Todos nós, em algum momento, já seguramos aquele incômodo gás, seja por estarmos em um ambiente inadequado ou em uma situação embaraçosa. Mas o que exatamente acontece com o corpo quando optamos por reter a flatulência?
Embora a necessidade de liberar gases seja natural, muitas vezes ela surge nos momentos mais inoportunos. Para se ter uma ideia, uma pessoa média libera entre 0,5 e 1,5 litros de gases diariamente, e embora a maioria desses gases seja inodora, dificilmente é socialmente aceitável arriscar e soltá-los em público. Assim, apertamos as bochechas e seguramos. Mas será que reter o gás pode causar algum mal ao corpo?
De acordo com a Dra. Ellen Stein, gastroenterologista e especialista da American Gastroenterological Association, segurar um pum pode causar desconforto, inchaço e até náusea, pois o gás é um subproduto natural da digestão. “Nosso corpo tem um sistema para lidar com o acúmulo de gases, mas eventualmente, eles precisam sair”, explica Stein.
O processo de digestão e o acúmulo de gases
Desde o momento em que damos a primeira mordida em um alimento, o corpo inicia o complexo processo de digestão. Os dentes trituram os alimentos enquanto a saliva age quimicamente, quebrando os componentes. Conforme o alimento avança pelo sistema digestivo, ele é processado no estômago, intestino delgado e, finalmente, no intestino grosso. Nesse estágio, os microrganismos no intestino ajudam a decompor o alimento em elementos básicos que são absorvidos pela corrente sanguínea e utilizados como energia pelo corpo.
No entanto, nem tudo pode ser aproveitado. Certos alimentos, como aqueles que contêm lactose, podem ser problemáticos para pessoas que não produzem a enzima lactase suficiente. Nesses casos, a lactose fermenta no sistema digestivo, gerando sintomas como inchaço e um aumento na produção de gases. Mas mesmo em pessoas com digestão normal, o gás é um subproduto inevitável do processo digestivo. Microrganismos no intestino produzem gases como hidrogênio e metano durante a quebra de carboidratos no intestino grosso, enquanto o sulfeto de hidrogênio — conhecido por causar o cheiro característico de ovos podres — é gerado pela decomposição de proteínas.
O que acontece ao segurar o pum
O corpo se encarrega de expelir o gás acumulado através da flatulência. Quando os gases chegam ao esfíncter anal, o “centro de controle” que regula a saída, temos a capacidade de decidir se é o momento certo para liberá-los. Se decidirmos segurar, o esfíncter contrai, e o gás fica preso temporariamente no cólon.
No entanto, o corpo não desiste facilmente. Mesmo quando optamos por não liberar o gás, ele acaba sendo expelido em outro momento, seja durante uma ida ao banheiro ou, frequentemente, enquanto o corpo relaxa durante o sono.
Os riscos de reter gases com frequência
Embora segurar um pum ocasionalmente não traga grandes problemas, a prática constante pode ser prejudicial. De acordo com Stein, reter gases de maneira crônica pode causar estresse nos intestinos, levando à formação de pequenas bolsas chamadas divertículos no cólon. Caso essas bolsas fiquem inflamadas ou infectadas, podem surgir complicações mais sérias, como a diverticulite.
Em resumo, embora segurar um pum em uma situação desconfortável possa parecer a única saída, é importante lembrar que, mais cedo ou mais tarde, o gás precisa ser liberado. E em nome da saúde intestinal, talvez seja melhor encontrar um momento mais apropriado para isso!
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