Na última quarta-feira, 17, representantes do Grupo da Terra, liderado pelo Ministério da Saúde, dirigiram-se à Ilha do Combu com o propósito de conhecer as iniciativas de saúde desenvolvidas nas ilhas de Belém e escutar os moradores e grupos sociais, promovendo um diálogo para a formulação e implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, Floresta e Águas (PNSIPCFA).
Acompanhados por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que apresentaram a estrutura da Unidade Básica de Saúde do Combu, inaugurada em 1999 e reformada em 2021, o grupo teve a oportunidade de conhecer de perto as necessidades e desafios enfrentados pela comunidade local. Maria Conceição Oliveira, assessora técnica da Sesma, enfatizou o compromisso contínuo da equipe em oferecer atendimento de alta qualidade aos moradores.
Além da visita à UBS, o grupo também explorou a escola municipal da ilha e se reuniu com moradores e líderes comunitários para discutir uma variedade de questões relacionadas à saúde e à qualidade de vida. Durante esse encontro, os representantes do Ministério da Saúde receberam uma lista de demandas de melhorias, elaborada pela própria comunidade, visando aprimorar os serviços de saúde nas ilhas de Belém. Oliveira anunciou a formação de um grupo técnico composto por representantes dos governos federal, estadual e municipal para abordar essas reivindicações de forma colaborativa.
O Grupo da Terra, uma organização que reúne representantes de entidades da sociedade civil e órgãos governamentais, foi revitalizado pelo Ministério da Saúde no ano passado em resposta às demandas dos movimentos populares. Valcler Rangel Fernandes, coordenador do Grupo, ressaltou a importância de visitar territórios onde tais movimentos estão presentes, destacando a singularidade das condições encontradas na Ilha do Combu, especialmente em relação ao saneamento.
Embora rodeada por água doce, a comunidade enfrenta desafios significativos no acesso à água potável e na gestão de resíduos, resultando em problemas de saúde associados à contaminação hídrica. Fernandes sublinhou a necessidade de projetos específicos para a região, enfatizando a importância da cooperação entre os níveis federal, estadual e municipal para implementar soluções eficazes.