Estado do Pará adere ao ‘Programa Interreg de Cooperação Amazônica’

O Estado do Pará oficializou sua adesão ao “Programa Interreg de Cooperação Amazônica (PCIA)”, uma iniciativa europeia voltada para o desenvolvimento sustentável da região amazônica. A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) será a representante do Pará nesse esforço de cooperação internacional. O programa é coordenado pela Coletividade Territorial da Guiana (CTG) e busca promover a colaboração entre os países do Escudo Amazônico: Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Brasil, com foco nos estados brasileiros que fazem fronteira com essas nações, como Amapá, Pará e Amazonas.

A adesão do Pará foi formalizada em uma cerimônia realizada na quarta-feira, 11 de setembro, na sede da CTG, com a presença de Marcel Botelho, presidente da Fapespa, e representantes de diversas entidades parceiras do PCIA, incluindo autoridades do Suriname, União Europeia, Guiana Francesa e a própria CTG.

Marcel Botelho ressaltou a importância estratégica do Pará para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e destacou os benefícios que essa parceria internacional trará para o estado. Ele apontou, entre outros aspectos, a atração de novos investimentos e a valorização de programas locais, como o PlanBio, que promove o uso sustentável da biodiversidade e os conhecimentos ancestrais. “A cooperação proporcionará um intercâmbio de experiências entre os países do Escudo das Guianas e fortalecerá nossas iniciativas”, afirmou.

A assinatura da carta de adesão representa o primeiro passo do Pará na cooperação com a Guiana Francesa, abrindo novas oportunidades de pesquisa para as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) públicas da região. A expectativa é que, com essa colaboração, os países e estados participantes trabalhem juntos para solucionar desafios comuns enfrentados na Amazônia.

O Programa Interreg tem como principais objetivos promover o desenvolvimento integrado da região amazônica de forma equilibrada e sustentável, incentivar a cooperação transfronteiriça entre os países envolvidos e estimular o intercâmbio de conhecimentos e experiências. Além disso, o programa visa a preservação ambiental, com ações focadas na conservação da biodiversidade e no combate às mudanças climáticas, ao mesmo tempo que busca melhorar a qualidade de vida das populações locais, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e social da região.