Assembleia dos Povos Indígenas reforça a preservação da Amazônia e dos povos originários


Cerca de 800 indígenas, de mais de 200 etnias da Amazônia brasileira e internacional, participam em Belém dos Diálogos Amazônicos e da Assembleia da Terra dos Povos Indígenas, promovidos desde o dia 4 de agosto até essa terça-feira, 8 de agosto. Na noite dessa segunda, 7, a Assembleia dos Povos da Terra pela Amazônia encerrou a programação na Aldeia Cabana David Miguel, com a leitura da carta a ser apresentada aos oito presidentes da Pan-Amazônia, durante a Cúpula da Amazônia, que acontece amanhã e quarta-feira, 8 e 9 de agosto, também em Belém, com a presença do presidente Lula.

A carta foi produzida durante a Assembleia. O documento tem mais de 15 pontos e consiste em fazer apelos pelo futuro da Amazônia e pela desaceleração dos impactos das mudanças climáticas.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, participou da última assembleia e destacou vários pontos sobre as políticas públicas voltadas aos povos indígenas. O gestor municipal também lembrou que os povos originários ainda sofrem violência e são retirados de seus territórios, mas que precisam ser protegidos.

Ações aos indígenas

“Criar o Ministério dos Povos Indígenas e colocar uma indígena [Sônia Guajajara] é de grande importância. Outra decisão emblemática foi colocar um indígena na presidência da Funai. Os povos indígenas têm que ter esse protagonismo, como estão tendo agora nessa Assembleia”, comentou Edmilson Rodrigues.

Belém também tem ações efetivas envolvendo os indígenas, como a nomeação do secretário municipal dos Direitos Humanos, Maike Kumaruara, a criação da Coodenadoria Antirracista, com políticas gerais de apoio às minorias, e também a Coordendoria de apoio aos migrantes e imigrandes. Destaca-se, ainda, a acolhida e a assistência (como qualificação profissional) dadas aos indígenas Warao, venezuelanos que buscaram abrigo em Belém.

O secretário executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena, destacou o histórico movimento e oportunidade de levar aos presidentes os apelos dos povos originários.