Uma aliança que cruza o Atlântico
No dia 26 de setembro de 2025, em Birmingham, no Reino Unido, a Fapespa e a University of Birmingham assinaram um acordo que pode ser um marco para a ciência na Amazônia. Chamado de Acordo de Cooperação Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) nº 001/2025, esse documento não é só um papel cheio de assinaturas – ele é o pontapé inicial para uma parceria estratégica que vai durar pelo menos 24 meses, com chance de ser esticada por mais tempo. O objetivo? Fazer a ciência e a tecnologia trabalharem juntas para enfrentar os problemas da Amazônia Paraense e fortalecer o que chamam de Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O que é o Engage Amazônia 2025?
O Engage Amazônia 2025 não é só um nome bonito. É uma iniciativa que mistura cientistas de dois continentes para resolver os desafios mais urgentes da Amazônia. Pense em uma equipe de super-heróis da pesquisa: de um lado, os brasileiros, que conhecem a floresta como a palma da mão; do outro, os britânicos, trazendo tecnologia de ponta e uma visão global. Juntos, eles vão trabalhar em projetos que abordam desde as mudanças climáticas até soluções baseadas na natureza – tipo usar o que a própria floresta oferece para protegê-la.
O programa é multidisciplinar, o que significa que não fica preso em uma só área. Biólogos, engenheiros, sociólogos e muitos outros especialistas vão colaborar para criar ideias que façam sentido tanto para o meio ambiente quanto para as pessoas que vivem na Amazônia. E o melhor? Essa parceria não é só um “oi, tchau”. Ela quer construir relações duradouras entre as instituições do Pará e da University of Birmingham, abrindo portas para mais colaborações no futuro.
Por que a Amazônia precisa disso?
Se você já ouviu falar da Amazônia, sabe que ela é um lugar especial. É casa de milhões de espécies de plantas e animais, muitas que não existem em nenhum outro canto do mundo. Mas ela também é complicada. Proteger essa riqueza enquanto as pessoas que vivem lá precisam de comida, trabalho e moradia é um baita desafio. E é aí que a ciência entra: para achar um equilíbrio entre usar os recursos da floresta e mantê-la viva para as próximas gerações.
Marcel Botelho, o diretor-presidente da Fapespa, resume bem essa ideia: “A Amazônia é uma região do planeta extremamente rica em biodiversidade, mas também extremamente complexa. Entender a Amazônia é fundamental para o seu desenvolvimento sustentável, e para isso precisamos de muita ciência, muita tecnologia e de parcerias para que, juntos, todos os países encontrem a melhor maneira de viver em equilíbrio por aqui, respeitando a natureza e trazendo qualidade de vida para a população.” Ele está certíssimo – sem colaboração, fica difícil dar conta de um lugar tão grande e importante.
Como essa parceria vai funcionar?
Agora que você já entendeu o “porquê”, vamos ao “como”. A parceria entre Fapespa e University of Birmingham tem alguns pilares bem definidos. O primeiro é o financiamento de projetos de pesquisa. Eles vão investir cerca de R$ 600 mil para bancar até quatro projetos conjuntos, escolhidos através de uma chamada chamada Connect Amazonia. Esses projetos vão ser feitos por times mistos de pesquisadores brasileiros e britânicos, cada um trazendo sua expertise para a mesa.
Mas não é só dinheiro que importa. A troca de conhecimento é outro ponto forte. Imagine um cientista do Pará mostrando para um colega de Birmingham como funciona o ecossistema amazônico, enquanto o britânico traz novas técnicas de análise ou tecnologias que ainda não chegaram por aqui. Esse intercâmbio de ideias pode gerar soluções que ninguém conseguiria sozinho.
E tem mais: a parceria também inclui eventos que vão conectar pessoas e celebrar a Amazônia. Já rolou o Celebrate Amazonia, um evento que marcou o lançamento do acordo e mostrou um pouco da cultura brasileira para o pessoal do Reino Unido. O Diretor Científico da Fapespa, Deyvison Medrado, esteve lá para contar mais sobre os planos e abrir a chamada para os projetos de pesquisa. Foi um momento de festa, mas também de trabalho sério.
Eventos que aproximam e inspiram
Além do Celebrate Amazonia, outros eventos estão na agenda. Um deles é o Building Bridges to Solve Amazonian Challenges, que vai ser tipo um “match” científico. Pesquisadores do Pará e da University of Birmingham vão poder se inscrever, compartilhar seus contatos e interesses, e quem sabe formar novas duplas de trabalho. É uma chance de criar pontes – literalmente – entre os dois lados do oceano.
E tem um evento que promete ser inesquecível: o Immerse Amazonia. Marcado para julho deste ano, ele vai acontecer na Estação de Pesquisa Ferreira Penna, em Caxiuanã, no Pará, numa parceria entre Fapespa, University of Birmingham e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Vai ser uma escola de verão binacional, onde estudantes e pesquisadores vão passar dias imersos na floresta, aprendendo sobre seus desafios e belezas. Imagine só: acordar com o som dos pássaros, caminhar entre árvores gigantes e discutir soluções para problemas globais com colegas do outro lado do mundo. É o tipo de experiência que muda a vida de qualquer um.
O que eles esperam conseguir?
Essa parceria não é só conversa – ela tem metas claras. Primeiro, querem que os projetos de pesquisa sejam top de linha, com resultados que realmente façam diferença. Segundo, esperam criar parcerias sólidas que durem anos, fortalecendo as instituições do Pará e abrindo novas oportunidades. E terceiro, querem que o conhecimento flua livremente entre Brasil e Reino Unido, enriquecendo a ciência dos dois lados.
