Você rega a zamioculca como qualquer planta?
Regar é um gesto simples, quase automático. Mas com a zamioculca, esse costume pode estar fazendo mais mal do que bem. Essa planta elegante, de folhas brilhantes e estrutura robusta, guarda segredos que a diferenciam de qualquer outra verdinha da casa. E um deles é justamente a forma como ela lida com a água. Regá-la como se fosse uma samambaia, por exemplo, é abrir caminho para o apodrecimento invisível da raiz. Neste artigo, vamos desvendar por que essa planta tão resistente não tolera o “carinho molhado” em excesso — e como salvar a sua antes que seja tarde.
Apesar da aparência exuberante, a zamioculca é uma sobrevivente do clima seco. Ela vem das florestas tropicais da África, onde aprendeu a se virar em ambientes de solo pobre e pouca chuva. Isso significa que o excesso de regas, muitas vezes feito por zelo ou rotina, pode sufocar suas raízes e iniciar um processo silencioso de deterioração. Quem olha por cima vê folhas lindas; quem toca o substrato percebe o drama subterrâneo. É aí que mora o perigo.
Diferente de outras plantas, a zamioculca desenvolve rizomas subterrâneos — estruturas que armazenam água como se fossem tanques naturais. Se o solo estiver sempre úmido, esses rizomas incham, criam fungos e apodrecem. O resultado? Uma planta que desaba da noite para o dia. É por isso que o ideal é deixar o solo secar completamente entre uma rega e outra. Não existe “agenda” fixa para molhar: o melhor cronograma é observar.
Muita gente confunde o amarelecimento das folhas com sede, mas no caso da zamioculca, é o oposto. As folhas ficam amarelas quando a planta está absorvendo água demais e não consegue respirar. A dica de ouro: enfie o dedo no substrato até a segunda falange. Se estiver úmido, nada de rega. Se estiver seco, aí sim é hora de oferecer água — e mesmo assim, com moderação.
O método mais seguro é a rega pela borda do vaso, evitando que a água se acumule perto dos rizomas. Use pouca quantidade e espere ver sinais claros de que o solo está completamente seco para repetir o processo. Em ambientes úmidos ou no inverno, a rega pode ser quinzenal — e isso basta. Um truque eficaz é usar o próprio peso do vaso como indicador: se estiver leve, provavelmente a planta precisa de água.
A escolha do vaso também faz diferença. Modelos de cerâmica com furos de drenagem são os mais indicados. Eles deixam o excesso de água escorrer e ajudam o solo a respirar. Evite vasos de plástico fechados ou sem furos, pois eles mantêm a umidade por muito tempo e aumentam o risco de apodrecimento. Outro ponto fundamental é o substrato: opte por misturas mais soltas e drenáveis, com areia e perlita, por exemplo.
Um dos erros mais frequentes é deixar pratinho embaixo do vaso acumulando água. Isso cria um ambiente propício para fungos e bactérias. Outro equívoco é colocar a zamioculca direto no chão sem dreno, especialmente em áreas externas. Mesmo sendo resistente, ela precisa de solo bem arejado. Evite também borrifar as folhas com frequência — não é necessário e pode favorecer o surgimento de manchas.
Se as folhas estão murchas, mas ainda verdes, provavelmente é falta de água. Se estão amarelas ou com pontos marrons, é sinal de excesso. As raízes visíveis na superfície do vaso também podem indicar que ela precisa ser replantada em um recipiente maior. A beleza da zamioculca está justamente nessa comunicação sutil. Saber ouvir é o primeiro passo para manter uma planta saudável por muitos anos.
Definitivamente, sim. A zamioculca é uma das plantas mais resistentes e decorativas para ambientes internos. Tolera sombra, não exige poda frequente e ainda purifica o ar. Mas como toda planta de personalidade forte, exige respeito aos seus limites. E o maior deles é a água. Regar com consciência é garantir que ela continue brilhando no seu cantinho preferido da casa.
A próxima vez que você for com a mão na rega, pense duas vezes. A zamioculca não quer amor em excesso — ela quer espaço para ser do jeito dela: resiliente, elegante e minimalista.
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