Na manhã desta terça-feira, Belém amanheceu com uma via transformada: a Avenida Duque de Caxias foi entregue oficialmente ao tráfego e aos cidadãos após uma intervenção completa que a reconstrói como referência de mobilidade, convivência urbana e legado da COP30. O Governo do Pará, em parceria com a Itaipu Binacional, fez da avenida mais do que uma rota de passagem — um símbolo de renovação, impacto social e projeção internacional.

Com seus 2,5 quilômetros de extensão e aproximadamente 5 mil metros de pista de rolamento, a Duque de Caxias assume um papel estratégico no tecido urbano da capital: além de ligar regiões densamente povoadas, ela surfa como alternativa vital para a circulação entre o centro da cidade, o aeroporto e os grandes polos da conferência (Hangar e Parque da Cidade). Ao entregar a via modernizada, o governo estadual não apenas abre as portas para a COP30 — ele reforça a ideia de que o evento internacional respinga no cotidiano dos moradores.
Mas a transformação não é só funcional. A via agora possui ciclofaixa revitalizada, nova pista de passeio, academia ao ar livre, espaços para piquenique e pets, bancos, mesas de jogos, iluminação em LED, sinalização inteligente, novos canteiros verdejantes e travessias cobertas para proteger pedestres de sol e chuva. É uma mudança que mistura mobilidade, lazer e atenção ao pedestre. A intervenção foi executada pela Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop) que, em diálogo com a comunidade, devolve à avenida um papel de convivência urbana — e não de trânsito apenas.
O investimento combinado, de cerca de R$ 17,4 milhões para essa via específica, integra um conjunto maior de obras viárias que prevê a revitalização de mais de 200 vias em Belém, em preparação para a COP30. O aporte da Itaipu Binacional para esse conjunto de intervenções chega a R$ 150 milhões, em convênios com o governo estadual.
Para o governador Helder Barbalho, essa entrega significa mais do que asfalto novo: “Este é um dos bairros mais populosos da Região Metropolitana de Belém e a requalificação não apenas deixa o espaço mais bonito, mas garante sinalização adequada, arborização e equipamentos públicos para prática esportiva”, afirmou, ressaltando como o legado vai além dos tapumes da obra e adentra o lazer, o bem-estar e a nova qualidade urbana.

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Há, portanto, uma leitura interessante: a COP30 aparece não apenas como evento para convidados do mundo todo, mas como catalisadora de transformações locais. A Avenida Duque de Caxias ganha nova malha, novos olhos, novos usos — e ao se modernizar ela se torna palco de uma cidade que se prepara para receber delegados, mas sobretudo para servir melhor aos seus moradores. A mobilidade se torna mais humana, a rua volta a ser espaço de convivência e a infraestrutura urbana se põe a serviço do futuro.
Apesar de todo o caráter celebratório, a entrega traz também mensagens claras sobre prioridades de desenvolvimento. A escolha de priorizar vias como esta — próximas a centros de convenções, aeroportos e rotas estratégicas — mostra que a infraestrutura da cidade está sendo pensada como interface entre o local e o global. E a via, ao abrigo da preparação para a conferência, projeta o Pará e Belém como territórios capazes de receber diálogos internacionais, sem descuidar da vida de quem mora ali.
Ao concluir essa obra, o Estado mostra que investir em mobilidade urbana — com equidade, conforto, acessibilidade e lazer — é também investir em atrações para o mundo. Um caminho que diz: se vamos sediar uma conferência mundial, que ela seja sentida na vibração da cidade, no ritmo dos bairros, no desenho das ruas. A nova Duque de Caxias é, então, mais do que uma via moderna — é um traço dessa ambição: mobilidade, cidade e meio ambiente se entrelaçam.
A partir de agora, moradores, ciclistas, pedestres e visitantes terão uma avenida que reflete mais do que o asfalto: reflete intenções, parcerias e legados. E talvez seja exatamente esse tipo de obra — visível, útil, transformadora — que também sustente os benefícios mais duradouros da COP30. Porque quando o evento for passado, a via continuará viva, pulsando em Belém.



























