Um novo eixo de desenvolvimento sustentável
Combinando obras de infraestrutura, transporte sustentável e requalificação urbana, o conjunto Porto de Outeiro–ponte de acesso rápido materializa o conceito de legado verde da COP30. O investimento reforça o papel de Belém como porta de entrada da Amazônia e modelo de cidade anfitriã que une modernização e sustentabilidade.
Para o governador Helder Barbalho, a entrega dessas estruturas é símbolo do novo ciclo de desenvolvimento do estado. “O Pará está se preparando não apenas para receber um evento global, mas para se projetar como um polo de inovação climática, turismo e economia verde. Essas obras ficam como legado de integração, conectando pessoas, culturas e oportunidades”, afirmou.
Com o Porto de Outeiro pronto para receber o mundo e a nova ponte garantindo acesso rápido ao coração da COP30, Belém dá mais um passo decisivo na construção da sua imagem como capital amazônica da sustentabilidade.
