Jiovana Lunelli, descendente de pioneiros na produção de cacau na região da Transamazônica, no oeste do Pará, e produtora em Brasil Novo, apresentou na última sexta-feira (14) uma palestra sobre a relevância do cultivo de cacau em sistemas agroflorestais. Durante o evento, ela compartilhou sua experiência e destacou a importância da produção de cacau orgânico.
“Quando você planta uma semente e a transforma em cacau e chocolate, a satisfação é imensa. Conhecemos apenas 10% do potencial do cacau. O chocolate oferece uma infinidade de receitas incríveis”, afirmou Jiovana. Ela também ressaltou que a criação de pequenas fábricas pode gerar emprego e renda, além de valorizar comunidades tradicionais, como ribeirinhos e indígenas.
O Festival do Chocolate é fundamental para valorizar a produção e o trabalho dos agricultores familiares, que constituem a maioria na cadeia produtiva, observou Jiovana. Ela também enfatizou os benefícios proporcionados pelo Fundo de Apoio à Cacauicultura do Pará (Funcacau). “O Fundo é vital. Ele reinveste os impostos do cacau no próprio produtor. Este evento é uma oportunidade importante de interação. Agradecemos ao governo por destacar o trabalho dos nossos produtores”, disse Jiovana.
No Fórum realizado durante o evento Chocolat Xingu, Geraldo Sousa Costa, pesquisador da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), destacou que mais de 90% dos produtores de cacau ainda utilizam apenas 8% do fruto. Filho de um produtor de cacau, ele orientou os agricultores sobre o aproveitamento completo dos subprodutos do cacau.
Costa lembrou que a Amazônia é o berço do cacau e que o Pará é atualmente o maior produtor nacional. “O cacau é uma cultura geradora de renda. Este é um evento cultural produzido pelo cacau, que se encaixa perfeitamente na agricultura familiar. Mais de 90% dos produtores são agricultores familiares”, ressaltou.
O pesquisador aconselhou que o cacau colhido seja aberto no mesmo dia para garantir a qualidade dos produtos. Ele destacou o potencial da casca do cacau, que pode ser transformada em farinha, farelo, composto orgânico, sabão, doce, nibs, papel, álcool e silagem. Além disso, mencionou o mel do cacau, que pode ser utilizado para produzir geleia, aguardente, vinagre, suco, xarope, sorvete, licor e molho de pimenta. “A folha do cacau, vendida a 80 centavos a branca e 90 a mais escura, pode ser usada para artesanato e embalagem. O cacau não tem limites”, afirmou.
Durante o Fórum, Marivaldo Palheta, engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), discutiu a arrecadação da cadeia de valor do cacau. Outros temas abordados incluíram a rota turística do cacau da Transamazônica, a identificação de pragas do cacaueiro com uso de inteligência artificial e o papel da cacauicultura na COP 30, que ocorrerá em Belém em 2025.
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