No dia 2 de outubro, o Governo Federal apresentou o projeto piloto Cozinha Solidária Sustentável, uma iniciativa voltada para a instalação de biodigestores e painéis solares em sete cozinhas comunitárias distribuídas pelo Brasil. As cidades contempladas são Foz do Iguaçu (PR), Brasília (DF), Ananindeua (PA), São Leopoldo (RS), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE) e Boa Vista (RR). O objetivo é garantir que o processo de preparação das refeições seja realizado de maneira mais sustentável e eficiente.
O projeto surgiu de uma parceria entre diversos ministérios e a sociedade civil, no âmbito do Programa Cozinha Solidária. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Secretaria-Geral da Presidência da República são os principais articuladores, contando ainda com o apoio da Itaipu Binacional, Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) e Cáritas, esta última como gestora do programa.
O ministro Wellington Dias destacou a importância da iniciativa, lembrando que, para muitos, o preparo de alimentos ainda depende de fontes tradicionais como gás e lenha. “Estamos dando um passo em direção à sustentabilidade, usando resíduos orgânicos para produzir biogás e aproveitando a energia solar, o que reduz custos, garante alimentação de qualidade e preserva o meio ambiente”, afirmou.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ressaltou que a iniciativa é uma forma de combater a pobreza energética. “Estamos promovendo uma transição energética justa e inclusiva, que atinge diretamente os mais afetados pela falta de acesso a fontes limpas de energia”, disse ele.
Funcionamento do Projeto
Os biodigestores instalados nas cozinhas solidárias transformarão resíduos orgânicos em biogás, que será usado no cozimento dos alimentos, e em fertilizantes para hortas comunitárias. A ideia é que todo resíduo que não possa ser aproveitado para o consumo humano seja convertido em biogás e adubo natural, reduzindo o custo das refeições destinadas a populações em situação de vulnerabilidade.
Além disso, a instalação de painéis solares permitirá o uso de energia limpa em fornos e fritadeiras elétricas, proporcionando uma forma mais saudável e eficiente de preparo dos alimentos. O sistema é simples, mas com um impacto significativo tanto no aspecto social quanto no econômico e ambiental, já que reduz custos e amplia o acesso a refeições adequadas e sustentáveis.
Cozinha Solidária da Fraternidade “O Caminho”
A Cozinha Solidária da Fraternidade “O Caminho”, localizada em Foz do Iguaçu (PR), é uma das sete unidades que receberão os novos equipamentos. Todos os dias, essa cozinha prepara cerca de 120 refeições para pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social. Com a chegada do biodigestor, do painel solar e de equipamentos como forno e fritadeira elétricos, a rotina de trabalho será facilitada, conforme explica uma das voluntárias: “Agora, com o novo forno, conseguimos preparar o prato principal em menos de uma hora”, comentou.
Para a irmã Mirela, responsável pelo local, a economia gerada com a produção própria de biogás e energia elétrica trará outros benefícios. “Com a redução do consumo de gás, poderemos reinvestir em melhorias no atendimento e na qualidade dos alimentos”, explicou.
Combate à Pobreza Energética
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), mais de 2,3 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a fontes de energia limpa. Este dado, que representa cerca de 28,7% da população global, impulsionou o governo brasileiro a adotar medidas para enfrentar a pobreza energética. O projeto-piloto, que contará com a doação de sete biodigestores pela Abiogás, é parte dessa estratégia.
O Programa Cozinha Solidária
As cozinhas solidárias são uma resposta da sociedade civil ao aumento da fome e da insegurança alimentar no Brasil. Elas oferecem refeições gratuitas e de qualidade a pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2023, o Governo Federal oficializou o Programa Cozinha Solidária, visando apoiar essas iniciativas em todo o país.
Cozinha Solidária Sustentável e a Política de Cozimento Limpo
O projeto Cozinha Solidária Sustentável se insere no debate sobre a Política Nacional para Promoção do Cozimento Limpo, que busca garantir o acesso universal a tecnologias limpas para o preparo de alimentos. Através da instalação de biodigestores, será possível reduzir o desperdício de alimentos e economizar recursos, promovendo, assim, um modelo de cozinha mais sustentável e eficiente.
Segundo Wellington Dias, o direito à alimentação precisa estar atrelado ao acesso à energia limpa: “É essencial garantir que todos tenham não apenas o que comer, mas também meios sustentáveis para preparar seus alimentos”, concluiu.
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