Governo do Pará Autoriza Reformas em Escolas para Ampliar Hospedagem na COP 30


Nesta terça-feira (09), o governador do Pará, Helder Barbalho, assinou a ordem de serviço para iniciar a reestruturação de 11 escolas estaduais, que serão transformadas em alojamentos para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para novembro de 2025, em Belém.

“Esta é uma decisão estratégica de valorizar a educação e garantir soluções de hospedagem para os visitantes durante a COP 30”, declarou Helder Barbalho.

As obras visam adequar as escolas para funcionar como hostels, com a construção de novos banheiros e instalação de beliches, criando cerca de 5 mil leitos. O projeto abrange 17 escolas: quatro já estão em obras, 11 tiveram as ordens de serviço assinadas agora, e duas estão em processo de licitação.

“Estamos falando de reconstruir salas de aula, instalar ar-condicionado em todas as salas, atualizar laboratórios de informática e multifuncionais, e garantir acessibilidade. Educação de qualidade pressupõe um ambiente moderno”, enfatizou o governador.

O investimento total nas 17 escolas é de R$ 68 milhões, cerca de R$ 4 milhões por unidade. “Estas reformas são essenciais para a educação e também para receber bem os visitantes da COP. Esse legado beneficiará tanto a cidade quanto a população, proporcionando uma educação de qualidade com melhor infraestrutura”, reforçou Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.

Hospedagem Inclusiva para a COP 30

A utilização das escolas da rede pública estadual é uma das estratégias do governo do Pará para atender à demanda de leitos durante a COP 30. A expectativa é receber um número de visitantes semelhante ao da COP 28, realizada em Dubai, com cerca de 50 mil pessoas no auge do evento.

“Nós temos um plano de reestruturação das escolas, e como elas estavam no ‘polígono da COP’, decidimos aproveitá-las para hospedagem. Vamos receber aproximadamente 50 mil visitantes, de presidentes de mais de 140 países a membros da sociedade civil. Precisamos pensar em todos os públicos”, afirmou a vice-governadora e presidente do Comitê Estadual para a COP 30, Hana Ghassan.

Para oferecer acomodações a todos, Belém também ampliará a rede hoteleira com investimentos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), do Ministério do Turismo, liberados pelo Banco do Estado do Pará (Banpará). Além disso, serão ampliadas as ofertas de aluguéis de curta temporada via aplicativos de hospedagem, e navios de cruzeiro ancorados no porto de Belém funcionarão como hotéis flutuantes.

Investimentos Duradouros

“Estamos sendo desafiados a receber o maior evento ambiental e diplomático do planeta. A COP trará 140 chefes de estado e cerca de 50 mil pessoas para Belém. Teremos hóspedes em hotéis, navios de cruzeiro e acomodações temporárias. Uma das soluções é transformar escolas em alojamentos, especialmente para o público jovem”, destacou o governador Helder Barbalho.

“As mudanças que estamos implementando serão duradouras, melhorando a vida da população. Nosso objetivo é que a COP deixe um legado significativo para Belém, com reformas que beneficiarão a cidade a longo prazo”, acrescentou Hana Ghassan.

Apoio da Comunidade Acadêmica

As reformas não apenas garantirão leitos para a conferência, mas também proporcionarão escolas modernizadas e equipadas para os alunos da rede pública estadual.

Carmem Noronha, diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Graziela Moura Ribeiro, destacou a alegria da comunidade escolar com as obras e o orgulho de contribuir para um evento tão importante quanto a COP 30.

“A comunidade está muito grata e animada, pois nossa escola será um ponto de hospedagem para a COP 30. Este evento deixará um legado para o estado, e teremos escolas reformadas. Um ambiente bem estruturado facilita o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos”, disse a diretora.

Os alunos também receberam a novidade com entusiasmo. “A estrutura já era boa, mas os aparelhos de ar-condicionado ajudaram muito. Estamos com uma expectativa positiva para a reforma”, afirmou Caroline Gomes, aluna do 3º ano do ensino médio.

“Acredito que será uma ótima oportunidade para a escola e para a cidade. A escola e a comunidade só têm a ganhar com isso”, garantiu Rosalva da Silva, mãe de Caroline.