As “doenças tropicais”, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), são enfermidades infecciosas que se proliferam em climas quentes e úmidos. Comuns na Amazônia, essas doenças têm incidência relacionada a fatores econômicos, biológicos e ecológicos, e estão diretamente ligadas à situação de subdesenvolvimento dos países nos trópicos.
Essas doenças podem ser causadas por protozoários, como malária, leishmaniose, doença de Chagas e a doença do sono. Outras são causadas por verminoses, como esquistossomose e filariose linfática, e ainda há doenças causadas por vírus, como a dengue.
A Policlínica Metropolitana, localizada em Belém, é uma unidade de referência em diagnósticos de média complexidade da rede de saúde pública estadual. Segundo a médica infectologista Camila Lima, a clínica atende pacientes com casos dessas doenças, sendo as mais comuns hanseníase, chikungunya e doença de Chagas.
O tratamento para essas enfermidades é realizado com medicação específica, incluindo antibióticos, antiparasitários ou antifúngicos, dependendo do tipo de doença.
A prevenção dessas doenças está diretamente relacionada à melhoria das condições de vida. Segundo a Dra. Camila Lima, além do combate aos vetores de transmissão das doenças, é fundamental garantir saneamento básico, acesso a água potável e boas condições habitacionais para a população.
Em 2021, as doenças tropicais causaram entre 500 mil e 1 milhão de óbitos, segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS). As principais doenças tropicais que ocorrem no Brasil são: hanseníase, febre chikungunya, dengue, esquistossomose, filariose linfática, geo-helmintíases, oncocercose, tracoma, doença de Chagas, leishmaniose, raiva, hidatidose, escabiose (sarna), micetoma e cromoblastomicose. A maior parte delas se concentra nas regiões Norte e Nordeste do país, mas algumas estão presentes em todos os estados brasileiros, como as leishmanioses e a hanseníase.
A Policlínica Metropolitana, administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa), atende adultos e crianças de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. No entanto, a Policlínica Metropolitana não funciona em regime de porta aberta. O usuário deve passar por uma unidade de saúde municipal e ser regulado pelo Estado.
Os exames e consultas podem ser agendados por meios eletrônicos, pelo WhatsApp (91) 98521-5110 ou e-mail [email protected]. É necessário apresentar documentos de identificação, o cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e o comprovante de residência.