A Comunidade João Canuto, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago de Tucuruí, na região sudeste paraense, está dando um passo significativo em direção à agricultura sustentável. Em 2023, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) recebeu uma doação de 12 mil sementes de cacau da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
A doação foi o resultado de um esforço conjunto da Gerência da Região Administrativo do Lago de Tucuruí (GRTUC) do Ideflor-Bio, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-PA), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e dos membros da comunidade. As sementes foram cuidadosamente plantadas em sacolas e semeadas, seguindo as orientações da agrônoma e titular da GRTUC, Keylah Borges.
Desde então, a comunidade tem recebido acompanhamento técnico constante para garantir o sucesso do projeto. Em dezembro, a equipe da GRTUC realizou uma capacitação com os moradores, abordando os aspectos relacionados à implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs). Os SAFs são uma estratégia que busca harmonizar a produção agrícola com a conservação ambiental.
Keylah Borges enfatizou a importância da capacitação, pois preparou os membros da comunidade para receber as mudas prontas para serem plantadas. “Com o conhecimento adquirido, eles estarão preparados para implementar práticas sustentáveis de cultivo, garantindo a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida”, afirmou.
Recentemente, a equipe da GRTUC, em colaboração com a Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do João Canuto, coordenou a distribuição das mudas nas propriedades dos beneficiários do Projeto PROSAF do Ideflor-Bio. O projeto visa fomentar a agricultura familiar e promover o desenvolvimento econômico da região.
“A ação representa um importante passo para a comunidade João Canuto, que agora tem a oportunidade de diversificar suas atividades agrícolas e fortalecer a produção de cacau. Além disso, o projeto contribui para a valorização e preservação da cultura local, promovendo a sustentabilidade e o progresso da região”, concluiu Keylah Borges.
Este é um exemplo inspirador de como a agricultura sustentável pode transformar comunidades, promovendo não apenas o desenvolvimento econômico, mas também a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida. A história da Comunidade João Canuto serve como um modelo para outras comunidades que buscam abraçar a agricultura sustentável e fazer a diferença em suas regiões.