Imagine uma cidade vibrante, onde a floresta amazônica encontra o rio, e onde as vozes de todo o mundo se unem para discutir o futuro do nosso planeta. Essa é Belém, a capital do Pará, que em 2025 será o epicentro das discussões climáticas globais ao sediar a COP 30. E não é qualquer COP, não! Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, essa será a “COP das COPs”. Mas o que isso significa? Vem comigo que eu te explico tudo sobre esse evento que promete ser histórico!
Nesta quinta-feira, 13 de março de 2025, a ministra Marina Silva participou da Conferência Estadual de Meio Ambiente, promovida pelo Governo do Pará, e não poupou palavras para destacar a importância da COP 30. Em seu discurso, ela enfatizou que essa conferência será um marco, não só para o Brasil, mas para o mundo inteiro. “Essa é a conferência da anfitriã da COP das COPs, da COP da implementação. A COP não é festa, mas é muito trabalho”, disse a ministra, deixando claro que o evento vai além de uma simples reunião – é um chamado à ação.
O que é a COP e por que ela é tão importante?
Antes de mergulharmos nos detalhes, vamos entender o que é a COP. A Conferência das Partes (COP) é um encontro anual organizado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Desde 1995, líderes mundiais, cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil se reúnem para discutir estratégias e compromissos para combater as mudanças climáticas. É lá que acordos históricos, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris, foram negociados.
A COP 30, que acontecerá em Belém, em novembro de 2025, é especialmente significativa por vários motivos. Primeiro, será a primeira vez que a conferência será realizada na Amazônia, o que traz uma simbologia poderosa: discutir o clima no coração de uma das regiões mais afetadas e, ao mesmo tempo, mais cruciais para a regulação climática global. Segundo, a COP 30 marcará os 10 anos do Acordo de Paris, um momento crucial para avaliar o progresso das metas estabelecidas e, mais importante, para acelerar a implementação de políticas ambientais.
Marina Silva, que tem uma longa história de defesa do meio ambiente, não poderia estar mais animada. Em seu discurso na Conferência Estadual de Meio Ambiente, ela destacou que a COP 30 será a “COP da implementação”, ou seja, o momento de transformar promessas em ações concretas. “Não é mais hora de apenas discutir; é hora de agir”, enfatizou a ministra.
Por que Belém foi escolhida?
A escolha de Belém como sede da COP 30 não foi por acaso. A capital paraense está no coração da Amazônia, uma região que abriga a maior floresta tropical do mundo e é fundamental para a estabilidade climática do planeta. Mas não é só isso: o Pará tem se destacado por suas iniciativas de sustentabilidade e pela mobilização da sociedade civil em prol do meio ambiente.
Durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente, realizada nesta quinta-feira, foram discutidas propostas que serão levadas à etapa nacional e, posteriormente, à COP 30. O Pará realizou 70 conferências regionais e municipais, das quais 61 foram municipais e 9 regionais, abrangendo o maior número possível de municípios. Essa mobilização é um exemplo de como a sociedade civil está engajada na construção de políticas públicas para o clima.
O secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), Rodolpho Zahluth Bastos, explicou que essas conferências são um espaço democrático para definir prioridades e propostas que vão colaborar para a elaboração de políticas públicas. “Nós temos mais de 600 propostas para definir, aqui nos espaços de dois dias, e hoje, definir 20 propostas apenas, que serão encaminhadas para a conferência nacional”, disse Bastos. Essas propostas serão apresentadas durante a COP 30, mostrando o compromisso do Pará com a agenda climática.
A visão de Marina Silva – a COP das COPs
Quando Marina Silva chama a COP 30 de “COP das COPs”, ela está destacando a urgência e a magnitude do evento. Em seu discurso, a ministra lembrou que, nas últimas décadas, as COPs focaram em estabelecer estruturas e procedimentos, mas agora é o momento de agir. “Durante 32 anos, nós estamos debatendo regras, procedimentos, criação de estruturas e, enquanto isso, a temperatura da Terra foi mudando. E essas consequências todas que nós estamos vendo, diz a ciência, é em função dessa mudança do clima”, alertou.
Para Marina, a COP 30 em Belém precisa ser “potente pelo lugar que acolhe a nossa linda e frágil floresta amazônica, e potente pelos resultados que precisamos alcançar”. Ela enfatizou que a sustentabilidade não é apenas uma maneira de fazer, mas uma maneira de ser, exigindo uma mudança no modelo de desenvolvimento e na forma como pensamos o mundo.
A ministra também ressaltou a importância da participação da sociedade civil na construção de políticas ambientais. “Se a gente for olhar de onde surgiu a ideia do SUS, foi de um movimento da sociedade civil, com médicos comprometidos com saúde de qualidade. E assim foi com as políticas de combate à desigualdade social. Na área ambiental, toda política surge primeiro da sociedade, depois que entra para os governos”, explicou. Esse é um lembrete poderoso de que a mudança começa com a mobilização popular, e a COP 30 será uma oportunidade para amplificar essas vozes.
O papel do Governo do Pará na COP 30
O Governo do Pará, sob a liderança do governador Helder Barbalho, tem se preparado intensamente para receber a COP 30. Além de sediar a Conferência Estadual de Meio Ambiente, o estado está investindo em infraestrutura e em projetos de sustentabilidade que deixarão um legado duradouro para a região.
