A dormideira, também conhecida como Mimosa pudica, é uma daquelas plantas que encantam à primeira vista: suas folhas se retraem ao menor toque, como se tivessem personalidade própria. Mas apesar do fascínio, cultivá-la não é sempre simples. Muitos se surpreendem ao perceber que ela exige mais do que um solo qualquer e regas aleatórias. A verdade é que, embora resistente, a dormideira apresenta alguns desafios bem específicos que podem comprometer seu crescimento, aparência e até sua sensibilidade característica.
A dormideira é uma planta tropical, originária da América do Sul, e gosta de calor, umidade moderada e bastante luz solar. Ela costuma ser cultivada em vasos, canteiros e até como planta ornamental para interiores bem iluminados. Seus movimentos, que lembram uma reação tímida ao toque, são chamados de “tigmotropismo”, e resultam da movimentação da água dentro das células da planta — um mecanismo que depende de saúde plena para funcionar bem.
Mas o que parece simples à primeira vista pode esconder armadilhas. Se você está tentando cultivar uma dormideira e sente que ela não está tão ativa ou bonita quanto deveria, é possível que um destes três problemas esteja atrapalhando seu desenvolvimento.
Um erro muito comum é deixar a dormideira em locais de sombra ou com luz indireta o tempo todo. Como planta nativa de regiões tropicais, ela precisa de pelo menos quatro a seis horas de luz solar direta por dia para manter seu vigor. Quando cultivada em locais escuros, a planta pode apresentar crescimento lento, folhas pálidas e uma sensibilidade reduzida ao toque — justamente o que mais encanta.
Como corrigir: posicione o vaso próximo a janelas bem iluminadas, varandas ou áreas externas com incidência solar. Se morar em apartamento e não tiver opção de sol direto, experimente mover a planta diariamente para locais mais ensolarados, especialmente pela manhã. Em casos extremos, o uso de lâmpadas de cultivo pode compensar a ausência de luz natural.
Por ser delicada, muita gente acredita que a dormideira precisa de regas frequentes. Mas o excesso de água é um dos maiores vilões dessa espécie. Suas raízes são sensíveis e não toleram solos encharcados, o que pode levar rapidamente ao apodrecimento e à morte da planta. Os sinais incluem folhas murchas, escurecidas e que não voltam ao normal mesmo após o toque.
Como corrigir: mantenha o solo levemente úmido, regando somente quando os primeiros centímetros da terra estiverem secos. Use vasos com boa drenagem e, se possível, adicione perlita ou areia grossa ao substrato para garantir mais aeração. Evite pratos sob o vaso com acúmulo de água.
Se sua dormideira parou de “fechar” as folhas ao toque ou se as bordas estão secas, a causa pode estar no ar ao seu redor. Em ambientes com ar-condicionado ou durante épocas de clima seco, a planta perde água pelas folhas mais rapidamente do que consegue repor pelas raízes, afetando diretamente seu comportamento característico.
Como corrigir: aumente a umidade do ambiente colocando um recipiente com água próximo ao vaso ou borrifando levemente as folhas com água filtrada pela manhã. Outra solução eficiente é usar um umidificador nos dias mais secos ou agrupar a dormideira com outras plantas, criando um microclima úmido ao redor.
Além de corrigir esses problemas comuns, vale a pena prestar atenção em outros detalhes. A dormideira aprecia substrato leve, rico em matéria orgânica e bem drenado. A adubação pode ser feita uma vez por mês com fertilizante líquido equilibrado, especialmente durante a primavera e o verão, que são os períodos de crescimento mais ativo.
É importante também lembrar que a dormideira tem um ciclo de vida relativamente curto, podendo durar apenas alguns meses em certas condições. Por isso, mesmo com todos os cuidados, pode ser necessário replantar novas mudas ao longo do ano para manter o efeito ornamental desejado.
No entanto, o charme da dormideira não está apenas em sua sensibilidade ao toque. Ela também possui propriedades medicinais reconhecidas em diversas culturas, sendo usada em infusões e tratamentos naturais, o que adiciona ainda mais valor ao seu cultivo.
Cultivar a dormideira é, antes de tudo, um exercício de atenção. Quando você observa suas respostas e ajusta o ambiente ao seu redor, a planta retribui com vitalidade, movimentos graciosos e uma presença viva que encanta qualquer espaço. E no fim das contas, talvez essa seja sua verdadeira beleza: ensinar que até as mais sensíveis têm força para prosperar quando encontram o cuidado certo.
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