Mimosa pudica 5 cuidados para cultivar a planta que reage ao toque
Você já encostou em uma planta e a viu “se fechar” como se tivesse sentimentos? Essa é a mágica da Mimosa pudica, conhecida popularmente como dormideira ou sensitiva. Com folhas que se retraem ao menor toque, ela chama atenção por seu comportamento curioso — e ainda mais por sua simplicidade ao cultivar. Mas, apesar de parecer resistente, essa planta precisa de cuidados específicos para crescer saudável. Veja como garantir que sua mimosa retribua o carinho com vitalidade e beleza.
A Mimosa pudica é nativa da América do Sul, incluindo o Brasil, e está acostumada ao clima tropical. Isso significa que ela gosta de calor, umidade e um solo com boa drenagem. Abaixo, listamos os principais pontos de atenção para quem quer cultivá-la em vasos ou canteiros.
A dormideira ama o sol, mas tudo tem limite. O ideal é que ela receba sol direto por pelo menos 4 horas ao dia — especialmente no período da manhã ou final da tarde. Em regiões muito quentes, com sol escaldante, o ideal é protegê-la nas horas mais quentes. A luz insuficiente faz com que ela cresça estiolada, com hastes longas e frágeis.
Além disso, a exposição à luz influencia diretamente na sensibilidade da planta. Uma mimosa saudável reage ao toque com mais rapidez, enquanto folhas debilitadas se movem pouco ou não reagem.
A sensitiva não tolera encharcamento, mas também não gosta de solo seco por muito tempo. O segredo é manter o solo sempre levemente úmido. Use os dedos para sentir: se a camada superficial estiver seca, é hora de regar.
No verão, a frequência pode ser de até uma vez ao dia, especialmente se estiver em vaso e sob sol direto. Já no inverno, reduza para duas ou três vezes por semana, dependendo da temperatura. Sempre prefira regar pela manhã.
O substrato ideal para a Mimosa pudica é aquele usado para hortaliças ou flores anuais: leve, com boa capacidade de drenagem e rico em matéria orgânica. Uma mistura com 50% de terra vegetal, 30% de areia grossa e 20% de composto orgânico costuma funcionar muito bem.
Importante: escolha vasos com furos no fundo e, de preferência, adicione uma camada de argila expandida ou brita antes do substrato. Isso evita o acúmulo de água e protege as raízes contra fungos.
Por ser uma planta de crescimento rápido, principalmente em climas quentes, a dormideira pode ficar desordenada. A poda é essencial para manter o formato e incentivar novos brotos. Corte ramos secos ou muito longos e aproveite para retirar folhas amareladas ou danificadas.
Fique atento também a cochonilhas e pulgões, que podem se alojar nas dobras das folhas. Uma solução simples é aplicar água com sabão neutro uma vez por semana, borrifando as áreas afetadas. Em casos persistentes, opte por óleo de neem diluído.
A Mimosa pudica não tolera frio intenso. Temperaturas abaixo de 15 °C afetam o crescimento e podem até matá-la. Se você vive em regiões com invernos rigorosos, o ideal é cultivá-la em vasos móveis, que possam ser levados para ambientes internos durante os meses mais frios.
Evite também locais com vento constante, como sacadas muito expostas. O vento forte pode danificar as folhas delicadas e dificultar a recuperação da planta após o toque.
A reação ao toque da Mimosa pudica não é apenas estética. Trata-se de um mecanismo de defesa chamado “tigmonastia”, uma resposta rápida ao estímulo mecânico. Essa movimentação ajuda a afastar predadores naturais, como insetos e herbívoros, além de proteger a planta contra danos causados pelo excesso de sol ou chuva.
Outro ponto curioso: essa espécie também reage a mudanças de temperatura, vibrações e até à sombra repentina, como quando alguém passa próximo. Isso faz dela uma planta ideal para despertar o interesse de crianças, estudantes e curiosos de todas as idades.
Sim, desde que o ambiente seja bem iluminado. Uma janela voltada para o norte ou nordeste é o ideal, pois garante boas horas de sol direto. Lembre-se, no entanto, de girar o vaso a cada dois dias para evitar que a planta cresça torta em direção à luz.
Dentro de casa, é ainda mais importante manter a umidade controlada, pois o ar seco de ambientes com ar-condicionado pode prejudicar as folhas. Uma bandeja com água e pedrinhas sob o vaso ajuda a manter o microclima úmido sem molhar as raízes diretamente.
Muita gente se encanta com a ideia de uma planta que “sente” o toque. Embora não possua sistema nervoso, a Mimosa pudica processa estímulos mecânicos com eficiência, criando a ilusão de que está interagindo emocionalmente com o ambiente. Esse comportamento a transforma não só em uma planta decorativa, mas também em um símbolo de sensibilidade e delicadeza.
Em um mundo acelerado, onde tudo exige respostas rápidas, talvez cultivar uma planta que se recolhe ao toque seja uma forma poética de lembrar que até o mais sensível dos seres vivos precisa de tempo para reagir.
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