O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou nesta quarta-feira, 12 de junho, que o Estado adotou um novo modelo de desenvolvimento focado na preservação da floresta viva, abandonando práticas extrativistas. Durante o “Simpósio do 20º Aniversário da Estação de Pesquisa Tanguro – Ciências Políticas para o Futuro da Agricultura Sustentável”, realizado em Brasília, Helder destacou os esforços do Estado na conservação da floresta e enfatizou a importância de outras questões amazônicas, especialmente com a aproximação da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém.
Em seu discurso, o governador enfatizou que as soluções para a Amazônia devem ser baseadas na natureza e na bioeconomia, transformando-as em uma nova commodity para a região. “Nós temos uma caminhada e uma luta para a neutralização das emissões do planeta. É a grande chance que temos de fazer com que o Brasil seja líder na commodity ambiental global. Se o Brasil é líder da commodity de alimentos, de minérios, o Brasil pode ser líder da commodity verde. E aí nós temos que fazer todos os esforços para construir a ambiência institucional para isso e para que o país, que tem estoque florestal, estabilidade e previsibilidade, seja cada vez mais atraente para o mercado”, destacou.
Helder Barbalho ressaltou a mudança no modelo de desenvolvimento do Pará desde 2019. Antes, o Estado estava preso ao desenvolvimento extrativista ligado à agricultura, pecuária e mineração. “Desde que chegamos, incrementamos uma nova atividade que é a atividade floresta como uma grande vocação. E a partir deste contexto nós precisamos garantir que a floresta possa gerar riquezas que impulsionem as soluções sociais para o nosso estado”, afirmou.
O governador também destacou o desafio específico do Pará em relação às emissões de gases de efeito estufa, que são majoritariamente provenientes do uso do solo. “O uso do solo é o nosso desafio. O Pará tem uma peculiaridade em que, 95% de tudo o que emitimos de gases do efeito estufa vem do uso do solo. São realidades distintas. Se olharmos as emissões em São Paulo, é outro perfil de emissão. Se olharmos para outro território, certamente encontraremos outro diagnóstico”, explicou.
Helder defendeu o mercado de créditos de carbono como uma grande oportunidade para o Pará. “No Pará, estamos nos estruturando para fazer valer a monetização da redução das emissões, gerando crédito e comercializando esse crédito de carbono. Apostamos no Sistema Jurisdicional, contando com a parceria de povos e comunidades tradicionais, o que inclui ribeirinhos, extrativistas, indígenas, quilombolas e outras comunidades”, disse.
A Estação de Pesquisa Tanguro, um dos maiores laboratórios a céu aberto do mundo, celebra seus 20 anos. Localizada numa área de transição ecológica entre a Amazônia e o Cerrado, em Querência (MT), a estação realiza pesquisas sobre o impacto das atividades humanas no meio ambiente. Criada em 2004 através de uma parceria entre o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), a Estação de Pesquisa em Clima Woodwell Climate Research Center, e a Amaggi, a estação foca em estudos sobre mudanças climáticas, comportamento do fogo na vegetação nativa, impacto na fauna e intensificação do uso do solo para agricultura.
Ao longo de duas décadas, a produção da Estação de Pesquisa Tanguro resultou em cerca de 180 publicações científicas de alto impacto, elaboradas por uma equipe técnica composta por cinco técnicos de campo, dois cientistas residentes e mais de 40 pesquisadores. A estação também recebe estudantes, jornalistas e formuladores de políticas públicas, além de cientistas de sete países que vêm buscar a expertise local.
Helder Barbalho concluiu seu discurso destacando a importância de valorizar a floresta viva e explorar seu potencial econômico sem destruir o meio ambiente. “Estamos discutindo como garantir que a floresta viva possa valer mais do que a floresta morta. O nosso desafio é fazer com que áreas desmatadas sejam utilizadas de forma sustentável, intensificando a produção e implementando políticas de restauração”, completou.
As olheiras são uma das principais queixas de quem busca uma aparência mais descansada e…
Aquela parede antiga da sala ou do corredor pode até carregar memórias, mas também acumula…
Alisar o cabelo sem chapinha sempre pareceu um sonho distante, mas a indústria cosmética brasileira…
Queimar folhas de louro em casa pode parecer apenas um ritual antigo ou uma prática…
Como transformar a vida de agricultores e fortalecer uma cidade inteira? Em Curionópolis, a resposta…
Você sabia que a saúde dos rebanhos no Pará depende de um simples cadastro?…
This website uses cookies.