Bambu-da-sorte
Você já reparou que seu bambu da sorte perdeu o brilho ou começou a amarelar mesmo estando na água? Pode parecer um detalhe pequeno, mas o tipo de água usado no cultivo faz toda a diferença. A água da torneira, por exemplo, costuma conter cloro — um agente que pode comprometer a saúde dessa planta resistente, mas sensível a alguns elementos químicos. E o pior: os sinais só aparecem quando o dano já se acumulou por dias ou semanas.
Apesar de ser conhecido por sua resistência, o bambu da sorte (Dracaena sanderiana) sofre quando exposto continuamente ao cloro presente na água tratada. Esse composto, usado para tornar a água potável, é tóxico para as raízes da planta em longo prazo. O resultado? Folhas com pontas queimadas, hastes amareladas e até o apodrecimento da base.
A absorção constante de cloro interfere no transporte de nutrientes essenciais, comprometendo o metabolismo da planta. Além disso, ele ataca diretamente os microrganismos benéficos que ajudam na absorção da água, causando um desequilíbrio interno.
O primeiro sinal visível de que o bambu está sofrendo com a água clorada é o surgimento de pontas queimadas nas folhas. Elas ficam marrons, secas e, muitas vezes, dobradas. Com o tempo, as folhas perdem sua estrutura firme e começam a murchar. Esse é o grito de socorro da planta — e ele pode ser ignorado por quem acha que a culpa está na falta de luz ou no excesso de água.
Outro sintoma preocupante é o amarelamento das hastes. Quando o bambu da sorte começa a perder sua cor vibrante e passa a apresentar tons pálidos ou amarelados, é sinal de que suas células estão sofrendo dano oxidativo. Isso ocorre porque o cloro destrói lentamente os tecidos vegetais responsáveis pela fotossíntese.
Em alguns casos, o bambu pode continuar vivo, mas enfraquecido. Cresce pouco, perde folhas com facilidade e para de desenvolver novas brotações.
Se a rega com água clorada persistir, o bambu da sorte pode apresentar o problema mais sério de todos: o apodrecimento da base. Esse processo começa devagar, com manchas escuras ou escorregadias no ponto de contato com a água, e evolui para o descolamento das camadas da haste.
Essa deterioração favorece a entrada de fungos e bactérias oportunistas, e se não houver intervenção rápida, a planta morre.
Para manter o bambu da sorte saudável, o ideal é usar água filtrada, mineral ou da chuva. Se nenhuma dessas estiver disponível, uma solução simples é deixar a água da torneira repousar em um recipiente aberto por 24 horas antes de usar. Isso permite que o cloro evapore naturalmente, tornando-a segura para a planta.
Outra dica prática: se for usar água fervida (já fria), ela também estará livre de cloro. E atenção — nunca use água com gelo ou água quente direto da torneira, pois variações extremas de temperatura também afetam a planta.
Sim. Mesmo quando a água usada está livre de cloro, o ideal é trocá-la a cada 5 a 7 dias. Isso evita o acúmulo de substâncias tóxicas, proliferação de algas e o aparecimento de larvas de mosquito. Aproveite para limpar o recipiente com uma esponja macia e verificar se há sinais de deterioração na base da planta.
Se a planta estiver no vaso com pedras decorativas, retire-as, lave bem e deixe-as secar ao sol antes de recolocá-las. Isso previne a formação de biofilme, um tipo de lodo que também pode comprometer a saúde do bambu.
Se seu bambu da sorte já apresenta sinais de que sofreu com o cloro, ainda há o que fazer. Corte as folhas e hastes mais comprometidas com uma tesoura esterilizada e mergulhe a parte saudável da planta em água limpa e livre de cloro. Troque a água com frequência e mantenha o recipiente em local iluminado, mas longe da luz solar direta.
Nos casos em que o dano na base é irreversível, talvez seja necessário descartar a haste principal e tentar replantar uma muda lateral ainda saudável. Essa técnica de rebrota pode salvar a planta, desde que feita com cuidado e em água adequada.
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