Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde, OMS, indica que o adoçante aspartame pode ter uma possível ligação com o câncer. O produto é usado em refrigerantes dietéticos, sorvetes e até mesmo em alguns medicamentos.
A agência destaca que após as avaliações feitas ao adoçante comum, evidências nesse sentido não foram convincentes e a substância ainda poderia ser consumida com segurança em quantidades razoavelmente altas.
Refrigerantes
O limite aceitável de ingestão diária do aspartame é de 40 miligramas por quilo de peso corporal. A OMS explica que um adulto pesando 70 quilos precisaria tomar mais de nove e até 14 latas de refrigerante diet por dia para que pudesse excedê-lo.
Esse seria o total suposto a ingerir no caso de um consumidor que não estaria recebendo aspartame de outros alimentos ou bebidas. Uma lata de refrigerante diet normalmente contém entre 200 e 300 miligramas do adoçante.
O composto pode ser encontrado em algumas pastilhas e sobremesas sem açúcar e com baixa calorias.
Os especialistas enfatizaram que com este anúncio não estavam aconselhando as empresas a retirar seus produtos ou indicando que as pessoas evitem completamente o aspartame.
Uso moderado
De acordo com o diretor do Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS, Francesco Branca, o propósito era simplesmente aconselhar o consumo com um pouco de moderação.
A Análise envolveu a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, Iarc, que identifica agentes causadores da doença.
O Comitê Misto de Especialistas da Organização da Nações Unidas para Agricultura e alimentação, FAO, e OMS em Aditivos Alimentares examina o potencial risco destas substâncias para os consumidores.
Classificação do composto como sendo possivelmente cancerígeno
Em 2019, um painel consultivo destacou o aspartame como tendo “alta prioridade” para revisão.
O Iarc explicou que a classificação do composto como sendo possivelmente cancerígeno revela haver alguma evidência de que a substância pode causar câncer em humanos que está, no entretanto, longe de ser conclusiva.
A chefe interina do programa de monografias da Iarc, Mary Schubauer-Berigan, explicou que a exposição a um cancerígeno não significa que uma pessoa terá a doença.