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6 benefícios do chá de cravo-de-defunto: de tosse à angina

Pouca gente imagina que uma flor com cheiro forte e cor vibrante possa guardar uma farmácia natural dentro de suas pétalas. O chá de cravo-de-defunto, feito com as flores do Tagetes erecta, vai muito além do uso ornamental nas hortas: ele reúne propriedades medicinais ancestrais que atravessaram gerações. Com sabor marcante e um fundo levemente cítrico, essa infusão tem sido cada vez mais estudada por seus efeitos no sistema respiratório, digestivo e até no controle de dores do peito.

Os principais benefícios do chá de cravo-de-defunto

O chá de cravo-de-defunto é preparado com as flores secas da planta, que contém compostos bioativos como flavonoides, carotenoides e óleos essenciais com ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. A seguir, você vai descobrir como esse chá pode ajudar em diferentes aspectos da saúde.

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  1. Alívio natural da tosse persistente: Um dos usos mais tradicionais do chá de cravo-de-defunto está no combate à tosse. Seja aquela tosse seca que incomoda à noite ou a tosse produtiva de gripes e resfriados, a bebida ajuda a suavizar a garganta e reduzir o reflexo da tosse. Seu efeito calmante nas vias aéreas se deve aos compostos voláteis que agem como expectorantes leves.
  2. Redução de sintomas da bronquite: Em comunidades rurais do Brasil e da América Central, o chá é usado como coadjuvante no tratamento da bronquite. Suas propriedades anti-inflamatórias ajudam a aliviar a inflamação dos brônquios, facilitando a respiração e reduzindo a sensação de peito pesado. O uso não substitui o acompanhamento médico, mas pode ser um apoio importante.
  3. Auxílio no tratamento de angina leve: Alguns relatos populares e estudos preliminares sugerem que o chá pode ter ação vasodilatadora leve, contribuindo para a melhora da circulação sanguínea. Em pessoas com angina leve, isso poderia ajudar a reduzir as dores no peito associadas à má irrigação do coração. É importante reforçar que isso não substitui medicamentos, mas mostra o potencial da planta como aliada.
  4. Efeito digestivo e antiespasmódico: O chá de cravo-de-defunto também tem seu valor na digestão. Ele atua como um antiespasmódico natural, combatendo cólicas, gases e desconfortos abdominais leves. Tomar uma xícara morna após refeições pesadas pode melhorar a sensação de estufamento e prevenir dores intestinais, especialmente em quem sofre com digestão lenta.
  5. Combate a parasitas intestinais: No uso popular, especialmente entre povos indígenas e comunidades tradicionais, o cravo-de-defunto é conhecido por seu poder contra vermes e outros parasitas intestinais. Embora faltem estudos amplos com humanos, testes laboratoriais apontam atividade antiparasitária dos extratos da planta, sugerindo que o chá pode ser útil como preventivo ou complemento em tratamentos fitoterápicos.
  6. Ação calmante e equilibradora do humor: Os efeitos sedativos leves do chá o tornam uma boa escolha para momentos de estresse, ansiedade ou dificuldade para dormir. Uma xícara no final do dia ajuda a relaxar sem causar sonolência excessiva. Isso se deve, em parte, ao seu aroma e à presença de substâncias com atividade ansiolítica leve, semelhantes às da camomila.

Como preparar o chá de cravo-de-defunto da forma correta

A preparação é simples, mas exige cuidado com a dose. Ferva uma colher de sopa de flores secas em 250 ml de água por 5 minutos. Coe, espere amornar e beba até duas vezes ao dia. Evite adoçar, para não comprometer os efeitos terapêuticos. O uso prolongado ou em grandes quantidades pode causar irritação gástrica, então sempre vale consultar um profissional de saúde, principalmente em casos de doenças crônicas ou uso de medicamentos contínuos.

Quem deve evitar o chá de cravo-de-defunto?

Grávidas, lactantes e pessoas com alergia a plantas da família das Asteráceas devem evitar o consumo. Além disso, quem faz uso de anticoagulantes ou medicamentos para pressão deve conversar com seu médico antes de incluir o chá na rotina. Como todo fitoterápico, o cravo-de-defunto deve ser usado com sabedoria e responsabilidade.

Uma tradição que merece ser resgatada

Incorporar o chá de cravo-de-defunto à rotina é, acima de tudo, uma forma de resgatar saberes populares e se reconectar com a natureza. Mais do que tratar sintomas, ele convida à escuta do próprio corpo e à busca por alternativas naturais. Em tempos de excesso de medicamentos e soluções imediatas, talvez seja justamente essa simplicidade que o torna tão valioso.

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Fabiano Souza

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