Em 2025, Belém se torna o epicentro das discussões globais sobre o clima ao sediar a COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Como aquecimento para esse marco histórico, o II Seminário Diálogos para a COP30 chega nos dias 28 e 29 de maio, das 8h às 18h, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. Com palestras, oficinas, espetáculos culturais e vozes de comunidades locais, o evento é um convite para pensar a Amazônia a partir de suas próprias raízes. Pronto para fazer parte dessa transformação? Descubra o que está por vir!
Por que o seminário é um marco para a Amazônia
Pela primeira vez, a COP30 será realizada no coração da maior floresta tropical do mundo, de 10 a 21 de novembro de 2025, atraindo mais de 40 mil visitantes, incluindo líderes globais e ativistas, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O seminário antecipa esse momento histórico, criando um espaço de diálogo entre sociedade civil, academia, movimentos sociais e gestores públicos. A proposta? Fortalecer a educação ambiental e o protagonismo amazônico na luta contra a crise climática, com foco em soluções práticas e inclusivas.
O evento, gratuito e aberto ao público, acontece no Hangar, um dos palcos principais da COP30, já em reforma para receber a conferência. É uma chance única de conectar saberes tradicionais e inovação, preparando Belém para liderar o debate global. Conheça mais sobre a COP30.
Palestras que inspiram mudança
A programação traz dois nomes de peso para discutir educação e sustentabilidade:
-
- Prof. Dr. Marcos Sorrentino, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, compartilha estratégias para políticas públicas que integrem educação ambiental, fundamentais para cumprir metas como o desmatamento zero até 2030.
- Profa. Dra. Maria Ludetana Araújo, da UFPA, mergulha na relação entre educação, território e justiça climática, destacando o papel das comunidades amazônicas na construção de um futuro sustentável.
Essas palestras prometem não apenas informar, mas inspirar ações concretas, conectando teoria e prática em um contexto onde a Amazônia é protagonista.
Arte como ferramenta de transformação
A cultura amazônica ganha vida com dois espetáculos que unem arte e conscientização:
- CirculAÇÕES, do ETDUFPA, reflete sobre consumo, descarte e a relação entre corpo e natureza, convidando o público a repensar hábitos urbanos.
- Maga Curumim, do Dirigível Coletivo de Teatro, resgata a riqueza da infância amazônica, com narrativas lúdicas que celebram a floresta e clamam por sua preservação.
Saiba mais- Pará capacita 21 mil para o mercado com destaque para COP30
Saiba mais- LATAM impulsiona Belém para a COP30 com mais voos e rotas inéditas
Essas apresentações mostram que a arte pode ser uma ponte poderosa para engajar corações e mentes na luta pelo meio ambiente. Saiba mais sobre iniciativas culturais da UFPA.
Catadores no centro do debate
O painel Diálogo com as Cooperativas de Catadores destaca o trabalho essencial de cooperativas como CONCAVES, Filhos do Sol, ARAL e ACCSB. Esses grupos são pilares da economia circular, transformando resíduos em oportunidades e promovendo sustentabilidade em Belém. O debate abordará desafios, como a falta de infraestrutura, e conquistas, como a inclusão social de trabalhadores, apontando caminhos para fortalecer sua atuação.
Em um contexto onde a gestão de resíduos é crucial para a COP30, que busca minimizar impactos ambientais, o papel dos catadores é indispensável.
Educação ambiental nas escolas e comunidades
O painel Escola do Campo, das Águas e das Florestas explora como a educação pública pode enfrentar as mudanças climáticas. Um destaque é o Programa Coleta Mais Belém, liderado pelo Prof. Esp. Élison Coutinho Ferreira, da Escola Municipal Milton Monte. A iniciativa integra coleta seletiva ao cotidiano escolar, ensinando estudantes a praticar a sustentabilidade. Alunos do 6º ano da Escola Municipal UP FAVEIRA também participam, mostrando que jovens são agentes de mudança.
Essas ações reforçam a importância de enraizar a consciência ambiental desde cedo, especialmente em uma cidade que enfrenta desafios como saneamento básico, como apontado por moradores da Ilha do Combu.
Oficinas que conectam teoria e prática
As oficinas inaugurais trazem vozes potentes do ativismo amazônico:
- Miguel Chikaoka, fotógrafo e educador, lidera atividades que unem arte e sensibilização ambiental.
- Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), compartilhando saberes ribeirinhos.
- Prof. Marcelo Carvalho, da Cooperativa ARAL, ensinando práticas de reciclagem.
- CONCAVES e BioConsultoria Sustentável, com técnicas de compostagem.
- Daniel Ops, articulador ambiental, promovendo mobilização comunitária.
Essas oficinas transformam ideias em ações, capacitando participantes a aplicar soluções sustentáveis em suas comunidades.
Um chamado para todos
O II Seminário Diálogos para a COP30 é mais do que um evento — é um movimento para reposicionar a Amazônia como protagonista na luta climática. Com a COP30 se aproximando, Belém enfrenta desafios, como a construção de obras controversas, como a rodovia da Liberdade, criticada por ambientalistas por cortar áreas protegidas. Mesmo assim, o seminário aposta na participação cidadã para construir um legado de sustentabilidade e inclusão.
Quer fazer parte? As inscrições são gratuitas e estão abertas na plataforma Even3. Inscreva-se agora, traga suas ideias e junte-se a essa corrente por um futuro mais verde! Garanta sua vaga no seminário.
