Programa piloto para impulsionar atividades sustentáveis na Amazônia

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, na reunião que elogiou a iniciativa e informou que o BID propôs a parceria voltada às ações sustentáveis no Pará
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, na reunião que elogiou a iniciativa e informou que o BID propôs a parceria voltada às ações sustentáveis no Pará

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, esteve reunido na tarde da sexta-feira (16/05) com a equipe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A missão encontra-se no Pará desde a última quarta-feira (14/05), quando visitou o arquipélago do Marajó. A visita se estendeu com a finalidade de avaliar a implementação de projetos de assistência técnica voltados à cadeia produtiva do açaí.

A iniciativa integra um programa piloto financiado pelo governo britânico para impulsionar atividades de baixo carbono na Amazônia. O valor dos recursos disponibilizados é na ordem de 850 mil dólares, cerca de 4.822.730 reais, segundo informou Giovanni Queiroz.

A missão serviu como um diagnóstico preliminar para alinhar as ações do BID às necessidades dos extrativistas, garantindo que os recursos sejam direcionados para impulsionar a economia local com foco em sustentabilidade.

Um diagnóstico preliminar para alinhar as ações do BID às necessidades dos extrativistas
Um diagnóstico preliminar para alinhar as ações do BID às necessidades dos extrativistas

A visita técnica no Marajó e posteriormente à sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) foi acompanhada pelo técnico da instituição, Victor Catuxo, que coordena o Programa Territórios Sustentáveis (PTS) pela secretaria.

Durante a reunião, o BID informou sobre a finalidade dos recursos que serão destinados às ações em duas regiões: no nordeste do Pará será o sistema agroflorestal e no Marajó o açaí.

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O secretário elogiou a iniciativa e disse que o BID propôs a parceria voltada às ações sustentáveis no Pará. “Vamos poder atender no mínimo seis municípios com três técnicos que eles irão ceder, todos qualificados; vamos atender o agricultor familiar e substituir áreas antropizadas por floresta produtiva que venha ao encontro de um anseio mundial, que é sequestrar carbono e fixar o homem no solo”, detalhou o secretário.

Mapeamento   

A comitiva do BID contou com a presença do especialista em projetos agrícolas Hernando Hintze e do consultor Fernando Souza. “O objetivo foi mapear as demandas dos extrativistas locais, visando estruturar políticas públicas que fortaleçam o manejo sustentável do açaí”, explicou o técnico Victor Catuxo.

Em visita ao arquipélago do Marajó com a finalidade de avaliar a implementação de projetos de assistência técnica voltados à cadeia produtiva do açaí
Em visita ao arquipélago do Marajó com a finalidade de avaliar a implementação de projetos de assistência técnica voltados à cadeia produtiva do açaí

As agendas incluíram, segundo detalhou, reuniões com cooperativas, produtores e gestores públicos nos municípios de Breves e Melgaço. Em Melgaço, a equipe foi recebida pelo prefeito José Viegas, além de representantes das secretarias municipais de agricultura. Também foram realizadas visitas a áreas de cultivo para identificar desafios e oportunidades na produção.

Durante a visita ao arquipélago do Marajó
Durante a visita ao arquipélago do Marajó

A missão serviu como um diagnóstico preliminar para alinhar as ações do BID às necessidades dos extrativistas, garantindo que os recursos sejam direcionados para impulsionar a economia local com foco em sustentabilidade, conforme explicou o servidor da Sedap.

“A partir desse projeto piloto a gente vai começar a trabalhar atrelado diretamente às políticas do baixo carbono e necessariamente atrelado ao nosso grupo gestor estadual do ABC (Agricultura de Baixo Carbono do Estado)”, esmiuçou Catuxo.