O governo federal anunciou nesta terça-feira, 11 de setembro, um pacote robusto de ações e investimentos para impulsionar a transformação digital da indústria brasileira, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. A iniciativa faz parte da Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que visa fortalecer setores como semicondutores, robótica industrial e serviços digitais avançados.
Com um montante total de R$ 186,6 bilhões em investimentos públicos e privados, o projeto busca acelerar o desenvolvimento de áreas estratégicas como inteligência artificial, Big Data e Internet das Coisas. O setor público já alocou R$ 42,2 bilhões, com mais R$ 58,7 bilhões planejados, enquanto o setor privado comprometeu-se com R$ 85,7 bilhões em novos aportes.
Segundo Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o objetivo principal é digitalizar 50% das indústrias brasileiras até 2033, com uma meta intermediária de 25% até 2026. “A Missão 4, que trata da transformação e transição digital, é estratégica para o avanço da indústria no Brasil”, destacou Alckmin. Atualmente, apenas 18,9% das indústrias no país já estão digitalizadas.
Os primeiros investimentos serão focados em setores essenciais como a fabricação de chips, robôs, fibras óticas, além de datacenters, computação em nuvem e eletromobilidade. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também enfatizou a importância dessa transformação. “Anunciamos mais de R$ 186 bilhões em investimentos para a indústria digital até 2035. O PIB da economia digital já representa cerca de 10%, mas podemos fazer muito mais”, afirmou Lula em suas redes sociais.
Durante a cerimônia, Lula sancionou o Projeto de Lei nº 13 de 2020, que moderniza a política industrial voltada para semicondutores e tecnologias da informação, criando o programa Brasil Semicondutores. A iniciativa visa transformar o país de importador para exportador de semicondutores, como explicou Humberto Barbato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. “Estamos dando um passo importante para garantir a segurança necessária ao empresariado para continuar investindo”, afirmou.
O evento também marcou o lançamento de uma nova linha de crédito de R$ 2 bilhões, direcionada à criação de datacenters, com recursos provenientes do BNDES e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. Essa infraestrutura é fundamental, dado que o volume de dados no mundo deve atingir 600 trilhões de gigabytes até 2030, exigindo uma base sólida para o processamento e armazenamento de informações.
Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou a vantagem competitiva do Brasil no uso de energia limpa para impulsionar esse setor. “O serviço associado aos datacenters demanda energia renovável, uma área em que o Brasil possui grande vantagem competitiva. Isso atrairá investimentos importantes e aumentará nossa soberania de dados”, afirmou.
Além disso, o BNDES e a Finep anunciaram o início de um programa voltado para a digitalização de micro, pequenas e médias empresas industriais. Com um investimento inicial de R$ 560 milhões, o programa Brasil Mais Produtivo pretende beneficiar até 200 mil empresas, sendo que 8 mil devem alcançar a “fronteira tecnológica” com a adoção de soluções como IoT, Big Data e inteligência artificial.
Do lado do setor privado, os investimentos previstos até 2035 somam R$ 85,7 bilhões e incluem ações de infraestrutura, aquisição de novas máquinas e expansão do parque tecnológico, com participação de grandes empresas de alta tecnologia e semicondutores, como Amazon Web Services e as associações Abinee, Abisemi e P&D Brasil.
Esteliano Neto, diretor-executivo da CUT, ressaltou que a transformação digital vai além da modernização industrial, afetando diretamente a sociedade e o mundo do trabalho. “Essa mudança representa uma ruptura com o passado e um avanço significativo para o futuro”, afirmou.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também destacou o impacto positivo dos investimentos na economia brasileira. “O Brasil está crescendo mais do que o previsto. Só no segundo trimestre crescemos quase 1,5%, o que era a projeção para o ano inteiro. Se continuarmos com essa agenda, vamos ver um país crescendo com justiça social e distribuição de renda”, afirmou Haddad.
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