Na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), realizada em Dubai, a floresta foi o centro das discussões. O governador do Pará, Helder Barbalho, defendeu a priorização da floresta como pauta nas discussões climáticas mundiais. Ele participou do painel “Transição econômica para a Amazônia: desenvolvimento socioeconômico de baixas emissões”, juntamente com outros governadores dos estados da Amazônia.

A Amazônia em Debate

O painel contou com a presença de governadores de vários estados da Amazônia, incluindo Wilson Lima do Amazonas, Mauro Mendes do Mato Grosso, Cel. Marcos Rocha de Rondônia, Wanderlei Barbosa do Tocantins e Antônio Denarium de Roraima. Juntos, eles discutiram estratégias para a mitigação das mudanças climáticas e o papel do Sul e do Norte Global na redução das emissões de gases do efeito estufa.

Helder Barbalho enfatizou que a COP tem como objetivo deixar um legado de infraestrutura para Belém e para a região metropolitana. No entanto, ele ressaltou que o legado mais importante é o ambiental, que beneficiará não apenas o estado do Pará, mas toda a Amazônia.

Valorização da Floresta

O governador do Estado fez um apelo para que as discussões da COP se concentrassem na floresta e em sua preservação. Ele argumentou que a floresta precisa ser valorizada e que, até agora, ela só entrou na agenda global devido ao romantismo em torno de sua importância. No entanto, a floresta nunca foi efetivamente considerada como uma riqueza necessária à preservação, com consignação ao aspecto social.

Nas COPs de 2019, 2021 e 2022, ouvimos falar sobre energia, segurança alimentar e regeneração produtiva, mas a floresta foi mencionada apenas de maneira periférica. Barbalho alertou que temos dois anos para efetivamente priorizar a floresta, caso contrário, continuaremos sendo cobrados por termos estoque florestal sem sermos beneficiados por isso.

Mercado de Carbono

Sobre o mercado de carbono, Barbalho reforçou a posição dos estados da Amazônia Legal diante do Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados sobre o mercado de carbono no Brasil. Ele afirmou que os estados da Amazônia não aceitam que retirem os sistemas jurisdicionais dos estados e que não permitirão que o lobby privado se sobreponha aos interesses dos estados.

Em suma, a COP 28 trouxe à tona a necessidade de priorizar a floresta nas discussões climáticas globais. A floresta precisa ser valorizada e preservada, e os estados da Amazônia devem ter a capacidade de liderar esse processo. Apenas assim poderemos garantir um futuro sustentável para a Amazônia e para o mundo.

 

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