Policlínica Metropolitana garante capacidade de diagnósticos por rastreio de câncer

Belem 12 de abril de 2021,Poli metropolitana atendimento .

Aos 55 anos, Ana Paula Gomes, recebeu um diagnóstico inesperado, mas que devido à antecedência com que soube, ela mantém grande esperança de tratamento e de recuperação. Atendida na Policlínica Metropolitana do Pará, localizada em Belém, a paciente foi diagnosticada com câncer de mama, mas, antes de 30 dias, fez os exames e foi regulada para o hospital de referência à doença onde iniciará o tratamento.

Referência do governo do Pará, como uma Central Diagnóstica, a Poli Metropolitana mantém a capacidade e tecnologia avançada para oferecer exames de laboratório e por imagens que auxiliam na investigação de cânceres, como o de mama, pele, cólon, reto, colo do útero e pulmonar, por exemplo.

Para se ter uma ideia, do período de 2021 a fevereiro deste ano, 546 pacientes foram diagnosticados no ambulatório de especialidades da unidade e, devidamente, encaminhados em tempo hábil, para tratamento oncológico ao Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, referência para tratamento de câncer no Pará.

A diretora técnica da Poli Metropolitana, Camilla Rocha, observa que na unidade, são ofertados “testes diagnósticos de rastreio, como a mamografia, que é considerada o exame padrão para o rastreamento de câncer de mama a mulheres de 50 a 69 anos, bem como os exames de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e sigmoidoscopia para rastreamento dos cânceres de cólon e reto para homens e mulheres de 50 a 75 anos, quanto a circuito de diagnóstico precoce de câncer de pele, mama, cólon, reto, colo do útero e pulmonar”, disse a médica.

Lei dos 30 dias
Criada com o objetivo de proporcionar agilidade no tratamento de pacientes com neoplasias, a Lei dos 30 dias (13.896/2019), estabelece que, em caso de suspeita de câncer, o paciente deve realizar os exames diagnósticos em até 30 dias.

Na Poli, o tempo médio entre a indicação da realização dos exames diagnósticos e o encaminhamento para o hospital de referência para tratamento, atualmente é de 19,9 dias. “Isto é, em quase 1/3 do tempo preconizado por lei. Pacientes com câncer têm direito a receber o 1º tratamento no SUS, em até 60 dias do diagnóstico pelo laudo patológico, ou em prazo menor, conforme necessidade terapêutica individual, conforme preconiza a Lei nº 12.732, de 22 de novembro de 2012”, esclarece Camilla.

Diagnóstico precoce
O rastreamento tem por objetivo encontrar o câncer pré-clínico ou as lesões pré-cancerígenas, por meio de exames de rotina em uma população-alvo sem sinais e sintomas sugestivos do câncer rastreado.

“O diagnóstico precoce é uma das estratégias para a detecção precoce do câncer, direcionada a indivíduos com sinais e/ou sintomas suspeitos, visando a identificar o câncer no estágio mais inicial possível.  Essa estratégia possibilita utilizar terapias mais simples e efetivas, contribuindo para a redução do estágio de apresentação do câncer, sendo conhecido como stage-shift. Com o diagnóstico precoce, o câncer pode ser detectado em um estágio potencialmente curável, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida”, destacou a médica.

Já o diretor-executivo da unidade, Anderson Albuquerque, destaca que o fluxo de atendimento segue as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes com suspeitas de câncer, são encaminhados para nossa unidade pelas unidades básicas de saúde. Após o diagnóstico, são regulados para instituições de referência em oncologia”.

Foto: Alex Ribeiro – Ag. ParáReferência
A secretária de Estado de Saúde Pública, Ivete Vaz, destaca que a unidade é estratégica na rede para o diagnóstico completo em um único local. “Quando o paciente vem referenciado de um posto de saúde, este, na Policlínica, pode dispor além de consultas, mas de uma gama de exames de média e alta complexidade. Na Poli, há também um encaminhamento interno. Ou seja, quando o médico da própria unidade identifica a necessidade de o paciente passar por outro especialista, o profissional faz o encaminhamento interno. Isso significa que o usuário, em apenas uma unidade, encontra toda a infraestrutura para ser diagnosticado e iniciar um tratamento o mais rápido possível”, observou a titular da pasta.

SERVIÇO:

– A Poli Metropolitana não é porta-aberta, ou seja, o usuário deve agendar o serviço antes de procurar a unidade.

– Os exames e consultas são agendados, por meios eletrônicos.

– Os canais são o WhatsApp (91) 98521.5110 ou o e-mail: [email protected]

– Como funciona: Pelo WhatsApp, a ferramenta o direciona para o canal correto de atendimento, através da digitação de um número correspondente ao serviço desejado. É necessário ter em mãos os documentos de identificação, o cartão do SUS e o comprovante de residência.

Texto de Roberta Paraense