Entre as iniciativas, destaca-se o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que tem como meta promover a redução de emissões de gases de efeito estufa e elevar o Pará ao estágio de emissão líquida zero até 2036. O estado também tem trabalhado em programas de bioeconomia e na recuperação de áreas degradadas, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental.
Durante a COP 29, em Baku, Azerbaijão, o governador Helder Barbalho participou do “COP 30 Day”, onde apresentou as obras e serviços executados em Belém para a COP 30, incluindo o Parque da Cidade e o Porto de Futuro II. “Estamos criando uma estrutura que representa o futuro da nossa cidade e da Amazônia”, disse o governador, destacando a importância de mostrar ao mundo que a Amazônia está preparada para liderar a agenda climática global.
Infraestrutura e legado
A COP 30 não será apenas um evento de duas semanas; ela deixará um legado para Belém e para o Pará. O estado está investindo em melhorias na infraestrutura, como a expansão de vagas de hospedagem, a dragagem dos canais para incluir Belém na rota de cruzeiros internacionais e a qualificação da mão de obra local. Tudo isso para garantir que a cidade esteja pronta para receber os mais de 40 mil visitantes esperados durante a conferência.
Mas o legado vai além da infraestrutura física. A COP 30 será uma oportunidade para o Brasil reafirmar seu papel de liderança nas negociações climáticas e para mostrar ao mundo suas iniciativas em energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono. Como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, “uma coisa é discutir a Amazônia no Egito; outra coisa é discutir a Amazônia em Berlim; agora, nós vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia”.
O que esperar da COP 30 em Belém
A COP 30 será um momento crucial para o mundo avaliar o progresso das metas do Acordo de Paris e definir novas ambições para 2035. Entre os temas centrais da conferência estarão a expansão do financiamento para países em desenvolvimento, a adaptação climática, a preservação de florestas e biodiversidade, e a justiça climática.
Para o Brasil, a COP 30 representa uma chance única de liderar pelo exemplo. O país tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e uma rica biodiversidade, mas também enfrenta desafios como o desmatamento e a desigualdade social. A conferência em Belém será uma oportunidade para mostrar que é possível conciliar desenvolvimento sustentável com a proteção do meio ambiente.
Além disso, a COP 30 será um espaço para vozes historicamente marginalizadas, como os povos indígenas e as comunidades tradicionais, que são os guardiões da floresta. Durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente, Marina Silva destacou a importância de incluir essas vozes nas discussões climáticas. “A COP 30 será a COP da nossa gente, da floresta, da natureza”, disse o governador Helder Barbalho, reforçando o compromisso com a inclusão.
Um chamado à ação
Marina Silva deixou claro que a COP 30 não será apenas mais uma conferência; será um ponto de inflexão. “Estamos vivendo sob os efeitos da mudança do clima, portanto a nossa responsabilidade é muito grande. Quem pode mais, deve fazer mais”, afirmou a ministra. Esse é um chamado à ação para todos – governos, empresas, sociedade civil e indivíduos – para que assumam sua parte na luta contra as mudanças climáticas.
Para os leitores do nosso blog, isso significa que a COP 30 é uma oportunidade para se informar, se engajar e fazer parte da solução. Se você se interessa por sustentabilidade, meio ambiente ou simplesmente quer entender melhor o que está em jogo, fique de olho nas atualizações sobre a COP 30. E se você puder, participe das discussões, seja nas redes sociais ou em eventos locais. Afinal, como disse Marina Silva, “toda política surge primeiro da sociedade”.
Como se preparar para a COP 30
Se você está planejando acompanhar a COP 30, seja presencialmente ou online, aqui vão algumas dicas para se preparar:
- Fique informado: Acompanhe as notícias sobre a COP 30 e as discussões climáticas. Sites como o portal da UNFCCC são ótimos recursos.
- Engaje-se nas redes sociais: Use a hashtag #COP30 para compartilhar suas opiniões e ficar por dentro do que está sendo discutido.
- Participe de eventos locais: Muitas cidades, incluindo Belém, devem realizar eventos paralelos à COP. Fique de olho na programação!
- Leia mais sobre o tema: Confira nossos posts sobre mudanças climáticas e sustentabilidade para entender melhor os desafios e soluções.
E se você está em Belém ou planeja visitar a cidade durante a COP 30, aproveite para explorar a rica cultura e a gastronomia local. Belém é conhecida por seus pratos típicos, como o tacacá e o açaí, e por sua arquitetura histórica. É uma chance única de combinar ativismo climático com turismo cultural!
Conclusão – a COP 30 é um marco para o Brasil e para o mundo
A COP 30 em Belém não é apenas um evento; é um símbolo de esperança e um chamado à ação. Como disse Marina Silva, será a “COP das COPs”, um momento crucial para acelerar a implementação de políticas ambientais e mostrar que a sustentabilidade é uma maneira de ser. O Governo do Pará, com o apoio do governo federal e da sociedade civil, está se preparando para receber o mundo e mostrar que a Amazônia é parte da solução para a crise climática.
Então, que tal se juntar a essa jornada? Acompanhe as novidades sobre a COP 30, compartilhe suas ideias e faça parte dessa mudança. O futuro do planeta depende de cada um de nós, e a COP 30 é uma oportunidade para mostrar que estamos prontos para agir. Nos vemos em Belém!