Imagine um lugar onde as distâncias são vencidas por rios, onde o extrativismo e a agricultura familiar são o sustento de centenas de famílias. Agora, imagine esse lugar recebendo atenção direta de políticas públicas que realmente fazem a diferença no dia a dia dessas pessoas. Isso está acontecendo em Anajás, no coração do arquipélago do Marajó, com a força-tarefa realizada pela Sedap e pela Emater.
A iniciativa faz parte do Projeto Marajó Sustentável, que busca integrar assistência técnica, acesso a crédito e regularização fundiária para mais de 200 trabalhadores da agricultura familiar em Anajás.
Desde o início das ações, em 19 de maio, comunidades como Murundé, Guajú e Perpétuo Socorro começaram a receber equipes técnicas para entregar documentos fundamentais, como o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) e o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Até agora, mais de 30 CAFs e 8 CARs foram emitidos. Isso significa acesso facilitado a crédito rural, programas de fomento e, acima de tudo, cidadania para quem depende da terra para sobreviver.
Raiana Cristo Nunes, moradora da comunidade Igarapé Limão, já sente a mudança. “Agora temos nossas terras regularizadas. Isso muda tudo”, afirma, com orgulho.
O time por trás dessa missão é formado por especialistas que conhecem de perto os desafios da região. Pela Sedap, estão presentes nomes como Ariolando Lima Belfort e Deivid Teixeira dos Santos. Já pela Emater, técnicos de diversos escritórios se uniram ao esforço, como Fredson da Silva, Fabrícia Barros e muitos outros.
Não se trata apenas de entregar documentos. A força-tarefa leva informação, escuta os agricultores e mostra que o Estado pode estar presente de maneira efetiva.
João Paulo Pantoja, agricultor ribeirinho, resume bem esse sentimento: “Esperamos anos por esse documento. Hoje, graças à Sedap e à Emater, somos reconhecidos oficialmente”.
O Projeto Marajó Sustentável está ligado ao Proser – Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Seringueira no Pará. Um dos grandes objetivos é reativar seringais nativos e impulsionar a produção de borracha natural de qualidade, fomentando o desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.
Parte desse projeto inclui a parceria com a Poloprobio – Organização da Sociedade Civil com sede em Castanhal. Eles recebem recursos por meio de termo de fomento da Sedap e são responsáveis pela produção dos calçados da marca Seringô, que usa exclusivamente borracha natural do Marajó.
Essa ação gera renda local, valoriza o extrativismo e ainda promove a preservação dos ecossistemas.
Com os documentos em mãos, os agricultores familiares podem acessar linhas de crédito como o PRONAF, além de programas de incentivo à produção orgânica e à conservação florestal.
Segundo a Emater, o foco é garantir que os trabalhadores não apenas sobrevivam, mas prosperem, com sustentabilidade e dignidade.
A ação em Anajás é parte de um movimento maior. Municípios como Portel e Melgaço também fazem parte do plano de reativação dos seringais, com apoio de técnicos locais e políticas públicas integradas.
Chegar a comunidades isoladas exige logística complexa, transporte fluvial, paciência e muito diálogo. Mas os resultados mostram que vale a pena: cada família atendida é um passo a mais rumo à justiça social e ambiental.
A previsão é que até o fim da força-tarefa, em 28 de maio, mais de 200 famílias tenham seus direitos reconhecidos, com CAF, CAR e acesso a programas de incentivo.
A expectativa é de que as ações sejam replicadas em outras áreas do Marajó e da Amazônia, levando a mensagem de que a agricultura familiar é essencial para o futuro sustentável da região.
Você pode acompanhar os desdobramentos pelo site oficial da Sedap ou pelo portal da Emater Pará. Compartilhe essa história, apoie projetos que promovem o desenvolvimento sustentável e fique de olho nas próximas etapas do Projeto Marajó Sustentável.
A força-tarefa em Anajás não é só um esforço técnico, é uma revolução silenciosa que fortalece laços comunitários, recupera dignidade e planta as sementes de um futuro mais justo. Se cada ação como essa se multiplicar, veremos uma Amazônia mais forte, autônoma e cheia de possibilidades para quem vive dela e por ela.
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