Com a Covid-19 controlada após o avanço da vacinação nos últimos dois anos e a retomada da atividade turística aos padrões pré-pandemia, o Pará espera receber mais de 1 milhão de turistas em 2023.
De acordo com dados de pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur) em parceria com o Dieese-PA, a expectativa é que esse número de visitantes incremente mais de R$ 700 milhões, em divisas na economia paraense, movimentando diversos setores como hospedagem, alimentação, transporte, receptivo turístico, comércio em geral, dentre outros.
Mais do que estimativas e números grandiosos, quando bem trabalhado, o Turismo é forte vetor de desenvolvimento para comunidades, territórios e países. Cidades como Gramado (RS), Campos do Jordão (SP) e Fortaleza (CE) no Brasil, assim como países como Estados Unidos, França, Espanha, Singapura e o emirado de Dubai são clássicos exemplos de como a atividade turística forte promove ganhos econômicos, sociais e culturais, perpetuando um ciclo de crescimento constante e desenvolvimento perene.
“O turismo é uma atividade econômica que tem registrado taxas contínuas de crescimento ao longo do tempo. Por meio de muitas pesquisas, foi possível perceber que os impactos econômicos positivos do turismo estão relacionados com o dinheiro proveniente dos turistas, geração de empregos e fortalecimento da cultura local”, explica o secretário de Estado de Turismo do Pará, Eduardo Costa.
Segundo estudos da Organização Mundial do Turismo (OMT), os principais impactos econômicos positivos no turismo são o aumento da renda do lugar visitado, o estímulo a investimentos em infraestrutura, a geração de empregos e distribuição de riqueza, visto que o turismo é atividade que promove a distribuição de renda. No campo social são reconhecidos aspectos como a melhoria da qualidade de vida e elevação dos índices de desenvolvimento humano. Já os ganhos culturais ficam evidentes na valorização do artesanato local e herança cultural, preservação do patrimônio artístico, histórico e cultural, bem como o respeito as culturas tradicionais.
“É de fácil percepção os benefícios advindos dos investimentos na atividade turística. Podemos mensurar os ganhos econômicos no aumento das receitas de quase todos os tipos de serviços, com um incremento direto na renda dos habitantes. Há geração de empregos em todos os setores de serviços relacionados ao turismo, como na hotelaria, restaurantes, bares, transportadoras, organizadores de eventos. O turismo é setor econômico transversal a mais de 50 atividades produtivas”, afirma Eduardo Costa.
Futuro – Grandes eventos internacionais como as Olímpiadas e a Copa do Mundo costumam ser impulsionadores do turismo, deixando um legado de infraestrutura, equipamentos turísticos, ordenamento territorial, mobilidade urbana e modernidade tecnológica. Escolhida como cidade sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), em novembro 2025, Belém terá pelos próximos dois anos grandes desafios a serem superados pela gestão pública municipal, estadual e federal, além da necessidade de envolvimento da iniciativa privada e participação ativa do Terceiro Setor.
“Planejamento, organização, metodologias ágeis de decisão, conhecimento técnico e capacidade de execução, além de muita energia, precisarão ser empreendidos em um esforço coletivo por todos os atores envolvidos nesse processo de realizar um evento da magnitude da COP 30, onde são esperados mais de 50 mil visitantes de delegações e comitivas de centena de países”, afirma o secretário adjunto de Turismo do Pará, Lucas Vieira.
Em uma união de esforços e trabalho conjunto do governo federal, Governo do Pará e gestão municipal estão previstas obras para Belém como o Parque da Cidade, Porto Futuro 2, a reforma dos principais pontos turísticos de Belém, ampliação do aeroporto, dragagem do Porto Cruzeiro, finalização do BRT, implantação de ônibus elétricos, requalificação de 16 vias da cidade e ampliação da rede de Internet na cidade, compensação energética com 3 usinas fotovoltaicas, reforma do Ver-o-Peso, corredor gastronômico do Boulevard Castilhos França, Parque Urbano São Joaquim, a construção de novos hotéis em prédios abandonados, reforma da rede hoteleira atual, capacitação do profissionais da rede hoteleira, bares e restaurante e prestadores de serviços de transporte, além de produtos turísticos com experiência amazônica.