Uma luta antiga, uma nova esperança
A realidade de pacientes diabéticos em Belém já foi marcada por angústia. Wendel Lobato, 27 anos, insulino-dependente desde os 8 e representante da Associação de Diabéticos do Estado do Pará (ADEPA), compartilha: “Em 2023 e 2024, enfrentamos meses sem insulina. Alguns ficaram até sete meses sem acesso, com consequências graves, como amputações e dívidas para comprar medicamentos.” A falta de insumos, como seringas e fitas reagentes, agravava a situação, forçando pacientes a sacrifícios extremos.
Agora, a Sesma mudou o cenário. Com a retomada de contratos com fornecedores e a reorganização da logística, o Centro Especializado de Medicamentos (CEMO) voltou a oferecer insulinas análogas de ação rápida e prolongada, essenciais para um controle glicêmico eficaz. Cerca de 2.539 pacientes estão cadastrados no CEMO, e o fornecimento foi normalizado, trazendo mais qualidade de vida.
Novas regras para o atendimento
Desde 13 de março de 2025, uma Ação Civil Pública transferiu a responsabilidade pela distribuição de insulina para pacientes com diabetes tipo 1 à Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública). Esses usuários devem buscar atendimento nas Unidades Dispensadoras de Medicamentos Especiais (UDMEs), como as localizadas em São Brás, Sacramenta e Reduto. Aproximadamente 500 pacientes (20% do total do CEMO) estão sendo transferidos para a rede estadual.
Para diabetes tipo 2, a Sesma segue responsável, com fornecimento normal no CEMO, na Avenida Governador José Malcher, 2821, São Brás. Para solicitar insulina, o paciente precisa apresentar:
- Receita e laudo médico atualizados.
- Justificativa de uso.
- Documentos pessoais, cartão SUS e comprovante de residência (últimos 6 meses).
O prazo de resposta varia de 15 a 30 dias, com retorno presencial ou por telefone. Pacientes que usam insulina humana NPH, insulina regular ou insumos (canetas, fitas reagentes, lancetas, seringas) continuam recebendo esses itens nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), desde que cadastrados no Programa Hiperdia. Saiba mais sobre os serviços da Sesma.
Diálogo que transforma
A Prefeitura foi além dos estoques e abriu espaço para ouvir os pacientes. Reuniões com a ADEPA resultaram em um grupo de trabalho focado em melhorar o atendimento. O secretário de Saúde, Rômulo Nina, também se reuniu com o Ministério Público Federal (MPF), reforçando o compromisso com a regularidade do fornecimento. “Hoje, vemos um esforço genuíno para incluir os pacientes nas decisões”, destaca Wendel Lobato, sinalizando uma renovada confiança na gestão.
Essa aproximação é crucial, já que o diabetes afeta cerca de 9% da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde, e a falta de tratamento pode levar a complicações graves, como amputações e problemas cardiovasculares.
Entendendo o diabetes
O diabetes tipo 2, mais comum (90% dos casos), está ligado a fatores como sobrepeso, sedentarismo e genética. Sintomas incluem sede excessiva, fome constante, formigamento, infecções frequentes e visão turva. Já o diabetes tipo 1, geralmente diagnosticado na infância, é uma condição autoimune que exige insulina diária. Ambos demandam acompanhamento contínuo para prevenir complicações.
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A Sesma enfatiza a importância do diagnóstico precoce. Ao notar sintomas, procure uma UBS para avaliação. O Programa Hiperdia oferece monitoramento, orientações nutricionais e atividades físicas gratuitas, como exercícios para idosos, promovendo prevenção e qualidade de vida. Entenda mais sobre diabetes no site do Ministério da Saúde.
Como acessar o tratamento em Belém
Se você tem diabetes tipo 1, dirija-se a uma UDME da Sespa. Confira os endereços principais:
- UDME Cesupa: Av. Governador José Malcher, 1242, São Brás.
- UDME Demétrio Medrado: Av. Dr. Freitas, 235, Sacramenta.
- UDME Doca: Av. Visconde de Souza Franco, s/n, Reduto.
Para diabetes tipo 2, vá ao CEMO ou à UBS mais próxima, onde o Programa Hiperdia está disponível. Em caso de dúvidas, contate o Disque Saúde (136) ou a Sespa. Acesse o site da Sespa para mais informações.
Um futuro com mais cuidado
As ações da Prefeitura de Belém mostram que é possível transformar desafios em soluções. Com estoques normalizados, logística reestruturada e diálogo aberto, a cidade dá um passo importante para garantir o direito à saúde. Mas a jornada continua: a adesão ao Programa Hiperdia e a prevenção são essenciais para reduzir o impacto do diabetes.
Faça parte dessa mudança! Se você ou alguém que conhece precisa de insulina, procure o CEMO ou uma UBS. Caso tenha sintomas de diabetes, busque atendimento imediato. Compartilhe essa informação e ajude a construir uma Belém mais saudável! Acompanhe as ações da Prefeitura de Belém.
