Meio Ambiente

Novas pontes sobre o Tocantins transformam Marabá até 2027

As margens do rio Tocantins, em Marabá, no sudeste do Pará, vivem um momento de transformação histórica. A cidade acompanha o avanço das obras para a construção de duas novas pontes que vão mudar a dinâmica da mobilidade urbana e da logística no estado. O projeto, conduzido pela Vale, prevê duas estruturas paralelas à atual ponte rodoferroviária: uma rodoviária, dedicada ao trânsito de veículos, e outra ferroviária, que ampliará a capacidade de transporte de minério e cargas diversas. Cada ponte terá 2,3 quilômetros de extensão, formando um corredor estratégico de circulação entre o Pará e outros estados brasileiros.

A duplicação da travessia é vista como um divisor de águas para Marabá, que hoje enfrenta gargalos na circulação de veículos e depende fortemente da infraestrutura ferroviária para escoar sua produção. A nova ponte rodoviária deve desafogar o tráfego urbano, reduzindo o tempo de deslocamento e trazendo mais fluidez ao trânsito local. Já a ponte ferroviária reforçará o papel do município como eixo logístico central na Amazônia, ao fortalecer a ligação com portos e centros consumidores.

O projeto também se tornou um motor de geração de empregos. Desde agosto de 2022, quando as primeiras frentes de trabalho foram abertas, aproximadamente 400 pessoas foram contratadas. Em outubro de 2023, o número chegou ao pico de 2.000 trabalhadores, demonstrando a força mobilizadora da obra. A expectativa é que essa intensidade seja retomada após o período chuvoso, quando alguns serviços precisam ser temporariamente paralisados. Até 2027, quando está prevista a conclusão, a construção das pontes deve continuar movimentando fortemente o mercado de trabalho e a economia regional.

Reprodução – Vale

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Os reflexos fiscais também são expressivos. Estima-se que o projeto gere cerca de R$ 59 milhões em arrecadação de ICMS ao longo de sua execução. O investimento total é calculado em US$ 830 milhões, um volume que dá a medida da importância da iniciativa para além das fronteiras de Marabá, inserindo a cidade em um circuito nacional de transporte e logística de grande escala.

A Vale estabeleceu como prioridade a contratação de mão de obra e fornecedores locais, reforçando o compromisso de estimular a economia da região. Para isso, mantém articulações diretas com o Sistema Nacional de Emprego (Sine), a Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Essas parcerias não apenas facilitam o recrutamento, mas também garantem a capacitação de trabalhadores, preparando a população local para ocupar postos de trabalho mais qualificados.

Além do aspecto econômico, a empresa busca assegurar a sustentabilidade do projeto. A Vale já obteve a licença ambiental e desenvolve programas que incluem indenização e arrendamento de áreas, acompanhamento socioeconômico das comunidades impactadas, educação ambiental e apoio a comunidades tradicionais. Também estão em andamento ações de resgate e monitoramento de fauna e bioindicadores, com protocolos para minimizar os impactos ambientais.

A obra das novas pontes, portanto, não é apenas uma intervenção de engenharia. Ela se insere em um contexto mais amplo de desenvolvimento territorial. Em Marabá, cidade marcada por ciclos econômicos ligados à mineração, siderurgia e agricultura, a infraestrutura surge como uma promessa de integração entre o crescimento econômico e a melhoria das condições urbanas. Ao abrir novas conexões com outras regiões, a cidade fortalece sua posição como polo logístico do sudeste paraense.

Há ainda um aspecto simbólico relevante: a ponte rodoferroviária atual, inaugurada na década de 1980, sempre foi um marco da ligação entre a cidade e o país. Quatro décadas depois, a duplicação dessa travessia representa a renovação desse papel estratégico, agora adaptado às demandas de um Brasil mais complexo e interligado.

As dúvidas e demandas da população podem ser direcionadas diretamente ao time de relacionamento da Vale, presente em campo, ou pelo telefone 0800 285 7000, disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Ao final, o que se observa é que o projeto vai além da construção física das pontes: ele redesenha fluxos, fortalece cadeias produtivas, promove oportunidades de trabalho e busca conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade socioambiental. Marabá, assim, vive não apenas um canteiro de obras, mas um processo de transformação urbana e regional.

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