Você rega a zamioculca como qualquer planta?
Ela é resistente, bonita e está entre as queridinhas da decoração de interiores. Mas apesar da fama de “inquebrável”, a zamioculca pode sim apodrecer, e a culpa quase sempre está no excesso de zelo. Se a sua planta começou a murchar, apresentar folhas amareladas ou caule mole, talvez você esteja cometendo um erro que parece inofensivo: regar demais.
A zamioculca vem da África e está acostumada a solos pobres, períodos de seca e clima quente. Ou seja: essa planta não foi feita para viver com os pés encharcados. Ela armazena água em suas raízes e caules, o que a torna altamente resistente à falta d’água. Mas justamente por isso, a rega em excesso é um dos maiores inimigos dessa espécie.
O ideal é regar apenas quando o substrato estiver totalmente seco, o que pode levar entre 10 a 20 dias dependendo da estação, da umidade do ar e do ambiente onde a planta está. Quem insiste em manter o vaso sempre úmido acaba criando o cenário perfeito para o apodrecimento das raízes.
Esse é o primeiro erro que costuma condenar a zamioculca: estabelecer uma frequência de rega como se ela fosse uma samambaia ou um lírio-da-paz. Muita gente coloca lembrete semanal no celular ou rega toda vez que cuida das outras plantas da casa. O problema é que o solo da zamioculca pode continuar úmido por mais de uma semana, principalmente em ambientes fechados e pouco ventilados.
Como resolver? O segredo está no toque: afunde o dedo cerca de 5 cm no substrato. Se ainda estiver úmido, espere mais alguns dias. Outra dica útil é usar um palito de churrasco ou hashis de madeira: espete e veja se ele sai seco. Se sair com terra grudada e escura, ainda está cedo para regar.
O segundo erro clássico tem a ver com a escolha do vaso. A zamioculca precisa estar plantada em recipiente com furo de drenagem. Quando está em um cachepô fechado ou em vaso sem furos, a água acumulada no fundo não consegue escoar, e isso encharca as raízes, promovendo o apodrecimento silencioso.
Se você ama cachepôs, tudo bem, mas faça do jeito certo: mantenha a planta em um vaso plástico com furos, e esse vaso dentro do cachepô. Assim, você pode retirar para regar, deixar escorrer bem, e só depois devolver ao cachepô.
Se a planta está mole, com cheiro estranho e folhas caindo, talvez ainda dê tempo de salvá-la. Retire com cuidado do vaso e observe as raízes. Se estiverem escuras, moles e com cheiro ruim, é sinal de apodrecimento.
Com uma tesoura esterilizada, corte todas as partes comprometidas. Deixe a planta ao ar livre por algumas horas, para secar as feridas. Em seguida, replante em um vaso limpo, com substrato novo e drenável (mistura de terra, perlita e areia grossa, por exemplo). Espere alguns dias antes de regar novamente.
Além do apodrecimento, a zamioculca pode mostrar que algo está errado com mudanças na coloração das folhas. Amarelamento, por exemplo, pode indicar excesso de água ou iluminação muito intensa. Já manchas escuras e queda de folhas apontam para raízes doentes.
Outro ponto de atenção é o local onde ela fica. A zamioculca tolera sombra, mas cresce melhor em ambientes bem iluminados, com luz indireta abundante. Em cantos muito escuros, ela fica fraca e vulnerável.
Você pode montar um substrato personalizado para sua zamioculca com os seguintes componentes:
1 parte de terra vegetal
1 parte de areia grossa ou perlita
1 parte de casca de pinus, carvão triturado ou casca de arroz carbonizada
Essa mistura garante drenagem eficiente, reduz o risco de compactação e ajuda a manter a planta longe da umidade excessiva.
A verdade é que a zamioculca prefere ser esquecida do que superprotegida. Ela gosta de secar bem entre as regas, não exige adubação frequente e cresce devagar mesmo nas melhores condições. Tentar apressar esse processo com mais água ou fertilizantes só prejudica.
Se você seguir as orientações básicas — regar apenas quando o solo estiver seco, evitar encharcamento e manter em local iluminado — sua zamioculca vai se manter saudável por anos.
Às vezes, o segredo do verde está justamente em saber esperar.
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