Sua zamioculca pode estar sufocando com o substrato compactado
Sabe aquele ar de planta resistente que a zamioculca transmite? Pois é. Mesmo com toda a fama de ser “quase indestrutível”, ela tem um ponto fraco que pouca gente nota: o substrato. Se ele estiver compactado demais, suas raízes simplesmente não conseguem respirar — e o que parecia um verde vibrante começa a perder força de forma silenciosa. É o tipo de erro invisível que muitos só percebem quando já é tarde demais.
Apesar de ser tolerante à seca e à meia-sombra, a zamioculca sofre quando o solo em seu vaso vira uma massa endurecida. O substrato compactado impede que o ar e a água circulem como deveriam, provocando o apodrecimento das raízes e limitando o crescimento da planta. Se a sua está com folhas amareladas ou paralisada no desenvolvimento, o problema pode estar bem aí.
Esse tipo de solo é comum em vasos antigos, onde a terra vai se assentando com o tempo e perdendo sua estrutura porosa. A cada rega, o substrato afunda mais e endurece, sufocando lentamente a planta.
Nem sempre os sinais são óbvios. Por isso, fique atento a alguns sintomas sutis que indicam sufocamento radicular:
Folhas novas que não se desenvolvem por completo;
Amarelamento nas pontas, mesmo com rega controlada;
Vaso que parece seco por fora, mas úmido e pesado por dentro;
Presença de manchas escuras no caule próximo ao solo.
Ao observar esses indícios, o ideal é agir o quanto antes. Mexer na terra com um palito ou simplesmente apertar a borda do vaso pode dar pistas da compactação.
Quando o solo está endurecido, a melhor saída é replantar. Retire a planta com cuidado e verifique o estado das raízes. Se estiverem marrons e pastosas, remova essas partes com uma tesoura esterilizada. Em seguida, prepare um novo substrato leve e bem aerado.
Uma boa mistura para zamioculca inclui:
2 partes de terra vegetal;
1 parte de perlita ou areia grossa;
1 parte de casca de pinus ou carvão vegetal.
Esse tipo de composição drena bem e permite que as raízes se desenvolvam livremente, sem ficarem abafadas.
Mesmo com o solo certo, a maneira como você cuida da planta influencia diretamente na sua vitalidade. A zamioculca não gosta de solo encharcado, então a rega deve ser espaçada, só quando o dedo sentir a terra seca até a segunda falange.
Evite colocar pratinho sob o vaso ou, se usar, esvazie-o após cada rega. A iluminação também ajuda: embora tolere ambientes com pouca luz, a planta responde melhor quando recebe luz indireta abundante. Isso estimula a fotossíntese e contribui para que o substrato seque de maneira mais equilibrada.
Se você plantou sua zamioculca num vaso decorativo sem furos, já tem um segundo problema. A falta de drenagem acelera a compactação e o acúmulo de água. Prefira vasos com boa vazão, de barro ou plástico, e coloque uma camada de drenagem com pedrisco ou argila expandida no fundo. Isso ajuda a manter a estrutura do solo mais leve por mais tempo.
O substrato da zamioculca deve ser reavaliado a cada 18 a 24 meses. Mesmo os solos de qualidade vão perdendo estrutura com o tempo. Ao notar que a água começa a demorar mais para penetrar ou escorre direto pelas laterais, é hora de pensar em replantar.
Aproveite também para observar o estado geral das raízes e se elas estão se espremendo contra as bordas. Isso pode ser sinal de que a planta está pedindo mais espaço para crescer.
Ao perceber a zamioculca estagnada, muitos recorrem a adubos fortes ou em doses altas. Mas isso pode agravar ainda mais o problema, principalmente se o solo estiver compactado. O adubo acaba acumulado em uma parte do substrato, queimando as raízes já enfraquecidas.
Se a planta estiver mostrando sinais de estresse, a prioridade deve ser descompactar e renovar o substrato. Somente depois disso a adubação deve ser retomada — e sempre de forma leve, uma vez a cada dois meses, no máximo.
A beleza da zamioculca está justamente no equilíbrio entre resistência e delicadeza. Ela vai bem com pouca água, tolera sombra e ainda assim se mantém elegante. Mas o substrato, esse detalhe tão esquecido, pode ser o divisor de águas entre uma planta exuberante e uma planta que vai aos poucos se apagando no canto da sala. Cuidar disso é entender que, mesmo as mais resistentes, precisam de espaço para respirar.
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