Economia

Impacto positivo na economia do Brasil devido a ascensão do emprego

 

Recentemente, a mídia divulgou uma série de dados sobre a economia brasileira, destacando o aumento do emprego e do consumo. O Ministério do Trabalho revelou que janeiro apresentou um saldo positivo de 180.395 empregos formais, um crescimento de 0,39% em relação ao número de empregos CLT de dezembro de 2023.

No estado de São Paulo, o setor de serviços gerou 230% mais vagas em janeiro deste ano do que no mesmo período de 2023, de acordo com a FecomercioSP. Isso representa cerca de 13,6 mil novos empregos em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No comércio de São Paulo, o volume de vendas aumentou mais de 10% em relação a janeiro de 2023, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Os serviços, além de crescerem, indicaram uma tendência que pode se manter ao longo de 2024, já que apresentaram um aumento de 3,3% no faturamento em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Os segmentos que impulsionaram o crescimento dos serviços em janeiro foram educação, com 8,2 mil novos empregos, atividades técnicas e científicas, como contabilidade, consultoria, engenharia e arquitetura (3,3 mil) e saúde e serviços sociais (3,2 mil), segundo a FecomercioSP.

Mas, como podemos explicar esse renascimento de investimentos e empregos no Brasil?

“O emprego é o principal motor da economia. Com mais dinheiro no bolso, o brasileiro endividado consegue pagar suas contas e restabelecer o crédito. Quem não está endividado passa a consumir mais. Com mais consumo, a indústria e o varejo contratam mais, criando um cenário para reestabelecermos o círculo virtuoso da economia”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.

O aumento do consumo, conforme apontado por Meirelles, é registrado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Um estudo da entidade mostra que, em janeiro, o consumo nos lares brasileiros aumentou 1,2% em comparação com o mesmo período de 2023.

A cesta de produtos da Abras, com 35 itens de consumo amplo, custava R$ 732,69 em janeiro, 2,9% a menos do que em janeiro do ano passado.

Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, vê com otimismo o aquecimento do mercado e a expansão do número de empregos formais. “A economia brasileira está mais aquecida. Os novos empregos são de melhor qualidade, com benefícios trabalhistas, o que proporciona a injeção de mais dinheiro na economia. Essa maior contratação [registrada em janeiro] é reflexo da roda da economia estar girando. E a previsão é de girar mais ainda”, observa Gala.

Gala também afirma que a redução da taxa de juros é outro ingrediente essencial para o bom desenvolvimento econômico. Na última quarta-feira, a estabilidade dos preços levou o Banco Central (BC) a cortar os juros pela sexta vez consecutiva. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

São fatores, diz Paulo Gala, que favorecem a população a consumir mais, comprar mais, viajar mais, se alimentar mais e melhor. “Com dinheiro no bolso e juros mais baixos, o brasileiro consegue fazer financiamentos para adquirir imóveis, veículos e todos os bens que necessita”, afirmou.

Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (APAS), concorda. “A redução da taxa Selic é um estímulo para a atividade macroeconômica.”

Ele também aponta que as ações do governo federal para diminuir a inadimplência também estimulam o consumo doméstico e elevam o nível de atividade econômica. “Está havendo um aumento real da renda da população. Em junho de 2023, 28,4% da renda total estavam comprometidos com o serviço da dívida. Com esse serviço para solucionar as dívidas, o Desenrola, quase 30% da renda das famílias deixaram de ir para o setor financeiro e passaram a ser destinados para o consumo”, explica Queiroz.

“O saldo do mês de janeiro com a abertura de 180 mil novos postos de trabalho no país indica que a economia está mais aquecida. Mais do que alguns especialistas projetavam. O desempenho do comércio e o consumo das famílias sustentam em alta.”

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