Arquiteto Jorge Pina representou o Departamento de Patrimônio Histórico da Semcult
A educação está sendo encarada como uma das ferramentas mais eficazes para manter o zelo pelo imenso patrimônio histórico de Belém. Os passos para consolidar essa nova bandeira estão sendo firmados com parceria entre a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/Pará) e Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/Pará), além de historiadores, professores e estudantes, que se reuniram na noite desta quarta-feira, 14, durante o Workshop do Patrimônio Histórico, realizado no auditório do Palácio Antônio Lemos, sede do governo da capital paraense.
Segundo Aiuá Reis, superintendente da Semcult, o evento marcou o início de um calendário qualificado com ênfase na formação básica de profissionais da arquitetura que atuam em projetos de restauração no ambiente do patrimônio público de Belém. Ele adiantou que novas medidas administrativas estão sendo tomadas pela Secretaria no sentido de fortalecer, divulgar e fomentar o patrimônio, a partir do uso da informatização e fluxogramas nos processos de solicitação de autorização de licença das obras.
A realização de oficinas e projetos técnicos também estão contidos no planejamento da Semcult para o setor do patrimônio público. Com a realização da Conferência Climática Internacional, em Belém, (COP-30), no mês de novembro, o assunto patrimônio público torna-se mais relevante, pois Belém possui um dos maiores acervos heterogêneos do patrimônio histórico a céu aberto do Brasil, o que naturalmente ganha notoriedade e interesse do público em visitar e conhecer.
“Esse encontro de hoje é o primeiro de uma sequência que iremos promover, visando atender os profissionais da área da arquitetura em ação conjunta com o Conselho e com o Iphan. A Semcult está se empenhando em buscar recursos e garantir orçamento para incrementar a gestão da fiscalização, políticas de incentivos e averiguar a questão dos imóveis irregulares”, disse o superintendente, que representou a secretária Cilene Sabino no evento. “A Secretaria também permanece de portas abertas para dialogar, sempre buscando o melhor para nossa cidade”, completou.
A superintendente do Iphan/Pará, Cristina Vasconcelos, destacou o Workshop como muito propício e somatória de forças, considerando os efeitos da COP-30, quando muitos conjuntos arquitetônicos como Ver-o-Peso, Alameda dos Mercedários e parques lineares da Tamandaré a da Doca estão passando por obras de requalificação. “Iniciativa maravilhosa da Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria, porque se faz necessário esse debate não só na arquitetura, mas também da arqueologia, já que foi descoberta uma embarcação de trinta metros na escavação do parque linear da Doca, então, tudo isso é muito importante”, disse ela, que foi uma das palestrantes do evento.
Para quem ainda está na universidade, em formação na área da arquitetura, o workshop foi uma maneira de elevar o conhecimento sobre a riqueza do patrimônio histórico de Belém. As estudantes Eveline Castro e Maria Arlene disseram que a COP-30 trouxe um novo olhar sobre o conjunto, que sofre com as intempéries do tempo. “Também é hora de falar sobre como as mudanças climáticas atingem esse patrimônio e como a COP-30 tá ajudando com esse novo debate e novo aquecimento”, disseram, apontando ainda a linha do tempo do patrimônio, da década de 1960 como peculiar. “A arquitetura ‘raio que o parta’, após a Belle Époque, é muito interessante também”, completaram.
A capital paraense tem uma área superior a milhão de metros quadrados, um verdadeiro museu a céu aberto de palácios, palacetes, igrejas, casarios, teatros e praças numa salada mista de estilos como colonial, barroco, neoclássico, eclético, proto-moderno (anos 20), seguindo até nossos dias. O arquiteto do Departamento do Patrimônio Histórico da Semcult, Jorge Pina, explica que essa mistura de estilos torna Belém uma cidade diferente dos outros centros históricos do Brasil como Diamantina (MG), Ouro Preto (MG) e São Luís (MA) que possuem apenas o estilo colonial em suas obras. “A nossa riqueza cultural é incrível, por isso, precisamos avançar com a política da educação patrimonial nas escolas, nas comunidades para que essa memória não se perca”, disse ele.
Para se ter uma ideia da grandeza do patrimônio histórico de Belém, o polígono onde a maioria está situada abrange os bairros da Cidade Velha e Campina, onde estão 25 praças e muitos monumentos. Vale destacar que estão em fase de restauração: Ver-o-Peso, Alameda dos Mercedários, incluindo a igreja das Mercês, Mercado de São Brás, Ladeira do Castelo e parte da feira do açaí. “Por isso, é muito importante que os profissionais das áreas de restauração e reformas precisam estar qualificados para poder atuar no ambiente do centro histórico de Belém e a prefeitura de Belém está pronta para colaborar”, disse Jorge Pina.
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