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Feira de Estética Negra celebra a cultura afroamazônica em Belém

Para valorizar a cultura afroamazônica e fortalecer a luta antirracista, a Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria Antirracista (Coant), promove a primeira Feira de Estética Negra, no Solar da Beira, até a próxima sexta-feira, 24. O evento conta com a participação de 20 empreendedores e empreendedoras que expõem e vendem produtos de moda africana, artesanato, cosméticos naturais, gastronomia e serviços de tranças.

A feira foi aberta nesta segunda-feira, 20, Dia da Consciência Negra, data que homenageia o líder quilombola Zumbi dos Palmares, morto em 1695. A iniciativa também presta tributo à estilista e produtora cultural Maristela Albuquerque, conhecida como Teteca, falecida em 2009, que foi uma das fundadoras do Centro de Estudo e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa).

Entre os expositores, está Fallon Adido, farmacêutica e empreendedora de moda africana, que é natural de Benim, na África Ocidental, e há seis anos reside na capital paraense. Ela destaca a importância do evento para a comunidade negra e africana. “Esse evento é de uma importância muito grande para comunidade negra e nós africanos, de alguma forma, nos sentimos valorizados. A consciência negra tem que ser todos os dias. Participar dessa feira é uma forma de valorizar a minha cultura africana”, disse.

A titular da Coordenadoria Antirracista, Elza Fátima Rodrigues, ressalta que a feira não é apenas um espaço de comercialização, mas também de visibilidade e valorização da cultura afroamazônica. “A gente quer tirar da invisibilidade essa população, ressaltar a importância e o valor da cultura afroamazônica. Comprar numa feira dessa é também fortalecer a luta antirracista”, afirmou.

A artista Lo Ojuara, que é responsável pelo grupo de dança Panã Panã, do bairro da Terra Firme, e pelo projeto “Danças de Mairís dos Povos” da Prefeitura de Belém, também participa da feira. Ela afirma que nada é fácil para o povo preto, em um país que nunca pagou sua dívida histórica com os povos indígenas e afrodescendentes, que construíram a nação, mas ainda são muito invisibilizados. “A gente ainda luta para sermos reconhecidos. Pra mim como mulher preta, periférica, mãe e afroreligiosa é super importante estar nesse evento”, contou.

A Feira de Estética Negra funciona das 9h às 19h, no Solar da Beira, e é aberta ao público. O evento tem apoio do Banco do Povo e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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