Orquídea encharcada como fazer o teste do dedo para saber a hora certa de regar
Você já perdeu uma orquídea linda por excesso de água? Muita gente acredita que o problema das orquídeas é a falta de rega, quando na verdade o maior vilão é o excesso. E pior: como o dano não aparece na hora, só percebemos quando a planta já começou a definhar. O que poucos sabem é que existe uma técnica simples e gratuita — o chamado teste do dedo — que pode evitar esse erro fatal.
A palavra-chave aqui é sensibilidade. O teste do dedo consiste em colocar o dedo cerca de dois centímetros dentro do substrato da orquídea (geralmente casca de pinus, carvão ou musgo) e sentir se está úmido ou seco. Se o dedo sair limpo e seco, é hora de regar. Se sair com alguma umidade, espere mais.
Esse teste evita a rega por impulso, que é o que leva muitas pessoas a encharcarem a planta sem necessidade. Diferente de outras espécies, a orquídea não tolera excesso de água, pois suas raízes precisam de oxigênio para respirar. Quando ficam encharcadas, apodrecem rapidamente.
Diferente do que acontece com outras plantas, uma orquídea encharcada não vai murchar imediatamente — pelo contrário, muitas vezes as folhas continuam verdes por semanas. Mas por dentro, as raízes estão se desfazendo. Um sinal claro é o cheiro de mofo no vaso, ou a presença de limo nas raízes e no substrato. As folhas também podem começar a amarelar de baixo para cima, um indicativo tardio de podridão.
Em vasos transparentes, você pode observar o estado das raízes. Raízes saudáveis são firmes e verdes. Raízes podres ficam marrons, ocas ou escuras. Esse é o estágio em que a planta já está lutando para sobreviver — e muitas vezes não resiste.
Não existe uma regra única para todos os lares. O ambiente em que a orquídea está influencia diretamente na frequência de rega. Em apartamentos com pouca ventilação e luz indireta, o substrato pode demorar mais para secar. Já em varandas ensolaradas com vento, ele seca bem mais rápido.
Durante o verão, a secagem é mais veloz e a orquídea pode precisar de água a cada 3 ou 4 dias. No inverno, o intervalo pode se estender para até 10 dias. Por isso o teste do dedo é tão eficiente: ele respeita o ritmo da planta, e não o nosso calendário.
Se você identificar que exagerou na rega, o primeiro passo é tirar o vaso da orquídea do cachepô ou pratinho, para que o excesso de água possa escoar livremente. Depois, leve a planta para um local bem ventilado e com luz indireta. Evite sol direto nesse momento, pois a planta está fragilizada.
Se perceber cheiro de podridão, retire a planta do vaso, corte as raízes apodrecidas com uma tesoura esterilizada e replante com substrato novo e seco. Nesses casos, a recuperação pode demorar semanas, mas muitas orquídeas conseguem se reerguer com os cuidados certos.
Vasos de barro ou cerâmica são mais indicados que os de plástico, pois ajudam na evaporação da umidade. Além disso, usar um substrato leve, bem aerado e com boa drenagem — como a mistura de casca de pinus, carvão vegetal e fibra de coco — reduz bastante o risco de encharcamento.
Evite usar terra comum ou substratos que retenham muita água. E jamais use pratinho com água embaixo do vaso. As raízes precisam de oxigenação e contato prolongado com água estagnada é um convite para fungos e bactérias.
A maioria das pessoas que matam orquídeas não o fazem por descuido, mas por excesso de zelo. Regam demais, borrifam demais, colocam em locais sem ventilação e acabam sufocando a planta. Isso é comum principalmente entre iniciantes, que querem ver flores o tempo todo e associam isso à água em abundância.
Mas a orquídea é uma planta que veio de ambientes tropicais, onde as raízes ficam no ar, presas a troncos, e recebem chuva intermitente, seguida de longos períodos de secura. Ou seja, ela está biologicamente preparada para lidar com pouca água, não com o excesso.
Se você tem uma orquídea em casa agora, faça o teste. Enfie o dedo no substrato e sinta. Está seco? Regue. Está úmido? Espere. Com o tempo, você vai desenvolver um instinto mais apurado e vai entender melhor o ritmo da sua planta. Não existe técnica mais barata, rápida e eficaz.
O segredo para flores exuberantes não está em fórmulas mágicas, adubos milagrosos ou regas programadas com alarme. Está na observação diária e na escuta sensível. E tudo começa com o simples gesto de colocar o dedo na terra.
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