A Prefeitura de Belém celebra a formação do primeiro médico emergencista da Região Norte, graças ao seu Programa de Residência em Medicina de Emergência. Na sexta-feira, 1º, o médico Paulo Rogério Melo defendeu seu Trabalho de Conclusão de Residência no salão nobre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), parceira na execução do programa.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), através da Escola do SUS, implementa a única residência em emergência disponível na Região Norte. Raimundo Arias, idealizador do Programa de Residência da Sesma, enfatizou a relevância da especialização oferecida pela gestão municipal, um investimento crucial na formação de profissionais para atender pacientes em situações críticas.
Arias destacou: “É uma conquista significativa da gestão, pois é essencial ter profissionais altamente qualificados liderando os serviços de urgência e emergência. A prefeitura está formando os recursos humanos necessários para que o SUS possa atender cada vez melhor a população”.
Qualificação Profissional
Silvestre Savino Neto, diretor da Faculdade de Medicina da UFPA, ressaltou os benefícios da iniciativa da Sesma em promover a qualificação profissional em colaboração com universidades. Ele afirmou: “Pessoas mais bem preparadas e qualificadas, não apenas na saúde, mas em todas as áreas, prestam serviços de melhor qualidade. A população é a grande beneficiada”.
Gerusa Ninos, coordenadora da Residência em Medicina de Emergência, destacou a inovação na formação do primeiro médico emergencista da Região Norte. Ela disse: “É um dia histórico para a medicina paraense. Após três anos, a Sesma retorna este profissional especialista ao mercado de trabalho, proporcionando mais agilidade e condições para reduzirmos a superlotação em nossa rede de urgência e emergência”.
Ofidismo
O trabalho de conclusão de Paulo Rogério destacou que o Pará é o estado com a maior incidência de acidentes com cobras venenosas. De acordo com o médico, o estado registra 17,2% dos casos de ofidismo no país e 15% das mortes por envenenamento causadas por picadas de cobra.
O trabalho concluiu ressaltando a necessidade de disponibilizar mais soro antiofídico nas unidades de saúde do interior do estado, onde ocorre a maioria dos casos. Gerusa Ninos, coordenadora da residência, afirmou: “O trabalho demonstra a importância da formação de médicos emergencistas em nossa região amazônica. É uma perspectiva diferenciada sobre os problemas de nossa realidade. É necessário estar bem preparado para agir com rapidez e eficácia”.
Paulo Rogério expressou sua satisfação em ser o primeiro médico emergencista formado na Região. Ele disse: “É uma imensa alegria estar sendo formado e continuar a formação de novos médicos para que a emergência seja cada vez mais qualificada e possamos fazer o melhor pelo paciente. A população é a grande beneficiada com médicos formados por este programa”.