Prefeitura garante rapidez no início das operações da Ciclus Amazônia para resolver o problema do lixo


A partir da segunda-feira, 19/02, a Ciclus Amazônia inicia efetivamente as operações, em Belém, com a contratação de 2,3 mil trabalhadores, já como cumprimento do contrato assinado com a Prefeitura para a instalação de uma política de gerenciamento de resíduos sólidos na capital paraense. O compromisso foi firmado nesta sexta-feira, 16, durante visita do prefeito Edmilson Rodrigues a unidades da empresa, cuja sede é no Rio de Janeiro.
Acompanhado de uma comissão de vereadores, Edmilson Rodrigues visitou o Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos da Ciclus Ambiental – integrante do grupo – em Seropédica, na região metropolitana do Rio. Ao conhecer de perto como funcionam as operações do conglomerado que começa a se instalar em Belém, o prefeito também recebeu garantias do esforço concentrado em acelerar os trabalhos na capital do Pará.

Modernização

“Viemos aqui ver in loco como funciona a política executada, de maneira exitosa, pela Ciclus no Rio de Janeiro, um modelo que será replicado em Belém, dadas as devidas particularidades. O lixo em Belém deixará de ser um problema e passará a ser um ativo ambiental, gerando emprego e renda e movimentando toda uma cadeia industrial, que hoje se beneficia das modernas práticas de gestão aplicadas pela empresa”, informou o prefeito.
O presidente da Ciclus Amazônia, Luiz Gomes, confirmou o compromisso da empresa em dar celeridade às operações em Belém. “Temos as questões contratuais, mas somos sensíveis aos pedidos da Prefeitura para verificar o que podemos encurtar no cronograma. Já na próxima semana iniciamos os processos de triagem, seleção, engajamento de todo o nosso time nesta primeira etapa, trabalhando em turnos diurnos e noturnos”, asseverou.

Empregos

Outro pedido do prefeito, também atendido, foi o de absorver a mão de obra hoje contratada pelos atuais prestadores de serviço. A medida, além de garantir a manutenção de empregos, também possibilita a continuidade dos serviços. O grupo também passará por qualificações, já que a Ciclus Amazônia implantará modelos de atuação e equipamentos novos em Belém.
O prazo inicial, que consta no contrato firmado entre o município e a empresa, previa 90 dias para o início das operações, mas deve ser encurtado, paulatinamente, de forma que em metade disso a população começará a sentir os efeitos práticos da mudança.
“É uma conquista para a nossa cidade, mas ela acontece porque tivemos a coragem de abrir uma concorrência pública para tratar a questão dos resíduos sólidos como ela deve ser tratada na nossa cidade”, enfatizou Edmilson.

Impactos

A presidente da Ciclus Ambiental, Adriana Felipetto, que comandou a apresentação das operações no Rio, destacou a expertise adquirida pelo grupo na criação de uma complexa e intrincada política que desmistificou, na capital fluminense e nos outros Estados onde atuam, a visão do lixo como passivo. “Temos aqui uma verdadeira operação de guerra, diária, ininterrupta, para garantir que o meio ambiente e pessoas sejam minimamente impactados”, frisou.
Para a comissão da Câmara Municipal, que acompanhou o prefeito no Rio, a visita foi enriquecedora. “Como vereador e cidadão de Belém, fico extremamente satisfeito em poder ver um modelo de gestão de resíduos com essa complexidade e eficiência. Voltamos para casa mais otimistas, acreditando que Belém está, finalmente, dando um passo na solução definitiva desse problema. Dou parabéns à Prefeitura de Belém pela iniciativa”, afirmou o vereador Mauro Freitas (PSDB).

O vereador Igor Andrade (Solidariedade) disse que a visita às instalações da Ciclus Ambiental tirou dúvidas e reforçou a crença na transformação da maneira como o lixo é tratado em Belém. “Aqui pudemos testemunhar uma verdadeira indústria que trata dos resíduos para que eles possam ser reaproveitados, sem prejuízo para as pessoas. Estamos esperançosos de que, em breve, esse modelo chegue a Belém”.

Gestão

A Ciclus Amazônia foi a vencedora da licitação para constituir uma Parceria Público-Privada (PPP) que vai administrar por 30 anos o sistema de coleta urbana e tratamento de resíduos sólidos em Belém. Serão investidos mais de R$ 700 milhões durante o período. Entre os serviços previstos, estão também a ampliação da varrição das ruas, a coleta de resíduos, além da criação de ecopontos em áreas estratégicas para recolher materiais recicláveis. O contrato também estabelece o encerramento definitivo e a recuperação ambiental do aterro sanitário do Aurá e a construção de um novo centro de tratamento de resíduos, que terá capacidade para receber mais de 2,5 toneladas de lixo por dia.
No tratamento de resíduos, a empresa vai inserir 12 novas cooperativas de catadores, além de gerar mais de três mil postos de empregos na contratação de funcionários. Quando estiver operando a todo vapor, com toda a logística pronta, serão 50 ou mais caminhões coletores modernos, milhares de contêineres e lixeiras para os logradouros públicos na capital.