Belém debate a importância dos movimentos sociais regionais nos Diálogos da Amazônia


A maior floresta tropical do mundo e o povo que nela habita foram o foco principal dos debates no segundo dia dos Diálogos Amazônicos, que ocorre neste sábado, 5, em diversos pontos de Belém.

Organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais Sede Brasil (Flacso), o debate intitulado:  “Amazônia Sustentável: contribuições das Ciências Sociais, do Multilateralismo e da Sociedade Civil”, ressaltou a importância de levar em consideração as demandas da sociedade civil para os governos.

Emmanuel Zagury Tourinho, reitor da Universidade Federal do Pará.

O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, participou da mesa de debates, juntamente com o vice-presidente da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Alcebías Constantino, e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

Demandas da sociedade amazônida

“Quem não tem o poder da caneta precisa ser ouvido”, afirmou o prefeito Edmilson Rodrigues, enfatizando a importância de se ouvir os movimentos sociais para solucionar os problemas da Amazônia.

Albidias Constantino, vice-presidente das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB .

“Fala-se muito em Amazônia como biodiversidade, mas esquecemos a sociodiversidade e isso não pode acontecer, porque quando isso acontece compromete a dignidade dessas pessoas”, complementou o prefeito de Belém.

O reitor da UFPA destacou o papel dos pesquisadores na busca de soluções para a Amazônia. De acordo com Emanuel Tourinho, a comunidade acadêmica também deve e merece ser ouvida pelos poderes públicos.

“É super importante se ouvir a base, os ribeirinhos, os quilombolas, os indígenas. Quando se fala em desenvolver políticas públicas para os nossos territórios é fundamental estarmos inseridos em todos os processos”, destacou o vice-presidente da Coiab, Alcebias Constantino.

Sociobioeconomia – O prefeito Edmilson Rodrigues também participou de uma reunião com o governador do Pará, Helder Barbalho, e com o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexnBrasil), Jorge Viana, sobre como a sociobioeconomia pode desenvolver a Amazônia preservando a floresta.