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Projeto Marajó Resiliente aproxima parceria com o Ideflor-Bio para fortalecer agricultura sustentável no arquipélago

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) recebeu, nesta quarta-feira (9), em Belém, uma comitiva do Projeto Marajó Resiliente, iniciativa liderada pela Fundación Avina e pelo Instituto Belterra, com apoio de outras entidades. A visita teve como objetivo estreitar laços e alinhar ações conjuntas voltadas à implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) diversificados nos municípios de Cachoeira do Arari, Salvaterra e Soure, no Arquipélago do Marajó.

A comitiva foi recepcionada pelo presidente do Instituto, Nilson Pinto, pelo diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal, Vicente Neto, e pela gerente do Escritório Regional do Marajó Oriental, Osiane Barbosa, que vem acompanhando de perto as etapas de implantação do projeto. Com atuação prevista entre 2024 e 2029, o Marajó Resiliente busca promover a resiliência climática e a segurança alimentar por meio do fortalecimento da agricultura familiar e da valorização das práticas tradicionais de cultivo em meio aos impactos crescentes das mudanças climáticas na região.

“A chegada do Marajó Resiliente é extremamente oportuna. Temos buscado, por meio de políticas públicas como o nosso Projeto Sistemas Agroflorestais (PROSAF), fomentar uma agricultura sustentável que respeite a vocação natural do território e valorize os conhecimentos das comunidades. A sinergia com essa iniciativa amplia nosso alcance e potencializa os resultados esperados para o Marajó”, destacou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Parceria – Durante a reunião, os representantes das organizações parceiras reforçaram o desejo de formalizar um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o projeto e o Instituto. Para Lanna Peixoto, representante da Fundación Avina, a aproximação com o Ideflor-Bio pode garantir maior efetividade às ações desenvolvidas.

“O projeto Marajó Resiliente tem como objetivo promover a resiliência climática através dos sistemas agroflorestais diversificados. Essa aproximação com o Ideflor-Bio, que já atua com programas como o PROSAF, é uma grande oportunidade de sinergia. Viemos buscar formas de fortalecer e escalar ações que já estão em curso, unindo esforços e conhecimento técnico para alcançar mais agricultores e mais hectares implantados com SAFs”, afirmou.

Com meta de implantação de 800 hectares de sistemas agroflorestais e de atendimento a pelo menos 800 famílias agricultoras, o projeto também aposta na formação de multiplicadores locais, no fortalecimento da governança comunitária, no acesso a políticas públicas e na diversificação da renda por meio do uso sustentável da terra.

Adriano Lopes Mello, do Instituto Belterra, reforçou a relevância do alinhamento institucional. “Essa conversa com o Ideflor-Bio é estratégica. O projeto Marajó Resiliente e o PROSAF caminham em direções complementares. Podemos unir forças para avançar não só na implantação de SAFs, mas também na produção de mudas, soluções de água e estruturação de cadeias produtivas que deem suporte à agricultura familiar.”

Oportunidades – A gerente Osiane Barbosa, que atua diretamente com os municípios contemplados pela iniciativa, celebrou o início do diálogo. “A troca de experiências entre as instituições e a conexão entre o que já existe e o que está sendo proposto são fundamentais. Estamos falando de territórios ricos em saberes, mas que também enfrentam grandes desafios climáticos e sociais. Com essa parceria, temos condições reais de transformar a realidade de muitas famílias marajoaras com respeito, conhecimento e sustentabilidade”, avaliou.

Além da Fundación Avina e do Instituto Belterra, o Marajó Resiliente conta com a atuação do Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus), que fortalece negócios de impacto socioambiental, e do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), que atua na formação de lideranças e fortalecimento da governança local. A iniciativa tem financiamento do Fundo Verde do Clima (GCF) e parte do reconhecimento de que os efeitos das mudanças climáticas — como aumento da salinidade do solo, intensificação das secas e alteração nos períodos de plantio — já são realidade no Marajó.

Com base na experiência comunitária já existente no arquipélago, os idealizadores do projeto pretendem ampliar práticas sustentáveis de produção, promovendo alimentos mais saudáveis, renda o ano inteiro e recuperação de áreas degradadas. A próxima etapa será a formalização das parcerias e o início do processo de seleção dos agricultores e agricultoras que participarão da implantação dos SAFs nos três municípios prioritários.

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