Se você tem um canteiro com gérberas e já se encantou com suas cores vibrantes e pétalas delicadas, é bem provável que queira multiplicar essa beleza pelo jardim. E a boa notícia é que fazer mudas de gerbera em casa é mais fácil do que parece. Com alguns cuidados simples, você pode propagar novas plantas saudáveis, seja para presentear alguém especial ou simplesmente expandir sua coleção com novas cores e formatos.
A forma mais confiável de fazer mudas de gerbera é por divisão de touceira. Esse método garante que a nova planta mantenha as características da planta-mãe, o que é essencial se você tem uma variedade específica que deseja replicar. O processo pode ser feito em qualquer época do ano, mas o ideal é esperar o final da floração, quando a planta entra em uma fase mais tranquila de crescimento.
O primeiro passo é preparar o solo onde as mudas de gerbera serão plantadas. A gérbera gosta de um solo leve, bem drenado e rico em matéria orgânica. Uma mistura com terra vegetal, areia e húmus de minhoca costuma ser uma excelente base. Se for plantar em vasos, verifique se há furos para drenagem, pois o acúmulo de água pode apodrecer as raízes rapidamente.
Nem toda gérbera está pronta para virar muda. Dê preferência às plantas bem formadas, com várias rosetas e folhas fortes. Evite as que estejam com sinais de doenças, amareladas ou com murchamento. Use uma faca ou tesoura esterilizada para fazer o corte, separando as rosetas com um pedaço de raiz em cada nova muda. Isso garante que elas tenham estrutura suficiente para se desenvolver sozinhas.
Ao dividir a touceira, tenha cuidado para não danificar as raízes. Cada muda deve ter, no mínimo, uma roseta bem desenvolvida e raízes intactas. Lave a terra das raízes com cuidado, apenas para visualizar onde cada divisão pode ser feita com mais segurança. Isso reduz o risco de ferimentos e infecções na planta.
Assim que separar as mudas de gerbera, plante imediatamente. O ideal é colocá-las em vasos pequenos ou bandejas de germinação, onde poderão criar raízes mais fortes antes do replantio definitivo. Enterre apenas até a base da roseta, deixando a “coroa” da planta (onde nascem as folhas) fora da terra para evitar apodrecimento.
As novas mudas precisam de umidade constante nos primeiros dias, mas sem encharcar. Borrife água pela manhã e à tarde se o tempo estiver muito seco, e mantenha os vasos em local iluminado, mas sem sol direto. O excesso de água é o maior inimigo nesse estágio: causa fungos, apodrece raízes e atrasa o desenvolvimento.
Depois de 2 a 3 semanas, as mudas bem adaptadas começarão a emitir novas folhas — esse é o sinal de que enraizaram. A partir daí, você pode começar a adaptá-las ao sol progressivamente. Vá deixando os vasos alguns minutos ao sol por dia, aumentando o tempo aos poucos até que estejam prontas para o plantio definitivo no canteiro ou em vasos maiores.
Quando a muda de gerbera já estiver com folhas novas e o vaso parecer “cheio” de raízes, chegou a hora do replantio. Transfira para um recipiente maior com substrato semelhante ao inicial. A adubação pode ser feita a cada 30 dias com húmus de minhoca ou um fertilizante equilibrado (NPK 10-10-10), sempre após a rega, para evitar queimar as raízes.
A gérbera aprecia sol da manhã e locais bem ventilados. Em ambientes internos, deixe próxima a janelas, e evite deixá-la em locais abafados. Também vale a pena limpar folhas secas com frequência e observar sinais de pragas, como pulgões ou cochonilhas. Uma mistura de água com sabão neutro pode ser suficiente para controlar infestações leves.
Com o tempo, você perceberá que cada planta tem seu ritmo, e criar novas mudas de gerbera se tornará uma prática quase terapêutica. Além de embelezar o espaço, cuidar dessas flores tão expressivas conecta você ao ciclo natural da vida: plantar, cultivar e florescer.
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