Deyvison Medrado, o diretor científico da Fapespa, explica o impacto disso: “Essa parceria abre uma janela para aproximar pesquisadores do Pará e da Inglaterra. Estamos internacionalizando a ciência paraense, criando conexões que podem levar a novos projetos e financiamentos no futuro. É uma forma de fortalecer nossas instituições e ampliar o alcance da ciência feita na Amazônia.” Ele não está exagerando – essa colaboração pode colocar o Pará no mapa da ciência global.
A Amazônia no centro do palco
A Amazônia não é só um pedaço de terra no norte do Brasil. Ela é essencial para o clima do planeta, ajudando a regular o carbono e manter o equilíbrio ambiental. Mas, ao mesmo tempo, é uma região cheia de contrastes: tem comunidades que dependem dela para sobreviver, mas também sofre com exploração desenfreada. Por isso, iniciativas como o Engage Amazônia 2025 são tão importantes – elas trazem uma visão externa, mas valorizam o conhecimento local.
Para quem está de fora, como os pesquisadores britânicos, entender a Amazônia pode ser um choque. Não é só uma questão de estudar plantas e animais; é preciso levar em conta as pessoas, a cultura e os desafios sociais. E para os cientistas paraenses, essa parceria é uma chance de mostrar ao mundo o que eles já sabem há anos: que a Amazônia é complexa, mas cheia de potencial.
Por que parcerias internacionais fazem diferença?
Você já parou para pensar por que o Brasil não resolve tudo sozinho? A resposta é simples: a Amazônia é grande demais, e os problemas dela afetam o mundo todo. Trazer parceiros como a University of Birmingham não é só uma questão de recursos – é uma troca de perspectivas. Os britânicos podem oferecer tecnologias avançadas e métodos que ainda não usamos por aqui, enquanto os brasileiros trazem a vivência de quem convive com a floresta todos os dias.
Além disso, essa colaboração ajuda a dar visibilidade à ciência feita no Pará. Muitas vezes, os pesquisadores locais fazem um trabalho incrível, mas ele não chega ao radar internacional. Com essa parceria, eles ganham um megafone para mostrar suas ideias e, quem sabe, atrair mais apoio no futuro. É como abrir uma porta que estava só entreaberta.
Exemplos de impacto real
Quer saber como isso pode funcionar na prática? Vamos imaginar alguns exemplos. Um projeto financiado pelo Engage Amazônia 2025 poderia criar um sistema de monitoramento de desmatamento mais eficiente, usando satélites britânicos e o conhecimento local sobre os padrões da floresta. Ou quem sabe desenvolver um modelo de bioeconomia que transforme frutos amazônicos em produtos de alto valor, gerando renda para as comunidades sem derrubar uma árvore sequer. São ideias assim que essa parceria quer transformar em realidade.
E não é só teoria. Os eventos como o Immerse Amazonia vão colocar estudantes e pesquisadores no meio da floresta, vendo de perto os problemas e testando soluções. Isso é ciência viva, feita com os pés na terra (ou na lama, dependendo da chuva).
Como você pode se envolver nessa história?
Se você está lendo isso e pensando “nossa, quero fazer parte”, tenho boas notícias. Essa parceria não é só para cientistas de jaleco. Se você é estudante, pesquisador ou simplesmente alguém que ama a Amazônia, há formas de se conectar. A chamada Connect Amazonia, por exemplo, está aberta para propostas de projetos – dá uma olhada no site da University of Birmingham ou da Fapespa para saber mais.
Se você prefere algo mais prático, fique de olho nos eventos. O Immerse Amazonia, por exemplo, vai ter vagas para estudantes e pode ser a chance de viver a Amazônia de um jeito único. E mesmo que você não seja da área, pode ajudar compartilhando essa história com amigos ou acompanhando as novidades aqui no paramais.com.br. Quanto mais gente souber, maior o impacto.
Dicas para ficar por dentro
Quer se manter atualizado? Anota aí algumas dicas:
- Visite os sites oficiais da Fapespa e da University of Birmingham regularmente.
- Siga as redes sociais delas – eles sempre postam novidades sobre editais e eventos.
- Leia mais sobre sustentabilidade e ciência aqui no paramais.com.br para entender o contexto.
- Se você é pesquisador, prepare uma proposta para a Connect Amazonia – quem sabe seu projeto não é um dos escolhidos?
Um futuro mais verde está nas nossas mãos
A parceria entre Fapespa e University of Birmingham é mais do que um acordo entre duas instituições – é um grito de esperança para a Amazônia. Unindo ciência, tecnologia e paixão, ela mostra que é possível enfrentar os desafios da floresta com criatividade e colaboração. Dos projetos de pesquisa financiados ao Immerse Amazonia, cada passo dessa iniciativa é uma chance de construir um futuro onde a Amazônia continue sendo o coração verde do planeta, mas também um lugar onde as pessoas possam viver bem.
E aí, o que você acha disso tudo? Se preocupa com o futuro da Amazônia ou quer ver mais ciência acontecendo por aqui, não fica só na leitura. Compartilhe esse texto, comente o que achou e fique de olho nas próximas novidades no paramais.com.br. Quem sabe você não vira parte dessa mudança? A Amazônia agradece, e o planeta também!